quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Entrevista Sr. Jatir Delazeri / LOS ANGELES – ESTADOS UNIDOS

 


Jornal Farroupilha:  Como surgiu a oportunidade de morar nos Estados Unidos?

Jatrir Delazeri:  Trabalhei por 10 anos em uma empresa em Porto Alegre, devido a problemas financeiros, a empresa fez demissões em massa, e eu fui um deles, no mesmo ano(1984) meu irmão que morava nos Estados Unidos, veio a passeio e me convidou para ir trabalhar com ele, em sua oficina mecânica.

Jornal Farroupilha: Como foi os primeiros tempos em outro País?

Jatrir Delazeri: Não tinha conhecidos, somente meu irmão, o trabalho era minha distração, com o passar do tempo foi surgindo um vazio dentro de mim, então comecei nas horas vagas fazer reportagens por escrito para Jornal e Revista do Alto Taquarí, e assim comecei a preencher o vazio que existia em mim.

 Jornal Faroupilha: O senhor construiu um carro, como surgiu a idéia?

 Jatrir Delazeri: Fui a uma exposição de carros, e me chamou atenção um carro de corrida Italiano, logo comecei a comprar as peças, o carro ficou pronto ainda no primeiro ano que estava em Los Angeles, ele é legalizado, Participei de exposições e foi usado em propagandas comerciais. Por onde passo com ele as pessoas param para olhar, ele tem 36 anos.

Jornal Farroupilha: O que lhe incentivou a escrever os livros?

Jatrir Delazeri: Estando em Los Angeles decidi começar uma nova vida, percebi que meus descendentes nada saberiam dos meus ancestrais, foi onde comecei a escrever tudo que sabia.

Ao terminar mandei para uma amiga em Porto Alegre, ela levaria para a Editora, Um Italo Gaúcho em Los Angeles, foi o Primeiro livro , gostei do que escrevi e resolvi escrever mais ,  e assim veio os outros dois livros, contando toda história do surgimento e dos caminhos percorridos por Imigrantes Italianos. O quarto Livro “ O que eu penso da Vida”, é diferente dos outros, seu conteúdo abrange vários assuntos, será publicado em Abril de 2021.

Jornal Farroupilha: Como surgiu a idéia de fundar um Ctg NOS Estados Unidos?

Jatrir Delazeri : A saudade da velha querência foi apertando e essa idéia foi amadurecendo com o tempo, mas levei mais de três anos pesquisando, com Ctgs e outros órgãos até conseguir todas as informações. Aqui em Los Angeles não tive apoio de ninguém, mas no Rio Grande do Sul  tive apoio  de muitas pessoas tradicionalistas, principalmente do Sr. Edson Otto. Mesmo depois do Ctg fundado eu mandava o material de todos os eventos realizados e o Sr. Edson Otto publicava no Jornal Tradição.

Jornal Farroupilha: O senhor esperava todo esse reconhecimento por ter levado a nossa cultura para outro País ?

Jatrir Delazeri: Quando iniciei o trabalho de cultivar e divulgar a cultura gaúcha nos Estados Unidos , nunca pensei em receber algo em troca, com o passar do tempo uns seis anos mais ou menos, percebi que as pessoas estavam valorizando o meu trabalho, e isso é gratificante mas tudo que recebi é fruto de um bom trabalho realizado sem pensar em retorno.

Jornal Farroupilha: O que o Sr. Diria para os gaúchos que estão no Rs e os além das fronteiras?

Jatrir Delazeri:  Aos gaúchos e gaúchas desse mundo a fora, digo para seguir levando a riqueza e a beleza da cultura e das tradições gaúchas e a história do Rio Grande do Sul . Muitas vezes é um trabalho cansativo, mas os resultados são gratificantes, é normal surgir altos e baixos, mas isso acontece em qualquer sociedade o importante é não desistir.

Aos tradicionalistas e amantes da cultura gaúcha de todas as querências um abraço do tamanho do Rio Grande.




Entrevista feita por: 

Sandra Ferreira

1º Chinoca Ctg Sentinelas do Pago

Entrevista com Diretora Cultural da 1ºRT Gislaine Moreira Miron

 


Jornal Farroupilha: Como entrou para este meio tradicionalista?

Gislaine Moreira Miron: Morava ainda em Cruz Alta, interior do RS.

Aos 13 anos entrei no CTG a convite de uma colega de escola. Comecei na dança primeiramente.

Já aqui em Porto Alegre, aos 17 continuei a frequentar CTG.

Jornal Farroupilha: Como está sendo fazer o resgate do troféu Anita Garibaldi, e da tragetória da 1 RT?

Gislaine Moreira Miron: Está sendo maravilhoso. Tomar conhecimento de todas as prendas homenageadas por tal condecoração é fantástico. Um grande prazer conhecer ou reencontrar estas mulheres que se destacaram no tradicionalismo. Muito merecido, por sinal. Eu, sou suspeita em falar, por ter tido a honra de ser agraciada também.

Jornal Farroupilha:  E como está sendo a realização do trabalho com a 1°RT em meio a esta pandemia?

Gislaine Moreira Miron: Tivemos que encontrar formas de nos aptar. Reinventar, frente ao  isolamento e distanciamento de todos, exige organização, preparo e zelo pelo nosso tradicionalismo. Perceber que nossos projetos alcançam nossos co-irmãos, fazem valer à pena todo o empenho. Sem  próprio  dos nossos costumes, do qual não deixamos de ter, mas neste momento, restritos,

Jornal Farroupilha:  Como acha que será a recuperação do tradicionalismo e entidades quando a pandemia passar?

Gislaine Moreira Miron: A recuperação será gradual. Com muita paciência de todos. Todos  patrões, coordenadores, instrutores, prendado, enfim, todos devem estar engajados neste recomeço. Muitos  tradicionalistas mantém a tradição, apenas estão afastados por conta das recomendações, porém, para alguns pode ter acontecido um afastamento ou esfriamento de seu cultuar das tradições. Juntos, todos, devemos estarmos unidos em prol de nossa cultura.


Entrevista feita por:

Antonia Valim 

Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada


Ronda Crioula Ctg Sentinelas do Pago

 


O Ctg Sentinelas do Pago no decorrer dos dias 12 a 20 de Setembro, realizou trabalhos virtuais com sua gestão de prendas e Peões e sócios, os trabalhos foram todos em vídeos e postados em suas redes sociais. 

A ronda Crioula aconteceu no dia 19 de Setembro , as 17hs patrão Alex Santana recebe a centelha da chama Crioula das mãos de quase 50 cavaleiros, as 20hs 30min apresentamos as mostras folclóricas de culinária e do tema dos festejos farroupilhas 2020.

12/09 -  Vídeo dança Bugio 

13/09- Boneca de Pano

14/09 – Imigrantes 

15/09 – Café de Cambona

 Pé de Lata/ Brinquedos 

16/09 – Declamação

Pião / Brinquedos

17/09 – Bilboquê / Brinquedos

18/09 – Incentivar Jovens e crianças a nossa Tradição 

Encilha 

19/09 – Ronda Crioula, Recebemos a centelha da chama crioula as 17hs por quase 50 cavaleiros e as 20hs 30min realizamos a cerimônia começando pelas Mostras Folclóricas de Culinária e do Tema Gaúchos sem Fronteiras.

20/09 – dança Careca caiu N’agua

Maçanico.

Patrão Alex Santana agradece a todos pela dedicação e adaptação pelo momento que estamos vivendo , podemos dizer que cumprimos nosso dever .

"Sentinelas Cultuando as Tradições do Pago"






Penha Virtual CPF O Tempo e o Vento

 


A entidade Tradicionalista CPF O TEMPO E O VENTO realizou entre os dias 14/09/20 á 22/09/20 sua semana farroupilha virtual com seus integrantes, foi realizado através de vídeos de oficinas lúdicas, culinárias e entrevistas com o tema da semana farroupilha "GAÚCHOS SEM FRONTEIRAS".

17/09/20 - A entidade apresentou dois vídeos em homenagem ao 55 anos do aniversário da nossa cidade, juntamente com seus integrantes. Foi feito um vídeo contando a emancipação da cidade o outro vídeo cada integrante entuou um pedacinho do hino.

18/09/20 -A entidade realizou nas dependências do seu galpão sua ronda crioula virtual com os protocolos de prevenção ao Covid-19. Veja como foi nossa programação:

14/09/20 - Vídeo  com nossa Prendinha Jamily contando os símbolos oficiais do RS BANDEIRA,BRASÃO E O  HINO;

15/09/20 - Vídeo com nossa Prendinha Bruna sobre Bonecas de Pano, colher de pau e massa de pão;

16/09/20 - Vídeo de tertúlia virtual com nosso piazito Alex Machado e nossa Chinoca Claudia Nunes;

17/09/20 - Dois vídeos em homenagem ao aniversário de Alvorada.

Primeiro vídeo-emancipação  da cidade com Claudinha Silva 1° Prenda Juvenil;

Segundo Vídeo Entoação coletiva do Hino da cidade pelos integrantes da entidade;

Ainda no dia 17/09/20 tivemos também o vídeo de oficina de biboquê  com nossa Prendinha Lavígnia;

18/09/20 - Penha virtual do CPF O TEMPO E O VENTO.

MOSTRA da culinária com nossa Chinoca Rose;

MOSTRA TEMA DOS FESTEJOS "GAÚCHOS SEM FRONTEIRAS" desenvolvido pelo nosso ex Cultural Cristian e pela nossa Patroa Alexandra, nossas Prendas 1° MIRIM KAUANE, 1° JUVENIL CLAUDINHA, 1° PRENDA  ADULTA LUÍSA, nossa 1° Chinoca Claudia Nunes, participação das nossas Bonequinhas Nicoly e Lavígnia. Tivemos também participação especial através de um vídeo o Patrão do CTG 20 DE Setembro de Curitiba nos falando um pouquinho de como é cultivar nossa tradição fora do nosso estado.

 19/09/20  - A entidade divulgou para o público todos os vídeos da apresentação de sua ronda crioula e a entrevista com o Patrão do CTG 20 de Setembro de Curitiba..

20/09/20  - A entidade postou em suas redes sociais vídeos de seus Desfiles e Penha de anos anteriores para comemorar o dia do gaúcho e também apresentou dois vídeos.

O primeiro uma tertúlia com a nossa Prenda Adulta Luísa;

O segundo uma oficina de Peteca com nossas Prendinhas Kauane e Nicoly;

Devido muitos vídeos que a entidade recebeu, continuamos publicando os vídeos no decorrer da semana após o 20 de Setembro

21/09/20- Foi postado uma oficina de vaca parada com nosso Guri Deivid Henrique;

22/09/20-  Foi postado uma culinária deliciosa com nossa Chinoca Claudia Nunes de como fazer um bolo de erva-mate.

A entidade agradece todos seus integrantes pelo seus vídeos, pela dedicação e amor que todos tem pela nossa tradição, cada um foi muito importante para abrilhantar a semana farroupilha virtual  da entidade, temos muito orgulho de cada um!









Penha Virtual Ctg Campeiros do Sul

 


Na noite do dia 17 de Setembro o Ctg Campeiros do Sul realizou sua mostra folclórica Gaúchos sem fronteiras e Culinária.

Tema Gaúcho sem fronteira:

Abordamos o tema pesquisando sobre a cultura fora do Estado e do País, de pessoas que cultivam com muito amor o nosso tradicionalismo.

Existem mais de 30% de CTG’s espalhados fora do RS.

Em 2011 foi criado o CTG Wroclaw, na Polônia, o que mais nos impressiona é que está entidade não foi criada por gaúchos. A relação dos Poloneses com os gaúchos foi pelo a partir de um encontro de agricultura em Dom Feliciano - RS, assim nasceu o desejo de levarem para fora do País está cultura.

Já o CTG Rincão do Imigrante de Orlando criado a poucos anos e já possui mais de 250 associados, este sim foi fundado por um Gaúcho que resolveu levar seus ensinamentos para fora do Estado.







Lenda Negrinho do Pastoreio

 


A LENDA DO NEGRINHO DO PASTOREIO É UMA LENDA MEIO CRISTÃ E MEIO AFRICANA.

É UMA LENDA MUITO POPULAR NO SUL DO BRASIL E SUA ORIGEM É DO FIM DO SECULO XIX, NO RIO GRANDE DO SUL.

CONTA A LENDA QUE NOS TEMPOS DA ESCRAVIDÃO, HAVIA EM ESTANCIEIRO MALVADO COM OS NEGROS E PEÕES. EM UM DIA DE INVERNO, FAZIA MUITO FRIO E O FAZENDEIRO MANDOU QUE UM MENINO NEGRO DE QUATORZE ANOS FOSSE PASTOREAR CAVALOS E POTROS QUE ACABARA DE COMPRAR. NO FINAL DA TARDE, QUANDO O MENINO VOLTOU, O ESTANCIEIRO DISSE QUE FALTAVA UM CAVALO BAIO. PEGOU O CHICOTE E DEU UMA SURRA TÃO GRANDE NO MENINO QUE ELE FICOU SANGRANDO. DISSE O ESTANCIEIRO:  “ VOÇE VAI ME DAR CONTA DO BAIO, OU VERÁ O QUE ACONTECE.” AFLITO, O MENINO FOI A PROCURA DO ANIMAL. EM POUCO TEMPO, ACHOU O CAVALO PASTANDO. LAÇOU-O, MAS A CORDA SE PARTIU E O CAVALO FUGIU DE NOVO.

DE VOLTA Á ESTÂNCIA, O ESTANCIEIRO, AINDA MAIS IRRITADO, BATEU NOVAMENTE NO MENINO E O AMARROU NÚ, SOBRE O FORMIGUEIRO. NO DIA SEGUINTE , QUANDO ELE FOI VER O ESTADO DA SUA VÍTIMA, TOMOU UM SUSTO. O MENINO ESTAVA LÁ, DE PÉ COM A PELE LISA, SEM AS MARCA DAS CHICOTADAS.  AO LADO DELE, A VIRGEM NOSSA SENHORA, E MAIS ADIANTE O BAIO E OS OUTROS CAVALOS. O ESTANCIEIRO SE JOGOU NO CHÃO PEDINDO PERDÃO, MAS O NEGRINHO NADA RESPONDEU. APENAS BEIJOU A MÃO DA SANTA, MONTOU NO BAIO E PARTIU CONDUZINDO A TROPILHA.

A PARTIR DISSO, ENTRE OS ANDARILHOS, TROPEIROS, BISCATES E CARRETEIROS DA REGIÃO, TODOS DAVAM A NOTÍCIA, DE TER VISTO PASSAR, COM LEVADA EM PASTOREIO, UMA TROPILHA DE TORDILHOS, TOCADA POR UM NEGRINHO, MONTADO EM UM CAVALO BAIO.

DESDE ENTÃO , QUANDO QUALQUER CRISTÃO PERDIA UMA COISA, PELA NOITE O NEGRINHO PROCURAVA E ACHAVA, MAS SÓ ENTREGAVA A QUEM ACENDESSE UMA VELA, CUJA LUZ ELE LEVAVA PARA O ALTAR DE SUA MADRINHA, A VIRGEM NOSSA SENHORA, QUE O LIVROU DO CATIVEIRO E DEU-LHE UMA TROPILHA, QUE ELE CONDUZ E PASTOREIA, SEM NINGUÉM VER.

CONTA-SE, QUE QUEM PERDER COISAS NO CAMPO, DEVE ACENDER UMA VELA  JUNTO DE ALGUM MOURÃO OU SOB OS RAMOS DAS ARVORES, PARA O NEGRINHO, E VÁ LHE DIZENDO:

“FOI POR AI QUE EU PERDI... FOI POR AI QUE EU PERDI... FOI POR AI QUE EU PERDI...”

SE ELE NÃO ACHAR, NINGUÉM MAIS ACHA.


PESQUISA DE: 

SANDRA FERREIRA

1º Chinoca Ctg Sentinelas do Pago

 

35 CTG Centro de tradições Gaúchas

 



Hoje nossa cultura gaúcha tem maior reconhecimento mas nem sempre foi assim nosso Rio Grande precisou de jovens que mudassem o pensamento das pessoas e mostrasse o quão rica e divercificada nossa cultura é...Com a fundação do primeiro CTG, as coisas começaram a se tornar mais reais e o nosso tradicionalismo cada vez algo maior... 

No Fim da II Guerra Mundial, o mundo ocidental, encontrava-se com grande influência exercida pela posição dos Estados Unidos. Tornou-se, assim, o principal centro de irradiação da moda, da cultura e as elites urbanas, principalmente os jovens, começaram a imitar o americano "way of life".

Com rapidez, a juventude voltava as costas para as suas raízes culturais, e os intelectuais rio-grandenses demonstravam sua insatisfação com aquele estado de coisas, e tinham a consciência de que as pressões do modismo americano sufocava a cultura local, o Rio Grande, de resto, o mundo todo.

O Brasil estava saindo da ditadura de Getúlio Vargas, que havia amordaçado a imprensa, que e prejudicava o desenvolvimento e prática das culturas regionais. Com isso, perdia-se o sentimento de culto às tradições; nossas raízes estavam relegadas ao esquecimento, adormecidas, reflexo da proibição de demonstrações de amor ao regional. Bandeiras e Hinos dos estados foram, simbolicamente, queimados em cerimônia no Rio de Janeiro e, diante de tudo isso, os gaúchos estavam acomodados àquela situação, apáticos, sem iniciativa.

2. "O GRUPO DOS OITO"

Mas nem todos estavam adormecidos.

Em agosto de 1947, em Porto Alegre, eclodiu forte uma proposta de esperança, onde a liberdade e o amor à terra tinham vez e lugar. Jovens estudantes, oriundos do meio rural, de todas as classes sociais, liderados por Paixão Cortes, criam um Departamento de Tradições Gaúchas no Colégio Júlio de Castilhos, com a finalidade de preservar as tradições gaúchas, mas também desenvolver e proporcionar uma revitalização da cultura rio-grandense, interligando-se e valorizando-a no contexto da cultura brasileira. Dentro deste espírito é que surge a criação da Ronda Crioula , estendendo-se do dia 7 ao dia 20 de setembro, as datas mais significativas para os gaúchos.

Entusiasmados com a idéia procuraram a Liga de Defesa Nacional, e contataram o então Major Darcy Vignolli, responsável pela organização das festividade da "Semana da Pátria, e lhe expressaram o desejo do grupo de se associarem aos festejos, propondo a possibilidade de ser retirada uma centelha da "Fogo Simbólico da Pátria" para transformá-la em "Chama Crioula", como símbolo da união indissolúvel do Rio Grande à Pátria Mãe, e do desejo de que a mesma aquecesse o coração de todos os gaúchos e brasileiros durante até o dia 20 de setembro, data magna estadual. Nessa oportunidade, Paixão recebeu o convite para montar uma guarda de gaúchos pilchados em honra ao herói farrapo, David Canabarro, que seria transladado de Santana do Livramento para Porto Alegre.

Paixão Cortes, para atender o honroso convite, reuniu um piquete de oito gaúchos bem pilchados e, no dia 5 de setembro de 1947, prestaram a homenagem a Canabarro. Esse piquete é hoje conhecido como o Grupo dos Oito, ou Piquete da Tradição. Primeira semente que seria semeada no ano seguinte, na criação do "35" CTG. Antônio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilso Araújo Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Cortes, seu líder. Durante o cortejo, o "grupo dos Oito", os jovens estudantes, conduziam as bandeiras do Brasil, do Rio Grande e do Colégio Júlio de Castilhos.

3. CHAMA CRIOULA E 1ª RONDA

Como haviam decidido, no dia 7 de setembro, à meia noite, antes de extinto o "fogo Simbólico da Pátria", Paixão Cortes, na companhia de Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, retirou a hoje cinqüentenária "Chama Crioula", que ardeu em um candeeiro crioulo até a meia noite do dia 20 de setembro, quando foi extinta no Teresópolis Tênis Clube, onde se realizava o primeiro Baile Gaúcho, por eles organizado.

Durante a Ronda Crioula, os jovens pioneiros realizaram intervenções em programas da Rádio Farroupilha, entraram em contato com o escritor Manoelito de Ornelas , o qual noticiou os acontecimentos da Ronda pelo Jornal Correio do Povo, e Porto Alegre.

Com a Ronda, outros jovens companheiros foram se agregando às comemorações: Barbosa Lessa, Wilmar Santana, Glaucus Saraiva, Flávio Krebs, Ivo Sanguinetti e outros tantos. Após o sucesso da Ronda, mas principalmente pela decisão tomada em manterem-se unidos para matear e prosear , o que se realizava na casa de Paixão Cortes.

4. A INCLUSÃO DE BARBOSA LESSA NO MOVIMENTO

Especial episódio diz respeito à inclusão de Barbosa Lessa ao núcleo formado por Paixão Cortes. Barbosa Lessa presenciou a passagem da guarda à Canabarro quando encontrava-se na Praça da Alfândega e, tomado de interesse, tratou de saber quem eram aqueles que ali estavam. Soube tratar-se de alunos do "Julinho". Como também era aluno da mesma escola, tratou de conhecê-los. Dois dias após, quando a Chama Crioula chegou ao "Julinho", lá encontrou Barbosa Lessa como um dos participantes e organizadores da 1ª Ronda Crioula. O entrosamento com o grupo foi acelerado quando o piratinense começou a registrar, num caderno escolar, a assinatura dos interessados na fundação do que chamava " Clube de Tradição Gaúcha.

5. A INCLUSÃO DOS ESCOTEIROS DA PATRULHA DO QUERO-QUERO

Lessa soube que havia um grupo querendo fazer algo semelhante, e que eram liderados por Hélio José Moro. Buscou articular uma reunião para unificação de idéias. Da conversa mantida, realizada num bar existente no subsolo do Cine Victória, ficou claro o desejo do outro grupo, escoteiros da Patrulha do Quero-quero e da Maçonaria, dos quais participava Glaucus Saraiva: desejavam um grupo fechado, com 35 pessoas, em homenagem a Revolução de 1835. Enquanto isso, o grupo do "Julinho" queria um fogo-de-chão, onde pudessem tomar um chimarrão e uma entidade mais aberta, disponível para a sociedade; também haviam àqueles que queriam o acesso somente de campeiros, mas todos tinham um objetivo comum: defender as nossas tradições.

Como mostram as atas das primeiras charlas, as divergências eram muitas, prolongando-se, umas, por alguns anos. Quando a rapaziada estava com os ânimos exaltados, tinha papel importante as interferências moderadoras do Tio Waldomiro Souza, poeta gabrielense, e de Olavo Fay Macedo.

Apesar das divergências, Lessa afirma que todos tinham vontade férrea para levar as coisas adiante, tanto que produziram um calendário em que definia março como a data da fundação, o que veio a acontecer em 24 de abril de 1948.

 6. AS PRIMEIRAS REUNIÕES E A FAMÍLIA SIMCH

A maioria das reuniões aconteciam aos sábados pela tarde, muitas vezes na casa de Cyro, pois Paixão Cortes viajava com certa freqüência. O grupo começava a aumentar e, num determinado momento, Dona Fátima, mãe de Paixão, disse-lhe que não seria mais possível fazer reuniões em sala e quarto da casa. Nesse momento, José Laerte Vieira Simch, filho do Dr. Carlos Alfredo Simch, cedeu o porão dos Simch, na rua Duque de Caxias nº 704, pois as reuniões não poderiam parar, visto que se reforçava , cada vez mais, a idéia de verem criada uma entidade onde pudessem cultivar e preservaras as tradições gaúchas.

7. SEDE PROVISÓRIA NA FARSUL

Passado o tempo, lá embaixo, no porão dos Simch, o espaço também se tornou pequeno para o número crescente de adeptos e, através do pai do Cyro Dutra Ferreira, diretor geral da FARSUL, possibilitou, em maio de 1948, a transferência do grupo para uma de suas salas e no terraço daquela entidade, localizada na esquina da Borges de Medeiros com a Rua Riachuelo, logo após a concretização da fundação oficial da nova entidade em 24 de abril de 1948: o "35" Centro de Tradições Gaúchas. De pronto, o "35" começou a estender suas atividades ao auditório da FARSUL, realizando, a li, conferências, sessões de estudo, tertúlias e outros eventos artísticos - culturais.

Por estatuto do "35", são seus fundadores os que assinaram a ata lavrada em 24 de abril de 1948, os integrantes dos "Grupo dos Oito", e aqueles que assinaram as atas anteriores à reunião de fundação : Presentes reunião para a fundação realizada em 24 de abril de 1948:

 

Antônio Cândido da Silva Neto;

Carlos Raphael Godinho Corrêa;

Dirceu Tito Lopes;

Flávio Ramos;

Flávio Silveira Dann;

Francisco Gomes de Oliveira;

Glaucus Saraiva da Fonseca;

Guilherme Flores da Cunha Corrêa;

Hélio Gomes Leal;

Hélio José Moro;

João Emílio Marroni Dutra;

José Laerte Vieira Simch;

Luiz Carlos Corrêa da Silva;

Luiz Osório Aguilar Chagas;

Ney Ortiz Borges;

Paulo Emílio Corrêa;

Paulo Caminha;

Robes Pinto Da Silva;

Valdez Corrêa;

Venerando Vargas da Silveira;

Waldomiro Souza;

Wilmar Winck de Souza.

Integrantes do "Grupo dos Oito", que não compareceram à reunião de fundação, mas foram considerados fundadores:

Cilso Araújo Campos

Cyro Dutra Ferreira.

Cyro Dias da Costa

Fernando Machado Vieira

João Machado Vieira

João Carlos Paixão Cortes

Orlando Jorge Degrazzia

Antônio João de Sá


Pesquisa de :

Antonia Valim

Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada



Forte Jesus Maria José

 


Hoje o Jornal Farroupilha falará um pouco sobre um Forte fundado pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que deu início a entrada Portuguesa em solo Rio Grandense !

Com o objetivo de auxiliar a defesa da Colônia do Sacramento, povoar a região e regular as relações entre os diferentes elementos povoadores, o Brigadeiro José da Silva Pais desembarca no Canal de Rio Grande em 19 de fevereiro de 1737, encontrando-se com o sertanista Cristóvão Pereira, que o esperava com uma tropa de gado. No local onde Cristóvão Pereira aguardava a chegada de Silva Pais, à margem direita do Canal de Rio Grande, o Brigadeiro ergue a primeira guarnição militar no Rio Grande do Sul, que recebeu o nome de Forte Jesus Maria e José. Esse forte deu origem à primeira vila gaúcha. Junto a ele, Silva Pais manda edificar uma igreja, denominada Ermida de Jesus Maria e José da Fortaleza da Praia.

Mais tarde, construiu dois outros fortes: o de Santana do Estreito, localizado mais ao sul do Canal de Rio Grande, e o Forte de São Miguel, este em território uruguaio.

Foram enviados recursos para defesa e desenvolvimento da povoação que se formaria em torno do presídio Jesus Maria e José. Ali chegavam armas, munições, suprimentos de farinha, além de tropas e povoadores.

A região litorânea, compreendida entre a Colônia do Sacramento e o Canal de Rio Grande, era percorrida por aventureiros (índios, espanhóis, portugueses e mestiços), que comercializavam e contrabandeavam o gado da Vacaria do Mar. Esses indivíduos foram para as proximidades do Forte Jesus Maria e José, atraídos pelo comércio que o futuro povoado prometia.

Havia certa instabilidade na região, causada por outros fatores além da presença dos aventureiros. Muitas vezes, havia o atraso no pagamento do soldo às tropas, originando indisciplina da tropa. Além disso, faltavam moças "casadouras" para os soldados que ali estavam, os quais, por isso, uniam-se com índias e escravas. Nesse contexto, havia a necessidade da presença de gente "limpa", ligada a compromissos de família para alicerçar o povoado que ali iria nascer. Assim, no final do ano de 1737, chegaram a Rio Grande alguns casais povoadores, vindos da Colônia do Sacramento, e outros do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco, bem como alguns índios Tupis e Guaranis das reduções. No ano seguinte, também chegaram alguns casais das ilhas da Madeira e dos Açores. Alguns casais do Rio de Janeiro e da Bahia trouxeram consigo escravos. A esses casais foram doadas sesmarias para a criação de gado e datas para a agricultura.

A alimentação dos pioneiros era constituída só de proteínas, pelo consumo da carne abundante nessa região. Essa dieta transtornou a saúde das pessoas que vieram do Reino, da Bahia, de Minas e do Rio de Janeiro, que não estavam acostumados à ingestão tão grande de carne.

Em 1738, chegam a Rio Grande as primeiras sementes de trigo, que foram plantadas pelos casais povoadores. Essa cultura foi ampliada com a vinda dos "casais de número", os Açorianos.

Nessa época também foi criada pelo governo militar, ao norte do canal, a estância Real do Bojuru, para o fornecimento de carnes e montarias à Guarnição da Comandância.



Pesquisa de:

Antonia Valim

Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada


quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Entrevista com Keli Reinert Mainard

 


Jornal Farroupilha:  Keli onde você e sua família residem?

Keli Reinert Mainard: Sou casada e tenho dois filhos, moramos na cidade de Sorriso Mato Grosso.

Jornal Farroupilha: Você é natural de onde?

Keli Reinert Mainard:  Sou natural de Medianeira- Paraná, e antes de vir para o MT morei em Alvorada RS. 

Jornal Farroupilha:  Você fez parte de alguma Entidade Tradicionalista antes de ir embora para o MT?

Keli Reinert Mainard:   Em Alvorada, participei um tempo no Ctg Raça Gaúcha, fiz curso de fandango e comecei a aprender e gostar da tradição gaúcha.

Jornal Farroupilha:  E agora no MT, você frequenta uma entidade?

Keli Reinert Mainard:   : Sim, frequentamos o Ctg Recordando os Pagos, fundado em 1982, e pertence a 3º Região Tradicionalista MTG-MT. Fomos convidados por nossos compadres, já faz 4  anos e a família toda está feliz e realizada por fazer parte desta família .

Jornal Farroupilha:  Referente ao Prendado , você e sua família pretendem participar do concurso interno?

Keli Reinert Mainard:   : Iamos concorrer este ano, mas foi adiado por conta da pandemia, mas no próximo ano iremos sim participar.

Eu irei concorrer a Prenda Veterana e minha filha a Prenda Mirim, meus dois filhos já fazem parte da Invernada Mirim.

Jornal Farroupilha:  Como teu Ctg Recordando os Pagos, trabalha pela comunidade?

Keli Reinert Mainard:    O Ctg está sempre envolvido em trabalhos sociais, campanhas e ações  diretas para ajudar ao próximo, palestras e eventos internos.

 Jornal Farroupilha:  E durante esse ano de pandemia, o que foi feito pelos Ctgs para não parar totalmente as atividades?

Keli Reinert Mainard:  Tenho observado o quão difícil manter a estrutura física e humana, e este ano em especial, mas não podemos parar, então o Ctg através da sua patronagem e prendados continuaram marcando presença e reinventando por meio de Lives e atividades on-line, como palestras e reuniões, também para custear as despesas, vendemos almoço ou jantar no sistema Drive-tchê (expressão usada para substituir Drive-thru) .

Jornal Farroupilha:  Pode nos dizer como tu se sente como tradicionalista?

Keli Reinert Mainard:   Tenho pouca experiência vivida, mas com a alma e o coração transbordando de alegria, de estar participando , ensinando e aprendendo essa cultura maravilhosa. 


Entrevista feita por: 

Sandra de Matos Ferreira 

1º Chinoca Ctg Sentinelas do Pago

Penha Virtual Ctg Amaranto Pereira

 



No dia 15/09/2020 realizamos a nossa Ronda Crioula Virtual com todas as restrições necessárias, inclusive neste ano  por prevenção e para evitar aglomerações optamos em não receber a centelha da Chama Crioula. Em função dos protocolos estipulados pelas autoridades sanitárias, infelizmente não pudemos realizar a nossa ronda presencial como gostaríamos, com a presença do nosso pessoal do CTG e também dos nossos amigos como fizemos no ano passado, isso nos entristeceu muito, mas  para não passar em branco fizemos desta maneira preservando a nossa saúde e de nossos familiares. Nossa Mostra sobre o Tema Gaúchos sem Fronteira foi sobre o seu Enio Figueiredo de Souza um gaúcho de São Luiz Gonzaga que mora com sua família em Goiânia no estado de Goiás e participa do Ctg Saudade dos Pampas e sobre a mostra de culinária apresentamos um "Arroz de Carreteiro" tradicionalmente preparado com Charque , Arroz, Banha, Cebola e Alho e decorado a gosto no final com Salsinha. Agradecemos o nosso Subcoordenador Jair Martins e a Subdiretora Cultural a senhora Marta Guedes pela presença ontem em nosso CTG. Tenho a certeza que no ano que vem vamos realizar uma semana macanuda e vamos comemorar em dobro.







Texto: Adair Rocha 
Patrão Ctg Amaranto Pereira



55 anos de Alvorada


Minha Alvorada cidade e sorriso

És  um paraíso pra quem mora aqui

Só quem não conhece a minha terra amada

Tem a língua afiada pra falar de ti

Eu sou teu filho e te amo demais

Ès minha mãe esta terra abençoada

Só quem não conhece e não sabe o que diz

Quer ver povo infeliz

Falando de mal de ti minha terra

Cidade bendita, oh terra de paz

Onde a gente faz você virar gigante

Vai nossa homenagem querida Alvorada...

 

Nossa amada cidade de Alvorada conhecida por um povo solidário que divide muitas vezes seu pouco, com o próximo, povo trabalhador, que não esquece sua  origem , com garra, povo caloroso  e que luta diariamente com dificuldades sonhando com o melhor;

Alvorada  está completando seus 56 anos e mesmo que virtualmente para a saúde e cuidado com a população o Jornal Farroupilha vem contar um pouco de sua história!


História de Alvorada:

A cidade de Alvorada nasceu como Distrito de Viamão, com a denominação Passo do Feijó, através da lei nº216, de 22 de setembro de 1952. Aprovada pela Câmara, a Lei foi promulgada e sancionada pelo então prefeito de Viamão, Tenente Coronel Ponçalino Cardoso da Silva. Em 17 de setembro de 1965, a Lei Estadual nº5026, garantiu a emancipação política do Passo do Feijó, que passou a chamar-se Alvorada.

O nome sugerido por um integrante da Comissão Pró-Emancipação, teve inspiração em dois fatores: a alvorada do povo, que acorda às primeiras horas da manhã e parte para o trabalho, e o Palácio da Alvorada, o grande destaque na então nova capital do País, Brasília, inaugurada em 1960.

Alguns dados :

Nossa cidade tem uma população estimada de 211.352 pessoas.

Sua área territorial é de  71, 648 km

Possui  27 escolas municipais,17 estaduais, 1 hospital e 15 Unidades de Saúde .

Prefeitos que fizeram parte da história de Alvorada:

 

Antônio Antônio Alves - de 12/05/1966 a 31/01/1969

Pedro Antônio de Godoy - de 31/01/1969 a 31/01/1973

Elisardo Duarte Netto - de 31/01/1973 a 31/01/1977

Marne Machado Feijó - de 31/01/1977 a 31/01/1983

Léo Barcellos - de 31/01/1983 a 31/12/1988

Pedro Antônio de Godoy - de 01/01/1989 a 01/01/1993

José Arno Appolo do Amaral - de 01/01/1993 a 31/12/1996

Stela Beatriz Farias Lopes - de 01/01/1997 a 31/12/2000

Stela Beatriz Farias Lopes - de 01/01/2001 a 31/12/2004

João Carlos Brum - de 01/01/2005 a 31/12/2008

João Carlos Brum - de 01/01/2009 a 31/12/2012

Sergio Bertoldi  - de 01/01/2013 a 31/12/2016

José Arno Apollo do Amaral – 01/01/2017 a 31/12/2020

José Arno Apollo do Amaral - 01/01/2021 a 31/12/2024 Gestão atual


Para finalizar trazemos de autoria de :  Estelamaris Oliveira Cezar

Hino de Alvorada

Alvorada, terra amada

Valorosa e altaneira

És gloriosa e valente

Com orgulho és Brasileira.

 

Este povo que trabalha

Seu suor te faz crescer

Força, garra e coragem

O amor faz renascer.

 

Refrão: Alvorada, Alvorada

Sempre um novo amanhecer

És orgulho desta gente

Que te exalta e faz crescer.

Alvorada, brilha forte

Como o sol que vai nascer

Oh cidade abençoada!

És lição de bem viver.

 

Esta gente hospitaleira

Abre os braços com amor

Faz daquele a quem acolhe

Uma jóia de valor.

 

Alvorada sempre unida

Sem ter medo de avançar

Faz da solidariedade

Sua luz sempre a brilhar.

 

Este sol que nos aquece

Clareando em nossa história

Horizonte de esperança

Conduzindo para a glória.

 

 Parabéns Alvorada!



Pesquisa de:
 Antonia Valim  / Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada

Fonte: Site Prefeitura de Alvorada


 

CASA DE M'BORORÉ (Missões)

 



No tempo dos Sete Povos das Missões, havia um índio velho muito fiel aos padres jesuítas, chamado MBororé. Com a chegada dos invasores portugueses e espanhóis, os padres precisaram fugir levando em carretas os tesouros e bens que pudessem carregar. Assim, amontoaram o muito que não podiam levar consigo – ouro, prata, alfaias, jóias, tudo!- e construíram ao redor uma casa branca, sem porta e sem janela. Para evitar a descoberta da casa pelo inimigo e o conseqüente saqueio, deixaram o velho índio fiel MBororé cuidando, com ordens severas de só entregar o tesouro quando os jesuítas voltassem às Missões.

Mas os jesuítas nunca mais voltaram. Com o passar dos anos, o velho índio morreu e o tempo foi marcando tudo, deixando as ruínas de pé como as cicatrizes de um sonho que acabou. Acabou? Não. A Casa de MBororé continua lá num mato das Missões, imaculadamente branca, cuidada pela alma do índio fiel que ainda espera a volta dos jesuítas.

Às vezes, algum mateiro –lenhador ou caçador- dá com ela, de repente, num campestre qualquer. Imediatamente dá-se conta de que é a Casa de MBororé, cheia de tesouros. Resolve então marcar bem o local para voltar com ferramentas e abrir a força a casa que não tem porta nem janela. Guarda bem o lugar na memória pelas árvores tais e tais, pela direção do sol e coisas assim. Sai, volta com ferramentas, só que nunca mais acha de novo a Casa Branca de MBororé, sem porta e sem janela.


Pesquisa :  Antonia Valim

Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada



56 anos do Município de Alvorada

Minha Alvorada cidade e sorriso És  um paraíso pra quem mora aqui Só quem não conhece a minha terra amada Tem a língua afiada pra fala...