Conta a lenda, que Esaú saiu para uma expedição ao campo, ao
voltar, faminto o caçador Esaú encontrou o irmão gêmeo Jacó fazendo uma sopa de
lentilhas. O aroma inebriante que recendia do fogo aguçou seu apetite.
O esperto Jacó tivera a premonição de que o irmão não ia
resistir á tentação deliciosa. Deve ter escolhidos os grãos mais bonitos e
usado os melhores temperos.
“Dê-me dessa comida”, implorou Esaú.
“Vende-me o teu direito de primogênito e eu te darei um prato
dela”, propôs Jacó.
Esaú aceitou o negócio; “estou morrendo de fome e não faço
questão desse direito.”
Jacó insistiu: “jure.”
Resposta de Esaú: “juro.”
Segundo o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, Esaú abriu mão
do direito de primogênito por aquele singelo prato de lentilhas. A trama
prosseguiu.
Quando Jacó, passando-se pelo irmão, enganou o pai velho e
quase cego, obtendo a bênção especial que confirmou sua conquista, Esaú se
enfureceu.
Chegou a pensar em matar Jacó, que fugiu para o norte
distante.
Trabalhou anos com um tio e só então voltou.
Para seu alívio, Esaú o recebeu fraternalmente. Mas, selada a
reconciliação, cada um seguiu o próprio caminho.
Abdicando o direito de primogênito, Esaú abriu mão do
privilégio de suceder o pai como chefe da família e exercer autoridade
patriarcal.
Mas acabou tendo sorte, pois mais tarde se tornou um homem
rico.
E segundo a crença ou superstição, isso ocorreu, dele ter
ficado rico, porque ele comeu lentilhas.
A origem desta superstição é italiana, trazida para o Brasil,
pelos imigrantes.
Deve-se servir de entrada na ceia de Réveillon, é o
suficiente para assegurar um ano de muita fartura á mesa, e também guardar
alguns grãos na carteira, traz prosperidades e dinheiro.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira - 1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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