Jornal Farroupilha: Primeiramente como decidiu
que a enfermagem era o seu caminho profissional?
Eliziane : Bem
a alguns anos atrás quando meu pai ficou doente e eu ficava no hospital com ele
, via a enfermagem como um sopro de esperança na vida das pessoas ,porque além
dos cuidados técnicos tinha que ter amor no que se faz ,cuidar de alguém doente
,dar amor atenção se dedicar e algo que tem que se gostar ,vi pessoas que se
dedicavam e outras que nem tanto ,aí descido que eu poderia fazer a diferença
na vida de alguém ,que chegar em um quarto e dar um bom dia dona
"Maria" vamos tomar um café e dizer que tudo vai ficar bem mesmo que
você saiba que não vai ficar , que a vida de cada pessoa e muito importante
,isso tudo me fez acreditar que o meu caminho é a enfermagem.
Jornal Farroupilha: Qual foi a sua primeira reação ao
saber do que estava acontecendo pelo mundo , e achou que chegaria tão longe assim?
Eliziane: Acho que como a maioria da população
não achei que chegaria na proporção que aconteceu , achei que com todos os
avanços da medicina o foco seria controlado e não chegaria ao Brasil.
Jornal Farroupilha: Como está sendo o dia a dia em meio a
pandemia?
Eliziane: No começo da pandemia estava bem mais
otimista a população tinha medo do desconhecido e se cuidava mais, assim os
índices estavam mais controlados os leitos de hospital estavam suportando a
demanda e mesmo com muitos colegas infectados eu inclusive a expectativa de
conter o vírus era grande ,mas com o passar dos dias e meses e agora já quase um ano o dia a dia
está cansativo ,corpo e mente estão ficando exaustos e o medo constante de
contaminação e grande ,acho que o dia a dia de toda população está pesado
cansativo e isso está fazendo a população relaxar.
Jornal Farroupilha: Como foi a adaptação no início da
pandemia?
Eliziane: No
início da pandemia faltava Epis nos hospitais
com isso muitos se contaminaram ,o medo
muito grande de se contaminar e de levar para casa o vírus fez com que
muitos profissionais não convivesse com seus familiares ,estou morando a quase
um ano em casa separada da minha mãe. Minha filha passou aniversário ,dia das
mães , natal e eu não consegui abraçar
elas isso e doloroso e triste mas sei que no momento é o melhor que tenho a
fazer.
Jornal Farroupilha: Deixe um recado aos leitores do Jornal
sobre sua experiência, vivência na enfermagem e sobre cuidados na pandemia?
Eliziane: Enfermagem vai além do técnico ,do
medicar , enfermagem e o cuidar o segurar a mão e o entender o outro ser ,na
pandemia os infectados pelo covid não podem ter contato com os familiares ,quem
está do lado do enfermo é a enfermagem
,tentamos dar suporte ,carinho e acolhimento ao doente ,em 2020 se falou
muito na enfermagem ganhamos aplausos e homenagens ,mas precisamos muito mais
que isso, precisamos de melhores condições de trabalho e reconhecimento dos
governantes , trabalho em um local onde tenho boas condições de exercer minha
profissão, mas tem colegas que não, a enfermagem pede socorro e precisamos ser
ouvidos.
Que a população não relaxe nos cuidados use máscara, lave as
mãos e não se aglomerem se cada um fizer sua parte logo logo poderemos nos
reencontrar com quem amamos e eu ,
Ah!! eu logo logo vou
abraçar os amores da minha vida, minha mãe e minha filha!!
Entrevistada por:
Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha
Obrigado Eliziane por seu amor ♥️♥️♥️ que Deus abençoe você e todos que trabalham com amor ao próximo.
ResponderExcluirQue profissao mais linda...parabéns!
ResponderExcluirParabéns,vc é uma guerreira 🙏🥰😘
ResponderExcluirEliziane, és uma guerreira,uma prenda de orgulho, admiração de todos que a amamos.
ResponderExcluirLisi que lindo. Orgulhosa de você, minha amiga querida. Parabéns, e siga firme, logo tudo vai passar. ��
ResponderExcluirSempre soube que vç seria exatamente assim prq este sentimento de ajudar sempre esteve presente em seu coraçao Parabêns lindona Jesús te abençõe grandemente
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