quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Poesias Inéditas I

 



verso, versinho

A declamação é uma das manifestações culturais incorporadas pelo nosso tradicionalismo. É pela voz e gestos que os versos dos poemas deixam as páginas dos livros para emocionar as pessoas na interpretação dos declamadores.

Muitas crianças em nosso meio tradicionalista  se interessam por essa arte , temos crianças que desde pequenas com o incentivo dos pais já se tornaram grandes declamadores , mas essa arte não acaba por aí... com a chegada da pandemia abriram-se novos horizontes para essa criançada .Os festivais começaram a dar espaço para a criançada mostrar seus talentos através da escrita , isso mesmo ! crianças  escrevendo  poesias !

crianças escrevendo para crianças , descobrindo novos talentos através da produção poética

Esse ano foram vários festivais com a categoria mirim e juvenil de poesias inéditas, as crianças nos surpreenderam com suas temáticas, imaginação, pureza, sua forma de expressar seus sentimentos, elas conseguiram passar tudo isso em forma de poesia.

No dia 12 de dezembro terá na cidade de Tapejara mas um festival destinado a poesias inéditas,   mirim e juvenil .  Festival unidos pela tradição, vale muito a pena assistir, vou deixar o link

htpps//m.facebook.com/unidodpelatradicao20  


Nessa edição ficaremos com a poesia feita pela Lindsay Camini  11 anos do Ctg Amaranto Pereira da cidade de Alvorada   e abaixo o link do vídeo com interpretação de  Dara Netto 11 anos do Ctg Mata Nativa da cidade de Canoas.

E nas próximas edições falaremos  mais sobre esses festivais, pessoas que fazem isso tudo acontecer e  entrevistas com esses pequenos grandes poetas que expressam através de versos o amor pela nossas raízes .

 

Rio Grande em perigo!

A  guerra começou!

Os gafanhotos chegaram

com sua fome imensa,

nestas fartas terras

onde os quero-queros

estão cuidando da sua rica

e enorme plantação.

Como soldados farroupilhas,

nunca iriam permitir

que algum mal

pudesse chegar até aqui.

São sentinelas do Rio Grande

a impedir essa invasão!

A nuvem de gafanhotos,

faminta, será destruída

antes de chegar ao chão.

 

Nossos soldados, alertas,

montaram sua estratégia...

Qual seria o plano para

derrotar os famintos saltões?

Ah! O plano era muito bom!

Encher a pança de gafanhotos.

 

A nuvem vinha lijeira!

A praga louca de faceira,

achando que iria ter

banquete de comilança,

forrar a barriga de soja,

acabou indo parar

na pança desses soldados!

 

A peleia era das grandes!

Eram muitos os saltões!

Eram poucos sentinelas.

e as nossas plantações

estavam, agora, em perigo!

 

Quando os nossos quero-queros

já se faziam cansados,

com a barriga inchada,

de tanto comer gafanhoto,

eis que  chega um aliado

da nossa terra, bendita.

Esse dá um frio na barriga!

Vem com chuva e geadas,

com minuano assoviando,

chega o inverno gaúcho...

 

Os saltões que peleavam,

viram chegar o seu fim...

Com asinhas congeladas

o praguedo foi-se embora

lá pras bandas do Uruguai.

 

Os quero-queros, guerreiros,

orgulhosos da vitória,

gritaram de toda goela:

-Vão-se embora bando à toa 

e não voltem nunca mais !

Aqui no nosso Rio Grande

não se cria o inimigo

pois a terra é protegida

por soldados, Sentinelas!

 

Link da Dara Netto declamando



https://youtu.be/nHkOgPEtTdY



Coluna Poesias Inéditas

Lindsay Camini  


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