quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

ENTREVISTA: Eliziane Oliveira, Técnica de Enfermagem- Linha de frente Pandemia.


Jornal Farroupilha: Primeiramente como decidiu que a enfermagem era o seu caminho profissional?

Eliziane : Bem a alguns anos atrás quando meu pai ficou doente e eu ficava no hospital com ele , via a enfermagem como um sopro de esperança na vida das pessoas ,porque além dos cuidados técnicos tinha que ter amor no que se faz ,cuidar de alguém doente ,dar amor atenção se dedicar e algo que tem que se gostar ,vi pessoas que se dedicavam e outras que nem tanto ,aí descido que eu poderia fazer a diferença na vida de alguém ,que chegar em um quarto e dar um bom dia dona "Maria" vamos tomar um café e dizer que tudo vai ficar bem mesmo que você saiba que não vai ficar , que a vida de cada pessoa e muito importante ,isso tudo me fez acreditar que o meu caminho é a enfermagem.

Jornal Farroupilha:  Qual foi a sua primeira reação ao saber do que estava acontecendo pelo mundo , e achou que chegaria  tão longe assim?

Eliziane:  Acho que como a maioria da população não achei que chegaria na proporção que aconteceu , achei que com todos os avanços da medicina o foco seria controlado e não chegaria ao Brasil.

Jornal Farroupilha:  Como está sendo o dia a dia em meio a pandemia?

Eliziane:  No começo da pandemia estava bem mais otimista a população tinha medo do desconhecido e se cuidava mais, assim os índices estavam mais controlados os leitos de hospital estavam suportando a demanda e mesmo com muitos colegas infectados eu inclusive a expectativa de conter o vírus era grande ,mas com o passar dos dias e  meses e agora já quase um ano o dia a dia está cansativo ,corpo e mente estão ficando exaustos e o medo constante de contaminação e grande ,acho que o dia a dia de toda população está pesado cansativo e isso está fazendo a população relaxar.

Jornal Farroupilha:  Como foi a adaptação no início da pandemia?

Eliziane: No início da pandemia faltava Epis nos hospitais  com isso muitos se contaminaram ,o medo  muito grande de se contaminar e de levar para casa o vírus fez com que muitos profissionais não convivesse com seus familiares ,estou morando a quase um ano em casa separada da minha mãe. Minha filha passou aniversário ,dia das mães , natal  e eu não consegui abraçar elas isso e doloroso e triste mas sei que no momento é o melhor que tenho a fazer.

Jornal Farroupilha:  Deixe um recado aos leitores do Jornal sobre sua experiência, vivência na enfermagem e sobre cuidados na pandemia?

Eliziane:  Enfermagem vai além do técnico ,do medicar , enfermagem e o cuidar o segurar a mão e o entender o outro ser ,na pandemia os infectados pelo covid não podem ter contato com os familiares ,quem está do lado do enfermo é a enfermagem  ,tentamos dar suporte ,carinho e acolhimento ao doente ,em 2020 se falou muito na enfermagem ganhamos aplausos e homenagens ,mas precisamos muito mais que isso, precisamos de melhores condições de trabalho e reconhecimento dos governantes , trabalho em um local onde tenho boas condições de exercer minha profissão, mas tem colegas que não, a enfermagem pede socorro e precisamos ser ouvidos.

Que a população não relaxe nos cuidados use máscara, lave as mãos e não se aglomerem se cada um fizer sua parte logo logo poderemos nos reencontrar com quem amamos e eu ,

Ah!!  eu logo logo vou abraçar  os amores da minha vida,  minha mãe e minha filha!!








 

Entrevistada por:

Antonia Valim – Prenda Mirim Farroupilha


 

6 comentários:

  1. Obrigado Eliziane por seu amor ♥️♥️♥️ que Deus abençoe você e todos que trabalham com amor ao próximo.

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  2. Parabéns,vc é uma guerreira 🙏🥰😘

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  3. Eliziane, és uma guerreira,uma prenda de orgulho, admiração de todos que a amamos.

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  4. Lisi que lindo. Orgulhosa de você, minha amiga querida. Parabéns, e siga firme, logo tudo vai passar. ��

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  5. Sempre soube que vç seria exatamente assim prq este sentimento de ajudar sempre esteve presente em seu coraçao Parabêns lindona Jesús te abençõe grandemente

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