terça-feira, 8 de junho de 2021

Entrevista com Primeira Prenda Mirim Farroupilha

 

Thalita Siqueira do Val

Ano de mandato: 07-08


Jornal FarroupilhaEntidade tradicionalista da qual você fazia parte quando foi prenda Farroupilha?

Thalita Siqueira: CPF O Tempo e o Vento 

Jornal Farroupilha: Para você, qual foi a experiência de ter sido prenda Farroupilha naquela época?

Thalita Siqueira: Eu era bem novinha, tinha uns 10, 11 anos. Fiquei sabendo de tudo não muito tempo antes, então todo o momento antes do dia da competição era para me preparar, ensaiar, dançar, cantar, estudar. Foi uma experiência bem diferente, e eu estava conhecendo as etapas, não esperava que eu fosse vencer, mas dei o meu melhor, então foi bem surpreendente. Eu lembro sempre de como fiquei em choque quando falaram meu nome.

Tive total apoio de todos que estavam na minha volta. E lembro também de ouvir que eu seria a "menina dos olhos" e por isso eu deveria ir em todos os encontros, bailes e afins. O desfile farroupilha foi um dia que eu jamais vou esquecer, pois desfilamos abaixo de uma chuva torrencial, e ainda assim foi muito divertido (talvez tenha rendido uma gripe). 

Jornal Farroupilha: Como você vê o tradicionalismos atual? o que tem de diferente de quando você era Prenda da Farroupilha?

Thalita Siqueira: Acho que a coisa que mais chama a minha atenção hoje em dia é o vestuário das pessoas nos bailes. Eu não tenho mais uma convivência tão grande com o CTG como quando eu era menor, mas ainda vou aos bailes. Lembro das regras restritas de não poder usar tênis, leggings, decotes, etc.. E hoje em dia quando vou, encontro muito mais pessoas vestidas assim. A maior diferença entre a minha época e agora, é que eu acho que hoje em dia não é mais tão "nichado" o grupo que frequenta o CTG. Antes, qualquer baile que fosse, estavam as mesmas pessoas. Hoje em dia não, existem as mesmas, mas existem muitas novas também, a cada encontro. 

Jornal Farroupilha : O que você acha que melhorou no tradicionalismo? E que pontos você acha que não deveriam ter mudado?


Thalita Siqueira: Acredito que aos poucos, nossa cultura gaúcha e tradicionalista, é mais receptiva as mudanças do mundo. Isso com certeza é muito melhor. Ainda que a passos de formiguinha, nossa cultura tradicionalista começou a abrir as portas para muito mais comunidades e pessoas. Antigamente, por exemplo, um casal homossexual sequer poderia dançar junto no tablado, mulheres não poderiam usar bombachas, e outras coisas assim. Se queremos que a nossa cultura seja amada e bem recebida em qualquer lugar, temos que receber bem a todos que encontrarem ela. Já a segunda pergunta, o que não deveria ter mudado, acho que gosto de como as coisas estão. Gosto do rumo em que as pessoas envolvidas estão tomando. Gosto também da nova geração que ama dançar tanto quanto a última.

Entrevista realizada por: 
Letícia Pedebos 
Prenda Farroupilha Alvorada




Nenhum comentário:

Postar um comentário

56 anos do Município de Alvorada

Minha Alvorada cidade e sorriso És  um paraíso pra quem mora aqui Só quem não conhece a minha terra amada Tem a língua afiada pra fala...