O vice-presidente de Administração e
Finanças do Movimento Tradicionalista Gaúcho, César Oliveira, assumiu hoje a gestão da entidade,
interinamente, no lugar da presidente
Gilda Galeazzi, que se licenciou para tratar da saúde. O prazo será por
três meses ou até ocorrerem as eleições, embargadas por prazo indeterminado por
força de uma decisão judicial.
A licença de Gilda foi comunicada nesta
terça-feira, 6, durante reunião do Conselho Diretor do MTG. Músico de destaque
que forma dupla com Rogério Melo, César Oliveira, 51, tem 25 anos de carreira,
17 CDs e 3 DVDs gravados. É Adido Cultural do Estado nomeado pelo governador
Eduardo Leite como representante oficial da cultura do Rio Grande do Sul.
Também faz parte do Cultura RS Pós COVID, comitê que define os protocolos de
distanciamento no setor cultural.
Durante o breve período em que estiver à
frente da gestão do MTG, César pretende
pregar a união. Ele entende que é um momento de todos se despirem de ideologias
e individualismos. “Precisamos
fortalecer aproximar ainda mais o movimento internamente e aproximá-lo do poder
público para ser encarado como uma instituição necessária e benéfica na
retomada, especialmente no que ela pode prover na questão do turismo cultural”,
afirma.
César
pretende traçar planos conjuntos com a recém criada
Frente Parlamentar dos Vereadores pela Tradição Gaúcha e com o secretário
de Turismo do Estado, Ronaldo Santini, em medidas concretas para aproveitar o
potencial das entidades como ferramenta de incentivo ao turismo. Nesse sentido,
uma das metas é reabrir as discussões em torno do tombamento da cultura gaúcha
como patrimônio imaterial do país, o que já foi tema de recente reunião entre
César e integrantes da secretaria nacional de Cultura.
Também está entre suas metas valorizar os
jovens ligados às entidades filiadas e motivá-los. César Oliveira diz que com a
pandemia, eles tiveram a opção de conhecer, virtualmente, diversas outras
culturas, e preferiram continuar ligados ao tradicionalismo. “Quem vai dar o
seguimento, que é a tradição de pai para filho, são eles. E são eles que irão
realizar o processo de sucessão no MTG“, entende.
Nesse contexto, o vice-presidente defende
que é preciso viabilizar o Entrevero de
Peões e a Ciranda Estadual de Prendas, eventos que dão protagonismo a esses
jovens. Uma possível saída seria realizar os concursos de forma híbrida (parte
presencial, e parte online). “Mas isso será discutido com conselheiros,
coordenadores, gestões regionais e toda a comunidade tradicionalista.
Precisamos ser democráticos”, diz.
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