Hoje o Jornal Farroupilha falará um
pouco sobre um Forte fundado pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que deu início
a entrada Portuguesa em solo Rio Grandense !
Com o objetivo de auxiliar a defesa
da Colônia do Sacramento, povoar a região e regular as relações entre os
diferentes elementos povoadores, o Brigadeiro José da Silva Pais desembarca no
Canal de Rio Grande em 19 de fevereiro de 1737, encontrando-se com o sertanista
Cristóvão Pereira, que o esperava com uma tropa de gado. No local onde
Cristóvão Pereira aguardava a chegada de Silva Pais, à margem direita do Canal
de Rio Grande, o Brigadeiro ergue a primeira guarnição militar no Rio Grande do
Sul, que recebeu o nome de Forte Jesus Maria e José. Esse forte deu origem à
primeira vila gaúcha. Junto a ele, Silva Pais manda edificar uma igreja,
denominada Ermida de Jesus Maria e José da Fortaleza da Praia.
Mais tarde, construiu dois outros
fortes: o de Santana do Estreito, localizado mais ao sul do Canal de Rio
Grande, e o Forte de São Miguel, este em território uruguaio.
Foram enviados recursos para defesa e
desenvolvimento da povoação que se formaria em torno do presídio Jesus Maria e
José. Ali chegavam armas, munições, suprimentos de farinha, além de tropas e
povoadores.
A região litorânea, compreendida
entre a Colônia do Sacramento e o Canal de Rio Grande, era percorrida por
aventureiros (índios, espanhóis, portugueses e mestiços), que comercializavam e
contrabandeavam o gado da Vacaria do Mar. Esses indivíduos foram para as
proximidades do Forte Jesus Maria e José, atraídos pelo comércio que o futuro
povoado prometia.
Havia certa instabilidade na região,
causada por outros fatores além da presença dos aventureiros. Muitas vezes,
havia o atraso no pagamento do soldo às tropas, originando indisciplina da
tropa. Além disso, faltavam moças "casadouras" para os soldados que
ali estavam, os quais, por isso, uniam-se com índias e escravas. Nesse
contexto, havia a necessidade da presença de gente "limpa", ligada a
compromissos de família para alicerçar o povoado que ali iria nascer. Assim, no
final do ano de 1737, chegaram a Rio Grande alguns casais povoadores, vindos da
Colônia do Sacramento, e outros do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de
Pernambuco, bem como alguns índios Tupis e Guaranis das reduções. No ano
seguinte, também chegaram alguns casais das ilhas da Madeira e dos Açores.
Alguns casais do Rio de Janeiro e da Bahia trouxeram consigo escravos. A esses
casais foram doadas sesmarias para a criação de gado e datas para a
agricultura.
A alimentação dos pioneiros era
constituída só de proteínas, pelo consumo da carne abundante nessa região. Essa
dieta transtornou a saúde das pessoas que vieram do Reino, da Bahia, de Minas e
do Rio de Janeiro, que não estavam acostumados à ingestão tão grande de carne.
Em 1738, chegam a Rio Grande as
primeiras sementes de trigo, que foram plantadas pelos casais povoadores. Essa
cultura foi ampliada com a vinda dos "casais de número", os
Açorianos.
Nessa época também foi criada pelo
governo militar, ao norte do canal, a estância Real do Bojuru, para o
fornecimento de carnes e montarias à Guarnição da Comandância.
Pesquisa de:
Antonia
Valim
Prenda Mirim
Farroupilha de Alvorada
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