quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Forte Jesus Maria José

 


Hoje o Jornal Farroupilha falará um pouco sobre um Forte fundado pelo Brigadeiro José da Silva Paes, que deu início a entrada Portuguesa em solo Rio Grandense !

Com o objetivo de auxiliar a defesa da Colônia do Sacramento, povoar a região e regular as relações entre os diferentes elementos povoadores, o Brigadeiro José da Silva Pais desembarca no Canal de Rio Grande em 19 de fevereiro de 1737, encontrando-se com o sertanista Cristóvão Pereira, que o esperava com uma tropa de gado. No local onde Cristóvão Pereira aguardava a chegada de Silva Pais, à margem direita do Canal de Rio Grande, o Brigadeiro ergue a primeira guarnição militar no Rio Grande do Sul, que recebeu o nome de Forte Jesus Maria e José. Esse forte deu origem à primeira vila gaúcha. Junto a ele, Silva Pais manda edificar uma igreja, denominada Ermida de Jesus Maria e José da Fortaleza da Praia.

Mais tarde, construiu dois outros fortes: o de Santana do Estreito, localizado mais ao sul do Canal de Rio Grande, e o Forte de São Miguel, este em território uruguaio.

Foram enviados recursos para defesa e desenvolvimento da povoação que se formaria em torno do presídio Jesus Maria e José. Ali chegavam armas, munições, suprimentos de farinha, além de tropas e povoadores.

A região litorânea, compreendida entre a Colônia do Sacramento e o Canal de Rio Grande, era percorrida por aventureiros (índios, espanhóis, portugueses e mestiços), que comercializavam e contrabandeavam o gado da Vacaria do Mar. Esses indivíduos foram para as proximidades do Forte Jesus Maria e José, atraídos pelo comércio que o futuro povoado prometia.

Havia certa instabilidade na região, causada por outros fatores além da presença dos aventureiros. Muitas vezes, havia o atraso no pagamento do soldo às tropas, originando indisciplina da tropa. Além disso, faltavam moças "casadouras" para os soldados que ali estavam, os quais, por isso, uniam-se com índias e escravas. Nesse contexto, havia a necessidade da presença de gente "limpa", ligada a compromissos de família para alicerçar o povoado que ali iria nascer. Assim, no final do ano de 1737, chegaram a Rio Grande alguns casais povoadores, vindos da Colônia do Sacramento, e outros do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco, bem como alguns índios Tupis e Guaranis das reduções. No ano seguinte, também chegaram alguns casais das ilhas da Madeira e dos Açores. Alguns casais do Rio de Janeiro e da Bahia trouxeram consigo escravos. A esses casais foram doadas sesmarias para a criação de gado e datas para a agricultura.

A alimentação dos pioneiros era constituída só de proteínas, pelo consumo da carne abundante nessa região. Essa dieta transtornou a saúde das pessoas que vieram do Reino, da Bahia, de Minas e do Rio de Janeiro, que não estavam acostumados à ingestão tão grande de carne.

Em 1738, chegam a Rio Grande as primeiras sementes de trigo, que foram plantadas pelos casais povoadores. Essa cultura foi ampliada com a vinda dos "casais de número", os Açorianos.

Nessa época também foi criada pelo governo militar, ao norte do canal, a estância Real do Bojuru, para o fornecimento de carnes e montarias à Guarnição da Comandância.



Pesquisa de:

Antonia Valim

Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada


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