Thalita Siqueira do Val
Ano de mandato: 07-08
Jornal Farroupilha: Entidade tradicionalista da qual você fazia parte quando foi prenda
Farroupilha?
Thalita Siqueira: CPF O Tempo e o Vento
Jornal Farroupilha: Para você, qual foi a experiência de ter sido prenda Farroupilha naquela
época?
Thalita Siqueira: Eu era bem novinha, tinha uns 10, 11 anos. Fiquei sabendo de tudo não
muito tempo antes, então todo o momento antes do dia da competição era para me
preparar, ensaiar, dançar, cantar, estudar. Foi uma experiência bem diferente,
e eu estava conhecendo as etapas, não esperava que eu fosse vencer, mas dei o
meu melhor, então foi bem surpreendente. Eu lembro sempre de como fiquei em
choque quando falaram meu nome.
Tive total apoio de todos que estavam na minha volta. E lembro também de
ouvir que eu seria a "menina dos olhos" e por isso eu deveria ir em
todos os encontros, bailes e afins. O desfile farroupilha foi um dia que eu
jamais vou esquecer, pois desfilamos abaixo de uma chuva torrencial, e ainda
assim foi muito divertido (talvez tenha rendido uma gripe).
Jornal Farroupilha: Como você vê o tradicionalismos atual? o que tem de diferente de quando
você era Prenda da Farroupilha?
Thalita Siqueira: Acho que a coisa que mais chama a minha atenção hoje em dia é o vestuário
das pessoas nos bailes. Eu não tenho mais uma convivência tão grande com o CTG
como quando eu era menor, mas ainda vou aos bailes. Lembro das regras restritas
de não poder usar tênis, leggings, decotes, etc.. E hoje em dia quando vou,
encontro muito mais pessoas vestidas assim. A maior diferença entre a minha
época e agora, é que eu acho que hoje em dia não é mais tão "nichado"
o grupo que frequenta o CTG. Antes, qualquer baile que fosse, estavam as mesmas
pessoas. Hoje em dia não, existem as mesmas, mas existem muitas novas também, a
cada encontro.
Jornal Farroupilha : O que você acha que melhorou no tradicionalismo? E que pontos você acha
que não deveriam ter mudado?
Thalita Siqueira: Acredito que aos poucos, nossa cultura gaúcha e tradicionalista, é mais
receptiva as mudanças do mundo. Isso com certeza é muito melhor. Ainda que a
passos de formiguinha, nossa cultura tradicionalista começou a abrir as portas
para muito mais comunidades e pessoas. Antigamente, por exemplo, um casal
homossexual sequer poderia dançar junto no tablado, mulheres não poderiam usar
bombachas, e outras coisas assim. Se queremos que a nossa cultura seja amada e
bem recebida em qualquer lugar, temos que receber bem a todos que encontrarem
ela. Já a segunda pergunta, o que não deveria ter mudado, acho que gosto de
como as coisas estão. Gosto do rumo em que as pessoas envolvidas estão tomando.
Gosto também da nova geração que ama dançar tanto quanto a última.
Entrevista realizada por:
Letícia Pedebos
Prenda Farroupilha Alvorada
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