Fontes literárias indicam que a
Bandeira do Rio Grande do Sul é originária da época da Guerra dos Farrapos, em
1835, mas sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa: enquanto
alguns apontam Bernardo Pires, outros falam em José Mariano de Mattos. Algumas
de suas características são de evidente inspiração maçônica, como as duas
colunas que ladeiam o losango invertido, idênticas às encontradas em todos os
templos maçônicos.
Foi adotada como símbolo oficial do
Estado logo nos primeiros anos da república, sendo promulgada pela Constituição
Estadual em 14 de julho de 1891. No entanto, nenhuma lei posterior foi criada regulamentando
seu uso ou descrição.
Durante o Estado Novo (1937 a 1946),
Getúlio Vargas suspendeu o uso dos símbolos estaduais e municipais, incluindo
bandeiras e brasões. O restabelecimento viria somente em 5 de janeiro de 1966
pela lei nº 5.213.
BRASÃO
O brasão rio-grandense é o mesmo da
época dos farrapos com algumas pequenas modificações. Por isso possui a
inscrição “República Rio-Grandense“, junto com a data do início da Revolução
Farroupilha, 20 de setembro de 1835, data amplamente comemorada no estado.
Acredita-se que foi desenhado
originalmente pelo padre Hidelbrando e em arte final pelo Major Bernardo Pires.
O Brasão foi adotado pela mesma Lei
que instituiu o Hino e a Bandeira do Estado.
A Lei estadual nº 5.213, de 5 de
Janeiro de 1966.
“Tchê, tu sabe o que são os símbolos
no Brasão do Rio Grande do Sul? Já viu que tem canhões? Já viu que tem ramos de
fumo? E de erva-mate? E sabe quem que fez?”
Bueno, o Brasão do Rio Grande do Sul
possui a sua origem um pouco desconhecida. A grande parte dos historiadores
afirmam que o Padre Hildebrando foi o autor do desenho, mas que foi o Major
Bernardo Pires que teria dado os retoques finais (onde aplicou inúmeros
elementos maçônicos a obra). O que se sabe, é que os dois foram dois tauras
muito dos guapos, considerados grandes farroupilhas, que prestaram ótimos
serviços à causa! (VIVA A REPÚBLICA RIO-GRANDENSE!!)
No primeiro desenho, não existia
nenhuma escrita. Os dizeres “Liberdade, Igualdade e Humanidade”, “República
Rio-Grandense” e “20 de Setembro de 1835” foram oficializados apenas em 1891.
Porém, o lema “Liberdade, Igualdade e Humanidade” foi usado desde 1839, quando
os farrapos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana.
Apenas uma observação: este lema,
possui origem também maçônica. A Revolução Francesa teve como lema: “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”. Essa ampla utilização de simbolismos maçônicos se dá
pois a elite gaúcha militar, em sua grande maioria, era maçônica.
O nosso Brasão, foi oficializado em
definitivo pela lei estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966, pelo então
Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ildo Meneguetti. Como sugestão, vá
lendo as colocações abaixo, e analisando o Brasão. É uma oportunidade única de
comparar o descritivo com a imagem.
As Armas
As armas do Estado ou Brasão são as
da história Republicana Rio-Grandense, onde contém: o escudo oval, em prata com
um quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio
vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate de sua cor, cruzando sobre o punho do
sabre; um losango verde com duas
estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos superiores e
inferiores; ladeado por duas colunas jônicas compostas com capitel e três anéis
no terço inferior de fuste liso, de ouro, encimadas por uma bala de canhão
antigo, de preto, assentes sobre um campo ondulado, de verde em ponta.
Ao redor deste escudo, uma bordadura
azul, contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e a data 20 DE SETEMBRO DE
1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro; o
escudo está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e
amarelo) entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis
invertidas de ouro.
As duas bandeiras dos extremos estão
decoradas com uma fita vermelha com bordas de ouro, atadas junto à ponta; no
centro uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor de lis, de
ouro, entre: quatro fuzis armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto
os troféus de armas, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados, semi-cobertos
pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda LIBERDADE, IGUALDADE,
HUMANIDADE, de negro.”
Pesquisa:
Fabiana
Thomaz
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