Nilo Bairros de
Brum e Heleno Gimenez.
Foi
no lombo de um cavalo que descobri horizontes.
Em
vez de vestir bonecas, andei gritando repontes.
Entrei
de frente na história e, acredite quem quiser,
Em
vinte e três fui soldado, sem deixar de ser mulher!
Me
chamam de cabo toco,
Sou
guerreira, sou valente.
Do
primeiro regimento,
Enfermeira
e combatente.
Me
chamam de Cabo Toco,
Só
não sabe quem não quer.
Debaixo
do talabarte,
Há
um coração de mulher.
Lutei
contra Honório Lemes na serra do Caverá.
Na
ponte do Alegrete, meu fuzil estava lá.
Enfrentei
o Zeca Neto, sem temor da “colorada”.
Anita
em Garibaldi, já nasci emancipada.
Me
chamam de Cabo Toco,
Sou
guerreira, sou valente.
Do
primeiro regimento,
Enfermeira
e combatente.
Me
chamam de Cabo Toco.
Só
não sabe quem não quer,
Debaixo
do talabarte,
Há
um coração de mulher.
A
velhice me encontrou com a miséria na soleira,
A
ver a vida por frestas num subúrbio de Cachoeira.
Digo
aos curiosos que trazem ajudas interessadas,
Que
não quero caridade, quero justiça e mais nada.
Que
não quero caridade, quero justiça e mais nada.
Música composta para contar a história de
Cabo Toco.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira - 1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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