No ano de 1947 foi criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos,
um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar, preservar e
proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande do Sul,
através da história gaúcha. Naquele momento, um grupo de jovens do colégio
manifestou o desejo de fazer, a cavalo,
o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro,
que era transladado ao Panteão Rio-grandense no cemitério da Santa Casa de
Misericórdia. O ato ocorreu em 5 de setembro, com oito jovens a cavalo. Dois
dias depois, três daqueles jovens (Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando
Vieira) também a cavalo retiraram uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, a
meia noite do dia 7, acendendo o candeeiro crioulo que foi guardado no Colégio
Julio de Castilhos, dando origem à Chama Crioula, que simboliza o apego do
gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo. A Chama Crioula traz em si
o reconhecimento pela história e pela trajetória social do gaúcho. Desde então,
o acendimento e distribuição da chama crioula se repete anualmente.
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