Causa da morte ainda
não foi informada. Artista foi conselheiro honorário do MTG e patrono da Semana
Farroupilha, em 2009. Prefeitura decretou três dias de luto oficial.
O cantor e compositor
Telmo de Lima Freitas morreu, nesta quinta-feira (18), aos 88 anos, em
Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A prefeitura da cidade
decretou luto oficial de três dias.
A morte foi
confirmada pela filha do artista, Ione Freitas. As causas ainda não foram
informadas.
Autor de sucessos
como “Esquilador”, era conselheiro honorário do MTG e foi patrono da Semana
Farroupilha em 2009.
Um pouco de seu legado
Filho do oficial do
exército Leonardo Francisco Freitas e da campeira Mariana de Lima Freitas,
Telmo desde cedo demonstrou que seguiria a carreira musical. Aos dois anos de
idade, estampou a capa da Revista Cacimba tendo na mão um cavaquinho, presente
de sua madrinha. Mais tarde, recebeu um violão de presente de um amigo.
Aos 14 anos,
participou do grupo Quarteto Gaúcho. Nos anos 50, apresentou o programa
gauchesco Porongo de Pedra, na Rádio ZYFZ-Fronteira do Sul, de São Borja. Em
1969, participou do primeiro Festival de Música Regionalista organizado pela
Rádio Gaúcha.
No cinema, participou
do filme A Lenda do Boitatá.
Em 1973, lançou seu
primeiro disco, intitulado O Canto de Telmo de Lima Freitas. Morou durante anos
em Uruguaiana e outras cidades do interior como por exemplo Itaqui, durante 4
anos aonde se aposentou como agente da policia Federal Rio Grande do Sul.
Com seus amigos Edson
Otto e José Antônio Hahn, criou o grupo Os Cantores dos Sete Povos, com o qual
conquistou o troféu Calhandra de Ouro da Califórnia da Canção Nativa de
Uruguaiana, em 1979, com a canção Esquilador. Com o grupo, Telmo participou das
11 primeiras edições do festival.
Em 1980, lançou Alma
de Galpão, produzido de maneira independente e financiado pelo grupo Olvebra.
Com o álbum A Mesma
Fuça, recebeu o Troféu Açoriano em duas categorias: Melhor Compositor e Melhor
CD Regional. É autor do livro de poesias crioulas "De Volta ao Pago",
lançado pela Gráfica e Editora Treze de Maio.
Em 2006, Telmo gravou
em Porto Alegre uma compilação de sua discografia, denominada Aparte, onde toca
com antigos parceiros, como Joãozinho Índio, Luiz Carlos Borges e Paulinho
Pires. Aparte é uma produção independente dirigida por sua filha, Ana Elisa de
Castro Freitas, com desenho de som de Cristiano Scherer, arranjo vocal da
própria Ana Elisa e participação dos netos, João Francisco Freitas Scherer e
Carolina Freitas Scherer e trás a percussão assinada pelo filho, Kiko Freitas,
que inclui tesouras de tosquia entre os objetos percussivos na clássica faixa
Esquilador.
No começo de sua
carreira conciliou-a com diversas outras profissões. Foi enfermeiro, peão de
estância e trabalhou em lavouras de arroz, além de ter sido agente da Polícia
Federal de Porto Alegre.
Álbuns de estúdio
Ano Álbum Gravadora
1973 O Canto de Telmo de Lima Freitas PolyGram
1990 Alma de Galpão Gravadora independente
1993 Tempos de Praça
USA Discos
1994 De Marcha Batida
USA Discos
1996 Rastreador USA Discos
2000 A
Mesma Fuça USA Discos
2001 Poesias USA Discos
2002 Carteio da Vida USA Discos
2006 Aparte
Prêmio Açorianos
Ano Categoria Indicação
2000 Compositor de
Música Regional Telmo de Lima Freitas Venceu
2000 Disco de
Música Regional A Mesma Fuça Venceu
2012 Homenageado do Ano - pelo conj. da obra Telmo de Lima Freitas
Venceu
O Jornal Farroupilha Online Alvorada Lamenta a partida desse grande Gaúcho
Sentimentos a famíliares e amigos !!
Fabiana Thomaz
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