quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Música- Cabo Toco.


Nilo Bairros de Brum e Heleno Gimenez.

 

Foi no lombo de um cavalo que descobri horizontes.

Em vez de vestir bonecas, andei gritando repontes.

Entrei de frente na história e, acredite quem quiser,

Em vinte e três fui soldado, sem deixar de ser mulher!

Me chamam de cabo toco,

Sou guerreira, sou valente.

Do primeiro regimento,

Enfermeira e combatente.

 

Me chamam de Cabo Toco,

Só não sabe quem não quer.

Debaixo do talabarte,

Há um coração de mulher.

Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá.

Na ponte do Alegrete, meu fuzil estava lá.

Enfrentei o Zeca Neto, sem temor da “colorada”.

Anita em Garibaldi, já nasci emancipada.

Me chamam de Cabo Toco,

Sou guerreira, sou valente.

Do primeiro regimento,

Enfermeira e combatente.

 

Me chamam de Cabo Toco.

Só não sabe quem não quer,

Debaixo do talabarte,

Há um coração de mulher.

A velhice me encontrou com a miséria na soleira,

A ver a vida por frestas num subúrbio de Cachoeira.

Digo aos curiosos que trazem ajudas interessadas,

Que não quero caridade, quero justiça e mais nada.

Que não quero caridade, quero justiça e mais nada.

 

 

Música composta para contar a história de Cabo Toco.



 


 

Pesquisa de: 

Sandra Ferreira - 1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.


 

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