quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Poesia - Lenço Branco

 

Autor:  Antonio Augusto Fagundes

 

Nascido de alma caudilha

 nem por isso menos franca 

Deus te deu essa cor branca

que até de noite rebrilha.

Lua do herói na coxilha,

por de eu for, onde eu ande

e sem que ninguém me mande

eu te canto, troféu mudo

que é puro neste Rio Grande!

 

Do pica-pau ao chimango

vai um pedaço de glória

e engarupo na memória

com um guascaço de mango

recuerdos de algum chatango

que no passado ficou.

Se eu sou assim como sou,

entonado e orgulhoso,

devo a ti, lenço glorioso,

que eu herdei do meu avô.

 

 

 

Das lágrimas de uma china

quando seu índio partia,

de uma lua que alumia

debruçada na campina,

de uma sanga cristalina

que murmurava merencórea,

do clarão de uma vitória

deste povo leal e franco

nasceste, meu lenço branco,

para bandeira de glória!

 

Teu gosto é andar voejando

entre guerreiros e lanças

e acalentar esperanças

entropilhadas em bando.

O futuro está chamando,

já cumpriste o teu ideal

porque o Rio Grande imortal.

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