(Ouro Preto, 1801 — Porto Alegre, 2 de
setembro de 1885)
O
Maestro Joaquim José de Mendanha foi mineiro, nascido em 1800, filho de país
libertos, que chegou nessas terras sulinas como maestro da Banda Imperial no
período da Revolução Farroupilha e acabou vivendo em Porto Alegre até o final
da sua vida.
Mendanha
foi muito mais que o autor da composição do Hino Riograndense. Ele foi um um homem respeitado e admirado
pela sociedade, convivendo com os
grandes intelectuais da época como sócio benemérito do Partenon Literário.
Foi
professor de música e maestro regente de inúmeras bandas e orquestra. Esteve
presente na inauguração e fez inúmeras espetáculos no Theatro São Pedro.
Foi
o criador da Associação Musical Santa Cecília destinada ou ensino da música e
apoio e amparo ao ofício de músico. Foi compositor de inúmeros autos religiosos
apresentados nas irmandades da Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora Madre
Deus e na irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, onde foi
inclusive foi tesoureiro.
Existe
farta documentação na imprensa local que revelam o prestígio e honraria com que
o Maestro Joaquim de Mendanha era recebido nos saraus dos Salões Sociais quando
era apresentado como o Comendador Mendanha, reverência a Comenda Imperial que
esse brilhante negro recebeu em homenagem e reconhecimento pelo seu trabalho na
área da música.
Circulou
entre a comunidade negra local ajudou muita gente, comprou muitos escravos e os
alforriou, talvez essa seja uma das razões do seu inventário ter registrado
pouquíssimos bens de valor deixados aos seus herdeiros.
Assinatura
de Joaquim Mendanha como
"Mestre de Noviços" 1860, livro tombo Igreja das Dores"
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