Jayme Caetano Braun
nasceu na Timbaúva (30 de janeiro de 1924 - 8 de julho de 1999) na época
distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Hoje considerado um
ícone da música tradicionalista gaúcha, seu nome batiza ruas, praças e
principalmente CTGs no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o
patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Jayme se tornou um
autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, e
afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".
Foi membro e
co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, no final dos anos
50, na capital gaúcha. Trabalhou publicando poemas em jornais como O Interior e
A noticia (de São Luiz Gonzaga), também em programas radiofônicos e como
funcionário público no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do
Estado e na Biblioteca Pública do Estado, aposentando-se em 1969.
Algo curioso sobre
Jayme é que ele usou de sua pajadas como propagandas de campanha política em palanques
de comício, “O Petiço” por exemplo fala de Getúlio Vargas, “O Mouro do
Alegrete”, fala de Ruy Ramos, que também ligado ao tradicionalismo, lançou
Jayme Caetano Braun como pajador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio
Grande do Sul, em 1954.
Casou duas vezes, em
1947 com Nilda Jardim, e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos,
Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.
Anos mais tarde
participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen
e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
pelo PTB, ficando como suplente.
Em 8 de Julho de 1999
todos tiveram que lidar com a grande perda deste Pajador, devido a uma parada
cardíaca. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, e enterrado no cemitério
João XXIII, em Porto Alegre. Para o dia seguinte estava programado o lançamento
de seu último disco: Exitos.
Obras:
José Francisco dos
Santos Silveira (Gaúcho que nasceu em Uruguaiana) influenciou muito a carreira
de Jayme, pois incentivou o Pajador na produção de suas obras.
Jayme Caetano Braun
teve diversas obras, sendo elas: Livros de poesias, Galpão de Estância (1954),
De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guaxos (1965), Bota de Garrão (1966),
Brasil Grande do Sul (1966), Passagens Perdidas (1966) e Pendão Farrapo (1978),
alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lança Pajador e Troveiro, e seis anos
depois a antologia poética 50 Anos de Poesia, sua ultima obra escrita.
Publicou ainda um
dicionário de regionalismos, “Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e
Legendas”, lançado em 1987.
Jayme gravou diversos
discos em sua carreira, sendo eles: Payador, Pampa e Guitarra de Noel Guarany
(convidado especial) (1974), Payador (1983), A volta do payador (1984), Troncos
Missioneiros (juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça) (1987),
Poemas Gaúchos (1993), Payadas (1993), Paisagens Perdidas (1994), Jayme Caetano
Braun (1996), Acervo Gaúcho (1998), Êxitos 1 (1999), Êxitos 2 (2000), Payada,
Memória & Tempo (2006), Payada, Memória & Tempo Vol. 2 e Payada, Memória & Tempo Vol. 3 (2009)
que foram resgates do acervo de Jayme.
Entre seus poemas
mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se
Bochincho, Tio Anastácio, Amargo, Paraíso Perdido, Payada a Mário Quintana,
Payada para o Irmão Negro e Galo de Rinha.
O dia do Pajador, criado por lei
em homenagem a Jayme Caetano Braun (nascido em 30 de Janeiro) e a todos os
pajadores do nosso Rio Grande do Sul.
Pesquisa de:
Fabiana Thomaz
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