Autor: Dimas Costa
Minha mãe me deu as
bombachas,
As botas me deu o
pai.
E lá das bandas do
Uruguai,
Um tio, chamado
Lourenço,
Me mandou umas
alpargatas.
E outro tio, lá de
fora,
Me mandou um par de
espora
E um irmão me deu um
lenço.
Retovado de
presentes,
Fila daqui, fila
dali,
De repente eu me vi,
Deste jeito assim
trajado,
E meu avô, véio
aragano,
Nascido em Dom
Pedrito,
Me deu, pra ser
igualito,
Um chapéu desaforado.
Uma tia, que é
professora,
Com paciência e com
carinho,
Me ensinou até um
versinho
Que eu digo assim,
numa trova:
Não reparem este meu
jeito,
Pois diz um velho
ditado:
Não há cuera mais
entonado,
Que um guri de roupa
nova.
Mas peço que vocês
entendam,
Fora de brincadeira,
Que esta é a maneira
Da família do rincão,
Transmitir para as
crianças,
Com orgulho, com
amor,
Toda a beleza e o
valor,
Da gaúcha tradição.
Pesquisa de
Antonia Valim –
Prenda Mirim Farroupilha
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