O principal prato da culinária gaúcha é indiscutivelmente o churrasco. A simplicidade do preparo não descarta um certo refinamento. Desde os primeiros tempos, o gaúcho come churrasco. Os índios primitivos comiam carne de caça, de gado ou de potro atirada diretamente no fogo.
Símbolo do Rio Grande
do Sul pela Lei 11.929/2003.
Popularizou-se por
todo o Rio Grande, pelas demais regiões do país e no Exterior a denominação de
churrasco no espeto para o tradicional preparo da carne pelos gaúchos. O assado
é feito na grelha ou no forno.
O churrasco gaúcho é
muito famoso, e há quem diga que é único, devido ao seu sabor diferenciado.
Para chegar a esse ótimo resultado não é só a carne que deve passar por
cuidados especiais e ser bem escolhida.
Entre as várias
recomendações está o cuidado com o fogo, facas e instrumentos para assar.
Quer aprender a fazer
um típico churrasco gaúcho? Então fique atento a estas dicas:
Escolha da carne
Essa é uma etapa
muito importante em um churrasco de sucesso. A preferência deve ser das carnes
de coloração vermelho rosado e com gordura clara. Se o corte estiver vermelho
escuro e com a gordura mais amarela pode ser de um animal velho. Se possível,
verificar a maciez da carne com o dedo indicador. Quando está muito dura, não
serve para assar no fogo. Os cortes que vem embalados ao vácuo também são
indicados porque mantém a carne fresca por mais tempo.
A costela é a parte
mais apreciada pelos assadores. A preferência recai sobre a da “janela”, que
são as do meio do costilhar (conjunto completo), superando a minga, que já foi
a mais requisitada. Também é bastante solicitada a costela de peito (granito),
de chuleta e da ripa da costela. O matambre deve ser retirado da costela antes
de assar, pois endurece e compromete a qualidade do churrasco. Fica muito
saboroso se assado separadamente. É bom cuidar para não passar do ponto. Outro
integrante desse conjunto, o Vazio, é muito apreciado devido ao seu sabor e
maciez. A picanha e a maminha são cortes do traseiro do boi que vêm ganhando
cada vez mais espaço entre os churrasqueiros. A picanha é o corte mais nobre.
Já o filé mignon, da mesma parte do boi, é considerado um corte de mulher, que
prefere a carne magra, macia e bem passada.
Facas bem afiadas
O cuidado com as
facas é essencial. Estas devem estar sempre afiadas e ter boa empunhadura para
manusear. O ideal é que o churrasqueiro tenha uma de tamanho grande para a
carne (cerca de 30 a 40 cm) e outra de tamanho médio para picar os temperos, se
necessário. Para guardá-las o importante é ter uma bainha de couro para
proteger o fio.
Fogo bem feito
Como dizem os gaúchos
“Quem assa churrasco é o fogo”. Isso porque um fogo fraco pode estragar o
prato. A dica é que o carvão seja aceso com antecedência, para que este libere
a fumaça inicial que deixa gosto e aroma ruim no churrasco.
A hora certa de
colocar a carne é quando se formam as brasas e aparece uma camada de cinzas por
cima delas. Depois, é só espalhar um pouco a brasa na churrasqueira e começar a
assar.
Outro segredo é
acertar a distância entre as brasas e a carne. Se o espeto estiver muito perto
do fogo a carne vai queimar e não vai assar muito bem o seu interior. Se
estiver muito longe vai cozinhar, mas perder o gosto. A distância ideal é
mostrada quando a gordura pinga na brasa: não podem levantar labaredas ou
demonstrar pouco fogo. Porém, isto melhora com a prática e a observação.
Espetos e grelhas
Os espetos com cabos
de madeira protegem o assador. Existem em formatos largos ou duplos e permitem
que a carne seja posicionada de qualquer lado. Servem para carnes menores,
costelas, medalhões e aperitivos.
Já as grelhas são
indicadas para carnes maiores como picanha, maminha e contrafilé. Isso porque
conserva o suco da carne e a deixa mais macia. Há quem faça a picanha no espeto
mas isso pode deixar a carne mais dura e menos suculenta.
Sal grosso
Esse é o preferido e,
muitas vezes, o único tempero do churrasco gaúcho. Porém, colocar o sal na
carne crua pode deixa-la endurecida e seca. O indicado é levar a carne ao fogo
e só depois que ela pegar cor deve-se passar o sal grosso ou a salmoura. Após
salgar, o certo é voltar com o corte ao fogo e tirar o sal quando estiver
esbranquiçado.
Pesquisa de:
Fabiana Thomaz
Nenhum comentário:
Postar um comentário