Jornal Farroupilha: Muitos de nós tradicionalistas te conhecemos , pois já foi
presidente do MTG, mas como entrou para o meio tradicionalista?
Manoelito Savaris: Desde 1977 estudo folclore, tradição
e história do Rio Grande do Sul. Meus primeiros mestres foram a folclorista
Lilian Argentina e o historiador Hélio Moro Mariante.
Minha
atividade profissional não me favorecia para participar ativamente do Movimento
Tradicionalista Gaúcho. Eu era tenente da Brigada Militar.
Mas em 1990,
como capitão, já com três filhos, fui transferido para Caxias do Sul e ali
entrei no CTG Heróis Farroupilhas para dar à minha família um ambiente social
sadio.
Jornal Farroupilha: Durante sua trajetória , cite um momento que te marcou muito:
Manoelito Savaris: Foram muitos os momentos marcantes da minha trajetória
tradicionalista, mas creio que o
acendimento da Chama Crioula na Colônia do Santíssimo Sacramento no Uruguai
tenha sido um dos mais destacados.
Na vida mais
pessoal, o momento em que minha filha
recebeu a faixa de primeira prenda mirim da 25RT foi dos mais emocionantes.
Jornal Farroupilha: Na sua opinião qual a melhor parte e amais difícil de estar a
frente do movimento?
Manoelito Savaris: A melhor parte de liderar uma
entidade tradicionalista é o sentimento de estar ajudando a muitas pessoas e
muitas famílias a terem um ambiente fantástico para a convivência social.
A pior parte
e quando somos obrigados a aplicar os regulamentos para corrigir atitudes ou
impedir que algo seja feito.
Jornal Farroupilha: Como acha que podemos trazer mais crianças e jovens para as
entidades?
Manoelito Savaris:
As crianças e os jovens são fundamentais para o Movimento. A melhor
forma de traze-los é mostrar a beleza das tradições e os desafios que vão poder
vencer no Movimento. É preciso combinar persuasão com ambiente favorável.
Ninguém gosta de ambientes sujos, com brigas, sem diversão ou que lhe cause desconforto
físico ou psicológico.
Jornal Farroupilha: Na sua visão como está o andamento do tradicionalismo ,
visando a pandemia?
Manoelito Savaris: Essa pandemia mudou a todos nós. Acho
que depois dela seremos mais solidários,
mais tolerantes, mais cooperativos.
Outra coisa
que veio para ficar foi o uso da tecnologia para encontros e debates virtuais.
No
entanto, deveremos redobrar os cuidados
para não sermos engolidos pela velocidade da informação e pela desinformação
que campeia solta nas redes sociais.
Entrevista de:
Antonia
Valim / Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada
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