sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Dia da Hospitalidade - 29 de Janeiro

 

Autor : Jayme Caetano Braun



Hospitalidade

No linguajar barbaresco
E xucro da minha gente
Teu sentido é diferente,
Substantivo bendito,
Pois desde o primeiro grito
De “o de casa” dado aquí,
O Rio Grande fez de ti
o mais sacrossanto rito!
Não há rancho miserável
Da nossa terra querida,
Onde não sejas cumprida
No mais campeiro rigor,
Porque Deus Nosso Senhor
Quando te botou carona,
Já te largou redomona
Sem baldas de crença ou cor!
Dizem uns, que te trouxeram
De Espanha e de Portugal
E que neste chão bagual
Criaste novo sentido,
E o que além era vendido
Transformou-se aqui num culto
Onde o dinheiro é um insulto
Com violência repelido!
Tenho prá mim que és crioula
Do velho pago infinito
Onde até o índio proscrito
Egresso da sociedade
Na xucra fraternidade
Dos deserdados da sorte
Não respeita nem a Morte
mas cumpre a Hospitalidade!
Da chaleira casco preto,
E a graxa que dá espeto
Vai respingando na brasa,
É o truco, que a cada vasa,
Sempre está pintando “Flor”,
É rancho de corredor
E sombra de oitão de casa!
Hospitalidade é o grito
Do quero-quero altas horas;
É o tinido das esporas
Da casa para o galpão;
É o velho fogo de chão
Que caborteiro crepita;
É olhar de china bonita
Quie nos queima o coração.
É o charque de carreteiro
Picado sobre a carona;
É o lamento da cambona
Que se perde campo fora;
É china linda que chora
Num derradeiro repique
Pedindo que a gente fique
Até que se rompa a aurora!
Mas porém, sintetizada,
Num traste de uso machaço
A hospitalidade de um laço
Bem grosso e de armada grande
Que Deus trançou, prá que ande,
Apresilhado ao rincão
Nos tentos do coração
Dos Gaúchos do Rio Grande! 

Maus tratos contra cavalos em Santo Ângelo – agressores já identificados.


Autoridades policiais já identificaram os autores das agressões contra um cavalo, em Santo Ângelo, denunciada pela ONG Pé de Pano e que teve grande repercussões nas redes sociais. Tão logo soube do fato, o Movimento Tradicionalista Gaúcho solicitou investigação por parte da chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor. Também acionou a 3ª Região Tradicionalista, para que verificasse se os envolvidos são filiados a alguma entidade, a fim de abertura de um processo ético.

O retorno do coordenador, Eduardo Bechorner, foi de que eles não fazem parte do movimento organizado. Agradecemos a divulgação dada por veículos de imprensa como o portal Giro do Vale, do Vale do Taquari.


fonte:

https://www.facebook.com/MTGRIOGRANDEDOSUL/



 

Campanha - MTG oferece estrutura para vacinação contra a Covid-19

 


Através de várias  ações, o MTG decidiu promover uma campanha para incentivar os gaúchos a se vacinarem contra a Covid-19. Usando como mascote o “Tchê Gotinha”, concebido pelo artista plástico Anilto Cáureo, a iniciativa será lançada na próxima semana, com depoimentos,  vídeoclipe e peças gráficas nas redes sociais da entidade. O principal objetivo, segundo o Departamento de Comunicação do movimento, é desfazer boatos sobre a eficácia dos imunizantes.

Já na tarde de hoje, membros da diretoria do MTG  participam de audiência com o governador Eduardo Leite para oferecer a estrutura do MTG e de  seus filiados para auxiliar na imunização. Segundo a presidente Gilda Gelazzi, a maior parte dos 1.7 mil CTGs e piquetes possui sedes próprias, podendo colaborar com  esse mutirão que irá se formar para imunizar a população.

“Durante a pandemia, algumas entidades, como o CTG Pousada da Figueira, em Porto Alegre, já foram usados para vacinar os gaúchos contra a gripe. Seguindo este exemplo, queremos oferecer nossa estrutura para ajudar nosso estado a superar esta doença, cumprindo assim o que está escrito em nossa Carta de Princípios, que em 2021 completa 60 anos”, afirma Gilda, referindo-se ao conjunto de objetivos a serem alcançados pelos tradicionalistas e suas entidades, estabelecidos em julho de 1961. O primeiro item da Carta prevê “auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo”.

 

Fonte:

https://www.facebook.com/MTGRIOGRANDEDOSUL/


Pesquisa aponta 66 mil cartões tradicionalistas ativos no RS. 25a RT é a mais numerosa


Quantos sócios de entidades tradicionalistas  ativos existem no Rio Grande do Sul? Para responder esta pergunta, o  Movimento Tradicionalista Gaúcho e a Fundação Cultural Gaúcha uniram forças e realizaram ampla pesquisa ao longo dos últimos meses.

Com assessoria da equipe do sistema MTGNet, utilizado para gestão das entidades, a metodologia levou em consideração o número de cartões tradicionalistas expedidos e os demonstrativos apresentados pelas 30 Regiões Tradicionalistas. Conclusão: são 66.100 tradicionalistas.

O estudo é dividido por Região. A mais numerosa, com 5.747 tradicionalistas ativos, é 25ª RT, seguida da 7ª, com 5.132 e 1ª, com 4.553. Em quarto lugar aparece a 23ª RT, com 4043 tradicionalistas ativos e em quinto lugar, a 13ª RT, com 3.834.


Saiba mais:

 

CTG Raízes do Sul – Temporal atinge nosso Coirmão



O CTG RAÍZES DO SUL foi atingido por temporal na tarde de 24 de janeiro, quem puder contribuir com alguma doação para a compras das telhas.

Agradecemos!!


Nome CENTRO DE TRADIÇÕES  GAÚCHAS RAÍZES SUL

BANCO DO BRASIL

Agência: 5745-2

Conta corrente: 4235-8

PIX.: 94.053.956/0001-03






 

Eleição para Conselho Diretor do MTG será presencial regionalizada.



Em reunião realizada com os três candidatos a Presidência do Conselho Diretor do MTG junto à Presidente Gilda Galeazzi, decidiu-se por unanimidade e em nome da união e harmonia do Movimento Tradicionalista Gaúcho, que a eleição para o Conselho Diretor será de forma presencial regionalizada, observando todas as medidas sanitárias para o combate ao COVID-19. Além desta decisão, a finalidade da reunião resumiu-se na necessidade de estabelecer um diálogo entre a atual administração e a posterior, a fim de uma transição tranquila e transparente.

Confira a nota oficial:



 




 

COMUNICADO 1ªRT ELEIÇÃO MTG 2021 PARA O CONSELHO DIRETOR E JUNTA FISTCAL

 




Conforme nota oficial do MTG de 22/01/2021, Resolução do Conselho diretor do MTG e

Regimento Eleitoral par as eleições do MTG no ano de 2021 para as eleições para o Conselho

Diretor e Junta Fiscal ocorrerão de forma descentralizada, com trinta urnas, uma em cada

Regiões Tradicionalistas, no dia 27 de fevereiro de 2021.

- Todas as 30 urnas serão abertas pontualmente às 9 h e fechadas as 16 horas.

- Para coordenar as eleições será escolhido o Presidente e o Secretário da Assembleia Geral

Eletiva.

- Caberá ao Presidente da Assembleia Geral Eletiva nomear os membros das trinta comissões

eleitorais regionais, uma para cada RT, que serão compostas da seguinte forma:

Um tradicionalista, que não integre qualquer chapa concorrente, para secretariar e elaborar a

Ata da eleição;

Dois Patrões, de entidades em dia com as obrigações junto ao MTG, desde que não integrem

quaisquer chapa concorrente;

Um representante da cada Chapa Concorrente, desde que não a integre, que tenha no mínimo

21 anos de idade e que tenha Cartão de Identidade Tradicionalista válido;

Caberá às Comissões Eleitorais Regionais:

Definir o local da Eleição;

Colher os votos das entidades aptas a votar, em urna lacrada;

Permitir que somente as entidades aptas a votar, conforme listagem fornecida pela Secretaria

do MTG, credenciem delegados-eleitores. A listagem deverá estar disponível e à vista de todos

em local apropriado;

Compete às coordenadorias regionais:


Orientar às entidades para que os delegados-eleitores compareçam à Assembleia Geral Eletiva,

com o fim de exercer o direito a voto, portando o CIT (Cartão de Identificação Tradicionalista)

válido, estando devidamente pilchados e usando máscara de proteção facial, sob pena de

serem impedidos de votar.

Devido a prorrogação da data de pagamento das unidades de 2021, aprovado em Convenção

Tradicionalista, para a data de 28/02/2021, esta ação passou a habilitar todas as entidade em

dia com as anuidades até 2020 a participarem do pleito de 2021.

Conforme vamos sendo informado, vou repassando aos representantes das Entidades.

Solicito aos Patrões e Patroas que nos envie a ata da eleição para atualização do cadastro.

Edinho 23/01/2021. 


Giuseppe Garibaldi. (1807 – 1882).



“Herói de dois mundos.”

Nascido em 04 de julho de 1807, em Nizza, atual Nice, pertencia ao reino da Sardenha, Itália, (atualmente francesa), com o nome de Joseph Marie Garibaldi. Filho de Domenico Garibaldi, que era proprietário de uma tartana, chamada Santa Raparata, e de Rosa Raimondi, sendo o segundo filho, de uma sequência de seis filhos. Seu irmão mais velho, Angelo, se tornou cônsul nos Estados Unidos, Michele foi capitã na Marinha, Felice era representante de uma companhia de navegação, Elisabetta e Maria, faleceram ainda crianças.

Não existem muitos relatos sobre sua infância, mas sabe-se que ele nunca foi adepto  aos estudos, preferia  a vida de diversão.

Deixou a casa dos pais, com apenas 13 anos, e se entusiasmou pelas ideias revolucionárias.

Passou anos de sua vida, a bordo de navios, onde chegou obter licença de capitão.

Em 1833, quando comandava um carregamento de laranjas, em Taganrog, na Rússia, conheceu Giovanni B. Cuneo, que o ajudou entrar no movimento Jovem Itália, de Giuseppe Mazzini, movimento que visava libertar o país do domínio de estrangeiros. Nesta época tinha cerca de vinte anos de idade.

No mesmo ano participou de um fracassado levante em Gênova, a corte genovesa condenou-o a morte. Mas ele conseguiu fugir para Marselha, e em seguida, no ano de 1835, fugiu para Tunísia, partindo depois para o Rio de Janeiro em 1835. Teve conhecimento do movimento republicano, chefiado por Bento Gonçalves da Silva, conheceu Luigi Rossetti e Bento Gonçalves, Garibaldi apoiou a causa e decidiu se unir a revolução Farroupilha.



Em setembro de 1838, Garibaldi foi nomeado capitão tenente, comandante da marinha farroupilha. Na viagem para o sul, foi capturado pela polícia marítima Uruguaia, sendo preso e torturado, mas conseguiu fugir e chegar ao Rio Grande do Sul, lá junto aos chamados Farrapos, ele foi uma figura de grande importância, seu nome é forte sempre que se fala na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos.

Juntamente com o general Davi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde proclamaram a República Juliana.

Garibaldi e Anita.

Em Laguna, no Morro da Barra Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, mulher que largou tudo, inclusive o marido, ela se tornou sua companheira de lutas na América do Sul e na Itália. Entrou para a história com o nome de Anita Garibaldi. Tiveram seu primeiro filho, Menotti, que nasceu em Mostardas, no litoral do estado do Rio Grande do Sul.

Bento Gonçalves liberou Garibaldi de suas funções e o presenteou com 900 cabeças de gado. Ele partiu junto com Anita e seu filho para Montevidéu, chegando lá em junho de 1841 com apenas 300 cabeças, após terem caminhado por 600 quilômetros.

                   “Na América eu servi – e servi sinceramente – a causa dos povos.

Assim fui adversário do Absolutismo.”

“Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que o da bela cavalaria rio-grandense, que sustentaram por mais de nove anos  a luta contra um poderoso império, em cuja fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações”.

(G. Garibaldi - Memórias,1859.)



 No Uruguai ele casou-se com Anita, em março de 1842. Lá nasceram seus outros filhos, Rosa, Teresa e Ricciotti. Rosa  com apenas dois anos veio a falecer devido a uma infecção na garganta que provocou as asfixia.

Para sustentar a família ele trabalhou como professor e também como corretor.

Em 1842 estava no Uruguai quando eclodiu a guerra entre Argentina e o Uruguai, Garibaldi comandou a frota Uruguaia que enfrentou no rio Paraná a armada Argentina, comandada por Juan Manoel Rosas, temido ditador Argentino. Derrotado, fez incendiar todos os navios para que não caíssem nas mãos do inimigo. Enquanto nova armada era construída, Garibaldi organizou uma legião de voluntários, constituída em grande parte por italianos exilados, e deu o nome de “Legião Italiana”, eram identificados pela camisa vermelha. Depois de vencerem a batalha de San Antônio, em 8 fevereiro de 1846, Garibaldi foi nomeado Capitão da frota Uruguaia, “Comandante supremo das milícias de Montevidéu.” Foi um grande nome na defesa de Montevidéu, impedindo que ela fosse tomada pelos Argentinos.

Volta á Itália.

Em 1848, Garibaldi soube que o rei Carlos Alberto da Sardenha havia declarado guerra á Áustria, retornou a Itália. Apesar de ser contra a monarquia, formou um corpo de voluntários para lutar ao lado do rei, após algumas vitórias, foi surpreendido pela noticia que a guerra terminara  por meios diplomáticos, o rei , derrotado, escolhera o armistício. No entando Garibaldi rejeitou a solução e continuou a luta, mas a causa foi perdida na Lombárdia. Não obtendo sucesso, foi forçado  a refugiar-se na Suíça e em seguida em Nice, na França, onde encontrou Anita e seus  três filhos, que haviam nascido na América.

Roma, visando conquistar Roma, os liberais italianos marcharam contra aquela cidade e a tomaram. Garibaldi participou da campanha como voluntário e foi eleito deputado na assembleia constituinte da República Romana. Porém a cidade foi cercada por exércitos franceses e napolitanos, com um número de homens dez vezes maior que os de Garibaldi. Ele retirou-se com 4 mil homens, logo depois de recusar um salvo-conduto do embaixador americano.

Foi perseguido por exércitos franceses, espanhóis e napolitanos, na fuga Anita vestida de soldado e gravida de cinco meses, Anita adoece, em Orvieto, próximo á província de Ravena, acometida por febre tifoide e não resiste, morreu em 4 de agosto de 1849, triste e derrotado, Garibaldi alcança a república neutra de San Marino , e exilase nos Estados Unidos e depois no Peru.

Condenado ao exílio Garibaldi morou na África, Nova York e Peru, retornando a Itália em 1854, quando convidado pelo Conde Cavour ajudou a Itália do norte a ser unificada.

Garibaldi voltou-se para o centro do pais, com apoio do rei de Piemonte e seu ministro Cavour, no centro da Itália a política e a diplomacia prevaleceram sobre as armas e os acordos com que Cavour e o rei cederam Nice e Savoia á França foram considerados uma traição por Garibaldi, que decidiu agir por conta própria seguiu para o sul, onde conquistou a Sicília e o reino de Nápoles. Após realizações de plebiscitos, Garibaldi renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vitor Emanuel II. Recusou o titulo de nobreza e uma pensão vitalícia oferecida pelo rei Vitor Emanuel.

Em 1862, liderou uma nova expedição contra as forças austríacas e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém criando estado Italiano.

Na batalha de Aspromonte, Garibaldi foi ferido e aprisionado, mas logo libertado. Participou depois da expedição para anexação de Veneza.

Na sua última batalha, Garibaldi, lutou ao lado dos franceses em 1870 e 1871, na  guerra Franco-Prussiana. Mesmo a França tendo perdido, ele ajudou muito nas batalhas em que foi obtido sucesso.



Por seus méritos militares, Garibaldi foi eleito membro da Assembleia Nacional da França em Bordéus.

Mas voltou para a Itália em 1874, sendo eleito deputado no Parlamento Italiano. Apesar disso, passou a maior parte de seus derradeiros anos em Caprera.

Apoiou o projeto de aterramento das áreas ao sul do Lácio, em 1879, fundou a “liga da democracia”, propondo a abolição da propriedade eclesiástica e a emancipação feminina.

Em 1880, casou pela terceira vez com Francesca Armosino, a quem tenha tido que tiveram três filhos.

Na sua casa em Ilha de Caprera, Itália, ficou até sua morte, no dia 02 de junho de 1882, com 75 anos.

Morre o homens que lutou ao lado dos Farrapos, o homem que se uniu a uma  brasileira, e teve quatro filhos , três uruguaios e um brasileiro.

Homem esse que é considerado um dos maiores mestres da história da estratégia militar revolucionária.

Em reconhecimento, teve várias homenagens em seu nome:



Estátuas com sua figura existem em muitas praças na Itália e em outros países ao redor do mundo. Na Itália seu nome foi dado a praças e ruas, cinco navios da marinha italiana receberam seu nome.



No Brasil, em homenagem ao herói italiano, temos o município Garibaldi.



Em Tramandaí, também no Rio Grande do Sul, tem a ponte giuseppe Garibaldi, que passa sobre um dos rios que o herói utilizou para chegar até Laguna.

Embora tenha deixado instruções detalhadas para sua cremação, seus restos mortais foram enterrados num sarcófago de rocha natural, acima do solo, em Caprera, onde continuam até hoje.

Em 2012, os próprios descendentes de Garibaldi, teriam decidido exumar o corpo , para tirar duvidas sobre a verdadeira localização do cadáver, se analises de DNA, confirmassem que se tratava do corpo de Garibaldi, seria embalsamado para maior preservação dos restos mortais.

Deixo como legado:

“Meu amor pela liberdade e pela verdade; meu ódio á mentira e á Tirania.”


Pesquisa feita por :

Sandra Ferreira  -  1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.

Fazenda Estância da Figueira - Camaquã

 


A conhecida Revolução Farroupilha ( 1835 - 1845) foi um movimento libertário, que buscava mais justiça para o Rio Grande do Sul, e depois então se tornou também movimento separatista, ao longo destes quase dez anos de peleia, mortes e sacrifícios foi erguendo- se locais que podiam ser nada de mais para a época, mas hoje são história, e monumentos que  nos permitem imaginar e saber  pouco mais sobre o nosso passado!

Um destes locais é a Estância da Figueira localizada em Camaquã, que foi quartel- general dos farrapos!


A antiga Estância foi inaugurada. 1795! Pelo charqueador Boaventura José Caetano marido de Antônia Gonçalves da Silva, ele era o mesmo proprietário da Estância da Barra!

 

Foi neste lugar construído a sangue e suor com trabalho escravo que a viúva de Bento Gonçalves, Caetana Garcia Gonçalves da Silva viveu com sua filha Maria Angélica, e genro Antônio José Caetano até falecer em 1872!

 

Acredita- se que recebeu este nome pelas grandes figueiras existentes ao redor da Fazenda!

Uma curiosidade é que a Estância da Figueira foi até mesmo cenário de novela!


A novela Laços de Família do ano de 2000 realizou gravações lá,!

 

Uma das sesmarias que originou Camaquã, era propriedade de Joaquim Gonçalves da Silva, pai de Bento Gonçalves, ele pediu a criação de Capela Curada de São João Batista originando a cidade, depois de algum tempo começou seu povoamento com açorianos e português, logo após por alemães, franceses, espanhóis e poloneses!

As Charqueadas e a pecuária se desenvolveram bastante na região e  homens ricos como o pai de Bento que tinha sesmaria bem Triunfo trouxeram a prosperidade para a região que se comunicavam com o resto do país através do rio Camaquã!

Camaquã teve grande importância na Revolução Farroupilha, abrigou por um bom tempo os farrapos e foi uma Capital Farroupilha também!

Tendo a Estância da Figueira como quartel general os farroupilhas com a vantajosa elevação do terreno poderiam avistar um raio de 50Km e observar uma possível movimentação de tropas legalistas!

Hoje em dia Camaquã possui vários prédios históricos em que podemos fazer uma visita ao passado, infelizmente a Estância da Figueira não foi tombada pelo patrimônio Histórico.

O atual proprietário Sr. Jayme Monjardim diretor do Projac da Rede Globo de Televisão e filho da cantora Maysa, ele adora cavalos e tem um haras no local e lógico sem visitações para não atrapalhar seu descanso.

Assista uma entrevista com Jayme Monjardim falando sobre seus projetos e a vontade de morar em Camaquã.






Pesquisa de:

Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha 







Aparício Silva Rillo – Biografia


Ser Missioneiro é uma Missão, Aparício Silva Rillo nos deixou um legado de arte, cultura e projetos que protegem nossas tradições. Um verdadeiro exemplo do Espírito Missioneiro. (Porto Alegre, 8 de agosto de 1931 - São Borja, 23 de junho de 1995)

Filho do engenheiro-agrônomo e zootecnista Marciano de Oliveíra Rillo e de Lélia Sílva Rillo - o pai natural de Uruguaiana e a mãe de Guaíba, nasceu a 8 de agosto de 1931, Em Porto Alegre. Apparicio completou seu curso primário com pouco mais de dez anos. Em Capela de Sant'Anna o poeta cumpriu o que chama sua "iniciação" em costumes campeiros. Além dos trabalhos agrícolas de rotina, havia um posto de remonta com um plantel de vacas mansas e dezenas de cavalos para o serviço.

Desse contato com os hábitos campeiros comuns aos homens que trabalhavam no Posto de Sementes, das conversas com os peões encarregados das tarefas diárias, nasceu-lhe o gosto, que já vinha de berço (o pai era filho de estancieiro), pelos costumes mais autênticos da vida rural gaúcha.

Porto Alegre e sua vida agitada se tornara pesada ao poeta. Noivo de Suzy Maciel de Araújo - com quem viria a casar-se em maio de 1954. Soube, então, de uma vaga como contabilista num distrito rural de São Borja, a seiscentos quilômetros de Porto Alegre. No caso, um grande empório comercial situado na vila Nhu-Porã (Campo Lindo, em guarani).

Chegando em Nhu Porã, conheceu Cláudio Oirandi Rodrigues, que foi seu grande amigo e uma fonte de inspiração.  Idealizou e auxiliou na construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Fundou o CTG Sete Povos das Missões, hoje Valdemar Teixeira. Realizou grandes bailes que atraiam a comunidade de São Borja para a vila.

Durante seu período de residência na vila, foi um grande pesquisador da cultura e do folclore da região. Escreveu e encenou a peça “Domingo no Bolicho”, contando exclusivamente com atores locais, que foi apresentada no Cinema Municipal em São Borja.

O Movimento Tradicionalista, eclodido em 1947, estava em ponto de ebulição e Silva Rillo, que continuava publicando seus poemas - agora no gênero regionalista - na imprensa de Porto Alegre, se alteava, ao lado de Jayme Caetano Braun e Glaucus Saraiva, como uma das grandes vozes de exaltarão à tradição, que renascia como culto.

A partir da criação dos Angüeras inicia-se uma parceria com Zé Bicca em composições musicais. Também tendo como base os Angüeras, Apparício Silva Rillo idealizou o Museu Ergológico da Estância. Com o apoio do grupo e da administração municipal, Rillo, que em suas pesquisas já havia reunido uma grande quantidade de peças relacionadas às antigas estâncias, pode enriquecer esse acervo.

 

Sobre

Nesta época, foi um dos responsáveis pela criação do Brasão, Bandeira e Hino de São Borja. Organizou as atividades da comemoração do Tricentenário do município, que duraram cerca de 1 mês. Idealizou e organizou o Festival Clarim. Durante a sua passagem pela administração municipal, participou da reativação da Biblioteca Pública Municipal e do Carnaval de Rua de São Borja, na Praça XV, com concurso de fantasias e desfile. Pesquisou e fez reviver a procissão de São João Batista, festa profana de tradição familiar, entre outras obras em São Borja.

São conhecidas de sua autoria, 40 obras, entre elas poesias, prosa, peças de teatro, novelas, teses, monografias, antologias, além de folclore e história.  Escreveu diversas músicas em parceria com Luís Carlos Borges e Mario Barbará. Faleceu em 1995, deixando um incrível legado. Um dos mais importantes conhecedores do regionalismo no Estado.

 




Fique com uma linda poesia desse grande poeta


Pesquisa de:

 Fabiana Thomaz





 

Contos Gauchescos - Chasque do Imperador


Por: João Simões Lopes Neto

Quando Dom Pedro chegou no Rio Grande do Sul para a Guerra com o Paraguai quis que algum gaúcho fosse seu chasque, alguém de confiança que estivesse sempre com ele. O tenente da tropa de Blau Nunes chamou-o para ser o tal chasque. Blau então conta as coisas que passou com o Imperador. Dom Pedro II era muito carinhoso e querido pelo povo, sempre queria ajudar a todos e às vezes dava esmolas a quem não precisava, havia gostado muito do Rio Grande. Certa vez a caminho do Paraguai pararam num campestre e uma velha parou a tropa com uma trouxinha na mão perguntando quem era o Imperador. Deu a ele um pedaço de fiambre, D. Pedro quis dar-lhe uma nota e ela recusou, disse que seus filhos estavam na Guerra e que a única coisa que gostaria era de ver eles vencedores. Disse ao Caxias que seu falecido marido prometeu sempre estar com ele, pois uma vez ele o salvou de caramurus.

A velha desejou boa sorte e o imperador a abraçou:

-Como é agradável esta rudeza tão franca!- disse Nhã Tuca.

Pararam em outra cidade e o Imperador foi hospedado na casa de um gordo gauchão. Na hora do almoço só havia doces, no jantar, chá e doces. No outro dia de manhã o gordo foi perguntar ao hóspede se ele tava se sentindo bem, ao mesmo tempo estava levando chá e doces. O Imperador não pôde mais aguentar e disse ao gauchão:

- Meu amigo, os doces são magníficos... mas eu agradecia-lhe muito se me arranjasse antes um feijãozinho... uma lasca de carne...

O gaúcho largou uma risada:

- Pois Vossa Majestade come carne?! Disseram-me que as pessoas reais só se tratavam a bicos de rouxinóis e de doces e pasteizinhos!...(...) Vamos já a um churrasco...

 

PERSONAGENS PRINCIPAIS:  Blau Nunes, Dom Pedro II(imperador), Tenente, Caxias, Nhã Tuca e Gordo Gauchão.

 

Pesquisa de:

Fabiana Thomaz


 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Culinária - Sopa de Capelleti (parte I)


INGREDIENTES

1 kg de capeletti (carne ou frango)

2 dentes de alho bem amassados

1 colher de sopa de cebola bem ralada

1 colher de chá de orégano

azeite suficiente para encher bem o fundo da panela de pressão (dois dedos)

salsa a gosto

1 copinho de cogumelos (champignon de 150 a 200 g)

1 pitada pequena de cominho (para frango)

1 pitada de pimente do reino (para carne)

1 peito de frango pequeno cortado em cubos ou

1/2 kg de carne em cubinhos pequenos (não moída)

1 cubo de caldo de carne ou frango

 

 

MODO DE PREPARO

Reserve previamente 1 litro de água fervente.

Em uma panela de pressão, coloque bastante azeite enchendo bem o fundo da panela.

Coloque o alho e o orégano no azeite ainda frio.

Leve ao fogo.

Quando o alho ficar branco, coloque rapidamente a cebola bem ralada.

Mexa um pouco e coloque os cogumelos partidos ao meio.

Coloque a carne escolhida (ou frango), e frite superficialmete

Coloque a salsa, o sal e os temperos referentes ao tipo de carne escolhida.

Coloque meio litro de água já fervente.

Deixe cozinhar até um pouco antes da carne ficar macia (o tempo depende da carne escolhida).

Tire a panela da pressão antes da carne completar o cozimento.

Acrescente o capeletti.

Coloque o restante da água fervente.

Retorne para pressão por cerca de dez minutos.

Retire da pressão e verifique se a massa já esta cozida.

E está prontinho! Mas caso a massa não estiver cozida termine sem a pressão!

 

 Boa refeição!!



Pesquisa de:

Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha

 

Poesia - Tropa de Sonhos


Autor:  Iberê Machado


Madrugadita, vou de-a-cusco e de-a-cavalo

Cortando campos nevoentos de umidade.

Tropeio sonhos bons e, ao léu, espanto os malos

Deste meu peito, parador de mil saudades.

 

E esta pontinha de bons sonhos que tropeio

Me impõe cuidados por valiosa, embora chica.

Sobrevivente, ela é o florão dos meus anseios

Na longa ronda por quem parte, de quem fica.

 

E, todavia, pode ser que, um dia desses,

Revele a vida um rincão pra que estes sonhos

Deixem de ser arteiros quais guris medonhos

E me permitam envelhecer dignamente.

 

Então é certo: -Vou soltar os meus cavalos!

Nas alpargatas buscarei o meu sossego.

Dos meus arreios prá cadeira num pelego

Para estes sonhos, um por um, eu ressonhá-los.

 


 

Poesia - Marca de Paz


Autor: Iberê Machado


Garoa guasqueada

Na tarde de agosto.

Os pingos no rosto,

Pé firme no estrivo.

No barro nativo,

O rastro pra trás

É marca de paz

Que anda pra frente

E invida o vivente

A não parar mais.

 

No tranco estradeiro

A boca vai solta.

A crina revolta.

O freio mascado.

Chapéu desabado

Corpeia a garoa.

O ritmo ecoa,

Parceiro dos ventos,

Marcando momentos

No chão encharcado.

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Olmira Leal de Oliveira -- CABO TOCO.


“ Entrei de frente na história e, acredite quem quiser,

em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher.”

 

Olmira Leal de Oliveira, nasceu em 18 de junho de 1902, natural da Costa do Camaquã em Caçapava do Sul, Filha de Francisco José de Oliveira e de Auta Coelho Leal de Oliveira. Olmira deixou a casa onde morava com sua mãe e irmã, pois seu pai já havia falecido, e apresentou-se como voluntária na brigada militar de Caçapava do Sul, com largos conhecimentos de plantas medicinais, aplicação de injeções e manuseio de armas de fogo, alistou-se como enfermeira para acompanhar as tropas do tenente coronel João Vargas de Souza, tornando -se a primeira mulher a integrar as tropas da Brigada Militar.

Aos 21 anos de idade foi recrutada para integrar as fileiras da Brigada Militar, como enfermeira e combatente, no primeiro Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada , com sede em Santa Maria.

Graduada a cabo e devido a sua baixa estatura, atendia por “Cabo Toco.”

Primeira mulher a integrar as fileiras da corporação da Brigada Militar, em 1923. Participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926.

Cabo Toco, empunhando seu fuzil, lutava lado a lado com a mesma valentia dos demais soldados. Passou por várias batalhas com destaque de bravura.

Deixou a corporação em 1932, mulher forte, guerreira, símbolo vivo da história do Rio Grande do Sul.

Morava em Cachoeira do Sul, onde casou-se em 1951, com Antônio Martins da Silva. E ficou viúva em 1954, não teve filhos. Trabalhava fazendo fretes em sua carroça.

Após a morte de seu marido, passou a viver de uma pequena pensão deixada por ele. Vivia em um barraco na periferia de Cachoeira do Sul. Andava pelas ruas com sua velha carroça, cansada e sem rumo, carregando consigo a história que o povo não conhecia. 

Mesmo sendo considerada uma heroína, Cabo Toco só ficou conhecida no ano de 1987. Isso porque, Nilo Bairros de Brum e Heleno Gimenez, compuseram uma canção, contando sua história. E venceram em 1987 a 5º Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do Sul, na voz de Fátima Gimenez. 


Cabo Toco esteve presente na entrega da premiação da música, e viveu momentos de pura emoção ao ver sua vida contada em uma linda canção, apresentada para um grande público, que na sua maioria nem sequer sabia da sua existência. Pois o mundo a esqueceu, e o tempo vencia aquela, que se dizia combatente chimango.

“Me chamam de Cabo Toco sou guerreira sou valente.”

Só foi graduada ao posto de 2º sargento, pelo governo do estado, poucos anos antes de falecer. Depois que Fátima Gimenez venceu a 5º vigília do Canto Gaúcho.


Olmira Leal, “Cabo Toco”, faleceu em 21 de outubro de 1989, em Cachoeira do Sul, aos 87 anos, vítima de doença pulmonar, e está sepultada no cemitério municipal de Caçapava do Sul. 


Na sua terra natal foi homenageada com a denominação de uma rua, no bairro Mercedes.

Em 21 de abril de 2007, a Brigada Militar de Caçapava do Sul, também a homenageou com uma placa em seu túmulo com a frase:

 “Entrei de frente na história e, acredite quem quiser, em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher.”

Cabo Toco também é patrona da 1º turma de Policiais Militares femininas do Estado do Rio Grande do Sul.

Para alguns a batalha foi honra e poder, para outros apenas uma promessa, e uma canção.      



 Pesquisa de: Sandra Ferreira

1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.






 

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Minha Alvorada cidade e sorriso És  um paraíso pra quem mora aqui Só quem não conhece a minha terra amada Tem a língua afiada pra fala...