quinta-feira, 24 de junho de 2021

Quem foi São João


Quem foi São João?

São João é João Batista, o homem que, de acordo com a Bíblia, batizou Jesus Cristo. Ambos teriam sido parentes, já que suas mães, Maria (de Jesus) e Isabel (de João Batista) seriam primas.

João Batista era só seis meses mais velho do que Jesus, mas pavimentou o caminho pelo qual percorreria a grande figura católica.

"Ele se tornou um profeta que anunciou Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus. Ele tinha influência como pregador. Tanto que ele é conhecido nas tradições bíblicas como a voz que grita no deserto e é testemunha da luz, que é Jesus".

Seria, então, João Batista uma espécie de concorrente de Jesus? Muito pelo contrário, dizem especialistas.

"Ele não tinha a pretensão de ocupar o lugar de Jesus. Tanto que, quando surge a pregação de Jesus, ele se retira de cena. Ele se destaca por ser um profeta, mas ele precede Jesus. Há uma diferença básica, talvez, no conteúdo porque toda a pregação dele é sobre conversão, que o Messias está para chegar. E, quando o Messias chega, ele diz que o tempo acabou".

O fim da vida de João Batista foi trágico. Ele foi preso a mando de Herodes Antipas, espécie de administrador da região. Salomé, filha de Herodes, posteriormente pediu que João Batista fosse decapitado. A morte do futuro São João teria acontecido em 29 de agosto do ano 29.

No imaginário popular e religioso, muitos santos são atribuídos a símbolos e a capacidades. São Jorge é o santo guerreiro; Santo Antônio é o santo casamenteiro. E São João? Além de João Batista ser associado com a imagem do cordeiro —pelo fato de anunciar a vinda do Cordeiro de Deus, isto é, Jesus—, o santo tem ligação com a fogueira.

"A fogueira é acesa no dia 23 para o dia 24 como o sinal da luz. João Batista é o homem que pregará a luz do homem. É por isso que se tem as fogueiras nas festas juninas", explica o padre Felipe Sobrinho.

Além disso, há uma outra razão, segundo Souto: a mãe de João Batista, Isabel, teria feito uma fogueira para avisar Maria que estava prestes a parir e precisava de ajuda.



 

Oração de São João

Glorioso São João Batista, que fostes santificado no seio materno, ao ouvir vossa mãe a saudação de Maria Santíssima, e canonizado ainda em vida pelo mesmo Jesus Cristo que declarou solenemente não haver entre os nascidos de mulheres nenhum maior que vós; por intercessão da Virgem e pelos infinitos merecimentos de seu divino Filho, de quem fostes precursor, anunciando-o como Mestre e apontando-o como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, alcançai-nos a graça de darmos também nós testemunho da verdade e selá-lo até, se preciso for, com o próprio sangue, como o fizestes vós, degolado iniquamente por ordem de um rei cruel e sensual, cujos desmandos e caprichos havíeis justamente denunciado.

 

Abençoai todos os que vos invocam e fazei que aqui floresçam todas as virtudes que praticastes em vida, para que, verdadeiramente animados do vosso espírito, no estado em que Deus nos colocou, possamos um dia gozar convosco da bem-aventurança eterna. Amém.


Pesquisa de:

Leticia Pedebos - Prenda Farroupilha Alvorada



 

ENTREVISTA – Wagner Silva da Silva – Linha de Frente na vacinação


Hoje o Jornal Farroupilha traz uma entrevista com o amigo Wagner Silva que trabalha na linha de frente ao combate ao Covid 19.


Jornal Farroupilha :  Para te Conhecer melhor nos diga seu nome.

Wagner:  Wagner Silva da Silva

Jornal Farroupilha:  Qual entidade tradicionalista você representa em alvorada ?

Wagner:  Piquete velha carreta

Jornal Farroupilha : Em que você acha que a pandemia afetou o tradicionalismo?

Wagner:  A pandemia afetou muito o movimento tradicionalista, pois nossa cultura, nossos costumes necessitam do contato, necessitamos estarmos juntos. Em um rodeio ou mesmo em baile, ou quem sabe em uma roda de chimarrão. E sem dúvida,  os nossos festejos farroupilha, onde gaúchos e gaúchas de todas as idades confraternizam e revivem nossa história e perpetuam nossa cultura. Entretanto assim como nosso cavalo crioulo que se adaptou ao nosso pampa se tornando forte. Nós  também , nossa cultural não parou em nenhum momento da pandemia,  fazendo atividades on line, sem esquecer dos mais necessitados de nossa cidade.

Jornal Farroupilha:  Quanto tempo você  trabalha na área da saúde?

Wagner:  19 anos dos quais 14 na secretaria de saúde de alvorada.

Jornal Farroupilha:  Em algum momento da sua vida pensou  em vivenciar uma pandemia desse porte?

Wagner:  Nunca imaginei.

Jornal Farroupilha:  Cite alguns momentos na linha de frente que mais te  tocou?

Wagner:  Em 16/03/20 primeiro paciência que eu coletei exame do covid e deu positivo (medo)

   final de março de 2020 primeira paciente de alvorada a ser entubada ( colega do GHC) visitei a família num dia e ela faleceu no outro (tristeza)

-31/07/20 fui diagnosticado com covid  ( angústia)

- 17/01/21 primeira pessoa no Brasil a ser vacinada ( esperança)

Jornal Farroupilha:  Qual o teu sentimento estando hoje  na linha de frente  ?

Wagner:  muita felicidade e realizado em poder ajudar ao próximo neste momento tão difícil que passamos.

Jornal Farroupilha: Qual a maior dificuldade que você encontrou durante a pandemia relacionada ao teu trabalho na linha de frente?

Wagner:  medo do desconhecido

No início de março de 2020 quando me convidaram para fazer parte da equipe covid, que seria ( eu TEC de enfermagem uma enfermeira e um médico) fiquei com medo mas nunca frouxei de nenhum desafio, durante esses 18 meses já executei as mais diversas funções das quais, coleta de exames ( swab e teste rápido ) entrega de exames, visita as pessoas com covid, cuidados paliativo em suporte intermediário e hoje atuando na vacinação.

 

Obrigado amigo Wagner !!

Por nos ajudar nessa caminhada por amor a vida.










Entrevista de:

Klara Beyer - Prenda Ctg Bento Gonçalves da Silva

35 ANOS DO CTG SENTINELAS DO PAGO!

 



Já fazem 35 anos desde o início de um sonho , quando começou com os senhores Joacir Pereira, José Antônio Trindade Lemes e o jovem Alcemar Ribeiro que começaram em 1985 a idealizar um Grupo Folclórico. O Grupo Folclórico Sentinelas do Pago, iniciando com  quatro pares fundadores:



Os Peões:

Adilson Trindade Lemes

Alcemar Ribeiro

Daniel Antônio Torres Pereira

Luis Alberto Torres Pereira


E as prendas: 

Eliane Terezinha Torres Pereira

Fátima Helena Ribeiro

Janice Salazar

Maria Celoi Trindade Lemes.

Foto da inauguração da 1º Sede na casa do Fundador Joarci Pereira


Logo, foi chamando atenção e cada vez mais olhos brilhavam ao ver aquilo ganhando vida , e então  em 14 Junho de 1986 foi fundado o Centro de Tradições Gaúchas Sentinelas do Pago, trazendo no coração o lema " SENTINELAS CULTUANDO AS TRADIÇÕES DO PAGO" : algo que buscamos fazer até hoje, honrar o nosso legado e valorizar o início da nossa história…

 

Quem começou com a história, seu amor pela tradição, carinho, dedicação e cuidado nos fez ter uma entidade para chamar de nossa, nós fez ao longo dos anos conhecer tais pessoas batalhadoras, que passaram pelo galpão transbordando toda a emoção do coração nos fazendo formar um lar, uma família, por que não somos todos parentes de sangue, mas somos todos filhos desta terra, da nossa querência Rio Grande do Sul.



Somos  todos Sentinelas, guardiões do pampa...

Somos as invernadas, a alma dos tablados que com o apoio das coordenadoras , instrutores, pais, familiares e amigos, e dos próprios bailarinos alegra a piazada está sempre no galpão, se reunindo, ensaiando, participando de evento, vendendo rifa, viajando para rodeio, são as " portas do galpão" onde tanta gente encantado pela música e dança se apaixona e ainda descobre todo um mundo por trás do tradicionalismo, mundo que completa anos de história, só possível graças a aguerridas pessoas que dão um suporte diariamente, trazem suas famílias para o galpão , celebrando as heranças do Rio Grande.



Somos o cultural, a base, o que nos torna forte, alicerce da entidade quem idealiza e busca mostrar o que viemos fazer aqui, por que dq nossa dedicação.

Somos a campeira, o esporte  que representam o gaúcho dos pampas...

Somos a coordenação, administração e tantas outras partes que tem uma importância imensurável para que cada pequena reunião a grandes eventos e rodeios seja possível, que dão vida aos sonhos, são 35 anos de uma bela história que não seria possível sem nossos antecessores, quem sonhou primeiro, e os gaúchos de coração que de alguma forma fizeram parte desses 35 anos de jornada, viemos aqui nesta comemoração não só comemorar, mas também agradecer a todas as pessoas que deram algum  suporte, mesmo quando não parecia possível. Como quando em agosto de 1998 um temporal destruiu totalmente o galpão. A patronagem da época comandada pelo patrão Antônio Soares (já falecido), se dedicou e reconstruiu o galpão com o apoio da sua patronagem, da comunidade, demais entidades coirmãs e do movimento tradicionalista da cidade, foi fundamental o apoio das entidades coirmãs, como o CTG Chilena de Prata, e graças a tanto esforço temos uma sede novamente, que está sempre de braços abertos, mesmo que de forma remota, com a pandemia qualquer pessoa que estiver disposta a entrar neste universo de tanto amor.


MUITO OBRIGADA!

Essas lembranças que temos para recordar é o que irá ficar, momentos nossos, as deliciosas jantas das Tia Nena e Preta, as reuniões depois dos ensaios, os sorrisos iluminando os rostos daqueles que genuinamente se sentem feliz por fazer parte desta família e estar aqui… celebrando nossas raízes.

 

Quem esteve a frente durante essa história:

1º – José Farias (falecido).

2º - Gustavo Leal de Lima (falecido).

3º – José Caetano (falecido).

4º – José Rigoli. (Falecido)

5º – Fernando da Silva (falecido).

6º e 7º – Antônio Marques Machado (falecido).

8º - Antônio Soares (falecido).

9º – Noel Nunes -(falecido).

10º – José Adenoir Freitas de Lacerda. (Já Falecido)

11º – Beno Scherner (falecido).

12° - Gerson Meireles Jara.

13° - José Adenoir Freitas de Lacerda.(Já falecido)

14º – Paulo Edson Costa Vieira.

15º – Rubens Freitas da Silva.

16º, 17º e 18º – José dos Santos.

19º - Alexsandro Oliveira Santana – Patrão Atual



 Mesmo estando passando por este momento extremamente conturbado, buscamos nos adaptar e continuar levando a cultura as pessoas de alguma forma, dando espaço para vários novos projetos e principalmente de solidariedade e apoio a comunidade, temos de dar suporte ao próximo.

 

Agora, mesmo que cada um de sua casa, vamos celebrar tudo isso, cada esforço, dedicação, apoio, pois estaremos mais unidos do que nunca, de coração, com saúde e esperança para voltarmos ao nosso amado galpão, que é o que verdadeiramente importa,  estarmos seguros…

PARABÉNS CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS SENTINELAS DO PAGO PELOS SEUS 35 ANOS!

 

Obrigada por proporcionar grandes, marcantes e inesquecíveis momentos, pelas oportunidades e infinitos aprendizados, que o Patrão Velho continue abençoando nossa caminhada!!


Patrão: Alexsandro Oliveira Santana e Patronagem.


Confira algumas fotos do evento realizado em comemoração aos 35 anos dessa entidade.


18 de Junho  - Jantar 





19 de Junho   - Live com Grupo Charla Pampeana









Texto:
Antonia Valim - Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada





Tema dos Festejos Farroupilha 2021 - Caminhos de Anita.


Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, ficou conhecida como Anita Garibaldi, importante revolucionária. Participou da Guerra dos Farrapos e da Batalha dos Curitibanos no Brasil e também da Batalha de Gianicolo, na Itália. Por lutar nestes dois países foi nomeada de “Heroína de Dois Mundos”.


Anita quebrou os padrões de sua época ao se envolver na luta revolucionaria.

A catarinense foi uma heroína em tudo, na paixão, na família e na guerra.


Nasceu dia 30 de agosto de 1821 em Morrinhos do Mirim, município de Laguna, Santa Catarina. Era filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. A família tinha origem humilde e valorizava a cultura e a educação. Quando seu pai faleceu, Anita casou-se aos 14 anos com o sapateiro local. Era  uma jovem de caráter independente e resoluto, que defendia e gostava de participar das questões que promoviam liberdade e justiça no país.

Sua história encontra-se com a de Giuseppe Garibaldi no ano de 1839, quando o general italiano chega ao Rio de Janeiro em busca de exilio após ser condenado á morte em seu país. Nessa época iniciava no Brasil a Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul, movimento comandado por Bento Gonçalves e ligado aos latifundiários escravistas e separatistad que lutavam pelo fim do Império brasileiro.



Quando Garibaldi soube desta revolução logo se envolveu no apoio em defesa da causa. Com homens, armas e um veleiro á sua disposição, Garibaldi seguiu para a cidade de Laguna e lá conheceu Anita, que já estava envolvida na revolução. Apaixonaram-se a primeira vista e a partir desse momento seguiram sempre unidos em qualquer situação. No dia 20 de outubro de 1839 Anita subiu a bordo do navio de Garibaldi para uma expedição até Cananéia, abandonando definitivamente sua vida para trás.

Em batalha, era uma mulher valente e não media esforços; chegou a carregar e disparar canhões na batalha de Laguna e lutou bravamente durante o combate em Imbituba, Santa Catarina.

Apesar de ser destemida, Anita foi capturada pelas tropas do Império durante a Batalha dos Curitibanos, mas conseguiu executar uma fuga espetacular nadando pelo rio Canoas e indo ao encontro de Garibaldi em Vacaria. Ela realizou essa façanha já grávida de seu primeiro filho.

Em 16 de setembro de 1840, nasce na atual cidade de Mostardas, Rio Grande do Sul, o primeiro filho do casal, recebe o nome de Menotti Garibaldi. Doze dias depois, o exercito imperial, cercou a casa para prender o casal, Anita fugiu a cavalo com o recém-nascido nos braços, ficou escondida por quatro dias, até que Garibaldi a encontrou.

Em 1841 Bento Gonçalves dispensa Garibaldi, que segue com Anita para Montevidéu, engajando-se na frente de defesa contra o ex-presidente do Uruguai, Oribe.

No Uruguai nasceram os outros três filhos do casal, Rosa em 1843, Teresa em 1845, e, Ricciotti Garibaldi em 1847. Rosa faleceu com dois anos de idade.

Em 26 de março de 1842 Anita casa-se com Garibaldi na paróquia de San Bernardino. O casal viaja para a Itália e lá continuam envolvidos em lutas para a unificação do país, que na época estava dividindo em reinos e repúblicas, além dos territórios pertencentes ao Papa.

Em 1847, Anita foi para a Itália com os três filhos e encontrou-se com a mãe de Garibaldi, e foram para atual Nice, na França, onde ficaram morando, Garibaldi uniu-se a elas por um tempo, depois deixaram os filhos com a mãe dele na França e voltaram á Itália.

Anita e o marido tinham que enfrentar a guerra e lutar para salvar o território italiano, mesmo gravida do 5º filho, ela enfrentou tudo até o fim. Sem sucesso na empreitada, são obrigados a fugir de Roma após a derrota na Batalha do Gianicolo. Assim seguem viagem para a Suíça, disfarçados de soldados. Ao passarem pela cidade de San Marino, a embaixada norte-americana ofereceu um salvo conduto para tirar o casal da situação de risco, mas Anita e Giuseppe não aceitaram por acreditarem que uma atitude de “rendição” poderia impactar negativamente o processo de unificação.



Continuaram em fuga e Anita adoeceu durante a viagem, na região próxima a província de Ravenna. Estava gestante de cinco meses e não resistiu a uma forte crise de Febre tifoide, e acabou falecendo nos braços do esposo, junto com a criança, no dia 4 de agosto de 1849 em Madriole, Itália, com apenas28 anos, para desespero de Garibaldi. Seu corpo foi sepultado no cemitério da Igreja de San Alberto, em Madriole.

Com o momento de perseguição que enfrentava, Garibaldi precisava continuar em fuga e não conseguiu acompanhar o sepultamento da esposa. O revolucionário italiano seguiu viagem, permanecendo exilado dez anos fora da Itália.

Os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes, por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice.



Posteriormente, ela entrou para os livros de História como a “HEROÍNA DE DOIS MUNDOS”. Em 1932 o governo italiano reconheceu sua importância e enterrou seus restos mortais em Roma e um monumento foi erguido em homenagem a Anita Garibaldi na colina de Gianicolo em Roma.

A casa onde Anita Garibaldi residiu em Laguna, Santa Catarina, foi transformada em museu aberto reunindo o acervo histórico das batalhas e objetos que pertenceram á heroína.

 


“O que sabemos sobre Anita veio principalmente das memórias do Garibaldi, que demostrava uma grande admiração por ela. De certa forma, a fama de Anita é decorrente da vida longa de Garibaldi, que ainda em vida foi reconhecido como herói e fez questão de dividir esse lugar com a memória da mulher.”

 


Pesquisa de:

 Sandra Ferreira - 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.

 




 

Lenda da Gralha Azul.

 


De acordo com a lenda, que um certo dia, Deus fez um pedido de ajuda a todas aves, pois precisava que a sementes de araucária fossem espalhadas, a maioria das aves ignorou o pedido de Deus, a gralha de cor parda, foi a única a se mostrar disponível para a tarefa. Deus lhe deu um pinhão, que a gralha pegou com seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais gordinha resolveu guardar para depois, enterrando no solo.

Porém, alguns dias depois ela havia esquecido o local onde havia enterrado o restante do pinhão.

A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto. Porém, ela percebeu que havia nascido na área onde havia enterrado uma pequena araucária. Então toda feliz, a gralha azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou dar frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do Estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem a floresta de Araucária.



Quando Deus viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, pelo seu esforço e dedicação. Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul.

Outra versão conta que uma certa gralha negra, dormia num galho de pinheiro e foi acordada pelo som dos golpes de um machado. Assustada, voou para as nuvens, para não presenciar a cena do extermínio do pinheiro. Lá no céu, ouviu uma voz pedindo para que ela retornasse para os pinheirais, pois assim ela seria vestida de azul celeste e passaria a plantar pinheiros. A gralha aceitou então a missão e foi totalmente coberta por penas azuis, exceto ao redor da cabeça, onde permaneceu o preto dos corvídeos. Retornou então aos pinheirais e passou a espalhar a semente da araucária, conforme o desejo divino.

A lenda da Gralha Azul é típica da região sul do Brasil, principalmente do estado do Paraná.

A gralha Azul é a ave replantadora da araucária, árvore símbolo do estado do Paraná.



Pesquisa de:  

Sandra Ferreira - 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.


POESIA- Bem Amigos


Autor: Paulo de Freitas Mendonça

 

Como é bom ver um amigo bem

A sorrir por ter e amar alguém

A progredir pelo valor que tem

 

Ver brotar dos poros, energia

Sã magia da alegria de viver

Como é bom ver um amigo

E ser feliz só por vê-lo ser

 

Ser além da própria estatura

Por humilde, ser maior ainda

A sorrir por ter e amar alguém

Pra fazer sua bela inda mais bela

 

Como é bom ver um amigo bem

E ser o amigo que este amigo tem.

 

 

 

Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha


 

CULINÁRIA - Típica da comemoração de festas Juninas


Ainda se tem muito mais a se conhecer sobre algo tão característico do nosso folclore, e até mesmo da sua culinária, vamos conferir?

 

Além de toda essa contribuição do milho para a festança que vimos semana passada ( parte 1 da matéria), se tem também outros ingredientes como o amendoim que não pode faltar na festa junina, puro, torrado, doce ou salgado.

Servindo também comlo base para a paçoca e pé de moleque...

 

As bebidas mais populares são o quentão e vinho quente.

 

Mas falando mais especificamente aqui do sul, tem delicias muito características dessa região.

 

Falando das tradicionais comemorações juninas do nosso estado, com maior influência da nossa tradição as festas juninas contém Arroz de Carreteiro !

 

 O pinhão que vem das araucárias e é bem típico nosso. Vamos aprender a fazer!?

 

INGREDIENTES

1 kg de pinhão

1 litro de água

1/4 (xícara) de sal.

 

MODO DE PREPARO

 

1-Lavar bem os pinhões, em bastante água corrente.

2-Coloque os pinhões com a água e o sal na panela de pressão.

3-Feche a panela e leve ao fogo alto.

4-Assim que a panela começar a apitar (pegar pressão), conte 40 minutos.

5-Depois desse tempinho, tire a panela do fogo deixando esfriar e perder a pressão de modo natural.

6-Depois então é só descascar e se servir do pinhão!

 


Pesquisa de:

Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha

 

 


 

DICIONÁRIO DO GAÚCHO


“Bah”, “tchê”, “mate”, “barbaridade” e “guri” são palavras que (quase) todo mundo conhece e até usam no dia a dia. Mas, você sabe o que significa “guapo”, “pandorga”, “vareio” e “posteiro”?

Para essa edição você irá conhecer algumas gírias de M a Z

 

( M )


Macanudo: Designa alguém bonito ou algo legal.

Maleva: Bandido, malfeitor, desalmado; Cavalo infiel, que por qualquer coisa corcoveia.

Melena: Cabelo.

Maludo: Cavalo inteiro, garanhão. Diz-se do animal com grandes testículos.

Mamona: Diz-se de ou a terneira de sobreano que ainda mama.

Mangueira: Grande curral construído de pedra ou de madeira, junto à casa da estância, destinado a encerrar o gado para marcação, castração, cura de bicheiras, aparte e outros trabalhos.

Manotaço: Pancada que o cavalo dá com uma das patas dianteiras, ou com ambas; Bofetada, pancada com a mão dada por pessoa.

Marica: Gay, boiola, abichornado.

 

( N )


Negrinho: Designação carinhoso que se dá a crianças ou a pessoas que se tem afeição.

 

( O )


Oigalê: Exprime admiração, espanto, alegria.

Orelhano: Animal sem marca, nem sinal, estrangeiro.

Oveiro: Cavalo com manchas branchas assimétricas espalhadas por todo corpo.


( P )

 

Pachola: Sujeito alegre, popular, fanfarrão, figura querida por todos.

Paisano: Do mesmo país; Amigo, camarada.

Pago: Do ''espanhol'', cidade natal.

Pala: Vestuário feito normalmente em tear artesanal com grossos fios de lã, a fim de protejer o campeiro gaúcho, o frio e da chuva (se pare com um cobertor com cavidade para vestir pela cabeça). Geralmente cobre todo o corpo.

Palanque: Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente  de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, para cura de bicheiras ou outros serviços.

Papudo: Indivíduo que tem papo. Balaqueiro, jactancioso, blasonador. O termo é empregado para insultar, provocar, depreciar, menosprezar outra pessoa, embora esta não tenha papo.

Parelheiro: Cavalo preparado para a disputa de carreiras. Cavalo de corrida. (Deve provir de parelha, já que a maioria das corridas realizadas, anteriormente, no Rio Grande do Sul, eram apenas de dois cavalos).

Patrão: Designação dada ao presidente de Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

Patrão-Velho: Deus.

Payador: Homem que faz uma (pajeada) um poema, espécie de trova ou verso criado na hora, de improvisso.

Pealar: Prender com o laço patas do animal que está correndo, atirando-lhe o pealo que o lança por terra. Figuradamente, armar cilada para apanhar alguém em falta, enganar, pegar de surpresa.

Pelejar:  Mudar o animal de pêlo, o que acontece, geralmente, no princípio do verão.

Peleia:  Briga, rusga, disputa, combate.

Pelear:   Brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.

Pereba: Ferida de mau caráter, de crosta dura, que sai geralmente no lombo dos animais. Mazela, sarna, cicatriz. Aplica-se, também, às feridas que saem nas pessoas. Figuradamente, ponto fraco. Var.: Pereva (parece provir do tupi-guarani).

Pessuelo:  Objeto pessoal.

Petiço:  Cavalo pequeno, curto, baixo.

Petiço-Sogueiro:  Cavalo que ajuda o gaúcho na soga (campo) a por o gado de volta ou leva-lo ao campo.

Piá:  Menino, guri, caboclinho.

Picaço:  A base é preta mas apresenta partes significantes de branco na cabeça e uma das patas também brancas.

Piguancha:  China, chinoca, caboclinha, moça, rapariga. Mulher de vida fácil.

Pila:  Dinheiro, trocado. Geralmente usado no singular (Ex.:25 pila,50 pila)

Pingo:  Forma amigável do gaúcho se referir ao seu cavalo.

Piquete:  Pequeno potreiro, ao lado da casa, onde se põe ao pasto os animais utilizados diariamente.

Poncho:  Espécie de capa de pano de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça. É feito geralmente de pano azul, com forro de baeta vermelha. É o agasalho tradicional do gaúcho do campo. Na cama de pelegos, serve de coberta. A cavalo, resguarda o cavaleiro da chuva e do frio.

Porongo:  Planta cucurbitácea (também chamada porongueiro), de cujos frutos se fazem cuias ou cabaças.

Potrilho:  Animal cavalar durante o período de amamentação, isto é, desde que nasce até dois anos de idade. Var.:Potranco,potro.

Pura Buxa: Puta-merda! Que saco, designa descontentamento de algo que aconteceu.

 

( Q )

 

Querência:  Lugar onde se nasceu e viveu, ou onde teve que se acostumar a viver, ao contrário de pago, que é a cidade natal do mesmo.

Queixo-duro:  Cavalo que não obedece facilmente a ação das rédeas.

Quero-mana:  Denominação de antigo bailado campestre, espécie de fandango. Canto popular executado ao som de viola.

Quero-quero:  Ave de cor acinzentada, com esporões nas asas, considerada pelos gaúchos com muita admiração ''protetor das querências'', devido a proteção que este animal mantem ao seu ninho, quando um individuo se aproxima do ninho, ele grita fortemente, geralmente o ninho é feito no meio do campo, e não em árvores.

 

( R )

 

Rebenque:  Chicote curto, com o cabo retovado, com uma palma de couro na extremidade. Pequeno relho.

Reculuta:  Significa encontrar, buscar, recuperar um animal que se perdeu da tropa, ‘juntar’ os animais. É comum encontrá-la em letras de músicas nativistas.

Regalo: Presente, brinde.

Relho:  Chicote com cabo de madeira e açoiteira de tranças semelhantes a de laço, com um pedaço de guasca na ponta.

Remolacha:  Beterraba

Repontar:  Tocar o gado por diante de um lugar para outro.

Reponte:  Ato de tocar por diante o gado de um lugar para o outro.

Rosilho:  Cavalo com pelagem de capa avermelhada, com mistura de pelos brancos esparsos que não chegam a formar manchas específicas.

 

( S )

 

Sanga:  Pequeno curso d’água menor que um regato ou arroio.

Selin:   Sela própria para uso da mulher.

Sesmaria:  Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja a 13.068 hectares. São 3000 por 9000 braças; ou 6.600 por 19.800 metros; ou ainda, 130.680.000 metros quadrados.

Sestear:  Descanso feito após o almoço.

Sinuelo:  Diz-se do boi manso, acostumado já ao curral, que guia os outros bois no qual, indo sempre a frente.

Soga:  Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou ainda de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar. Corda de couro torcido ou trançado, que liga entre si as pedras das boleadeiras. O termo é usado também em sentido figurado.

Surungo:  Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço.

 

( T )


Taco:  Diz-se ao indivíduo capaz, hábil, corajoso. guapo.

Taipa: Represa de leivas, nas lavouras de arroz. Cerca feita de pedra, na região serrana.

Taita: Indivíduo valentão, destemido, guapo.

Tala:  Nervura do centro da folha do jerivá. Chibata improvisada com a tala do jerivá ou com qualquer vara vlexivel.

Talagaço: Pancada com tala. Chicotaço.

Talho: Ferimento.

Tapera: Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho. Diz-se da morada deserta, inabitada, triste.

Tchê:  Meu, principalmente referindo-se a relações de parentesco. (Veja mais em Tradicionalismo).

Tentos: Pequenas tiras de guasca presas a duas argolas existentes na parte posterior do lombilho, de um e outro lado, às quais se amarram o poncho, o laço, ou qualquer coisa que se queira conduzir à garupa.

Tirador: Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger e o corpo do atrito do laço. Mesmo quando não está fazendo serviços em que utilize o laço, o homem da fronteira usa, freqüentemente, como parte da vestimenta, o seu tirador, que por vezes é de luxo, enfeitado com franjas, bolsos e coldre para revólver.

Tordilho: Cavalo com pelagem que se divide entre branco e preto, que tende a clarear com o crescimento do animal.

Tosa: Tosquia, toso, esquila.

Tostado: Cavalo com pelagem amarela muito escura, como café-torrado.

Tranco: Passo largo, firme e seguro, do cavalo ou do homem.

Tramposo: Intrometido, trapaceiro, velhaco.

Trem:  Sujeito inútil.

Três-Marias:   Boleadeiras.

Tronqueira:  Cada um dos grossos esteios colocados nas porteiras, os quais são providos de buracos em que são passadas as varas que as fecham.

Tropeiro:  Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros. Pessoa que se ocupa em comprar e vender tropas de gado, de éguas ou de mulas. Peão que ajuda a conduzir a tropa, que tem por profissão ajudar a conduzir tropas. O trabalho do tropeiro é um dos mais ásperos, pois além das dificuldades normais da lida com o gado, é feito ao relento, dia e noite, com chuva, com neve, com minuano, com soalheiras inclementes, exigindo sempre dedicação integral de quem o realiza.

Trovar: conversar, prosear.

Tubiano:  Cavalo de pelagem totalmente branca em diferentes partes do corpo.

 

( U )


Usted:  Você. Usado só na fronteira.

 

 

( V )

 

Vacaria:  Grande número de vacas; Grande extensão de campo que os jesuítas reservavam para criação de gado bovino.

Varar:  Atravessar, cruzar.

Vareio:  Susto, sova, surra, repreensão.

Vaza:  Vez, oportunidade.

Vil:  Covarde, desanimado, fraco.

Vivente:  Pessoa, criatura, indivíduo.

( X )

 

Xepa:  Comida.

Xerenga:   Faca velha, ordinária.

Xiripá:  Chiripá.

Xiru:  O mesmo que chiru. Indio, caboclo, companheiro, pessoa mais velha

Xucro:  Diz-se ao animal ainda não domado, bravio arisco.


( Z )

 

Zaino:  Diz-se do cavalo com o pelo vermelho escuro.

Zarro:  Incômodo, difícil de fazer, chato.

Zunir:  Ir-se apressadamente

 

 

 

 

Essas são algumas  de muitas palavras  que nós Gaúchos falamos !

 


 

56 anos do Município de Alvorada

Minha Alvorada cidade e sorriso És  um paraíso pra quem mora aqui Só quem não conhece a minha terra amada Tem a língua afiada pra fala...