quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Erva Mate – Nossos Símbolos

 


A erva-mate é uma planta medicinal que apresenta um fino caule de cor cinza, folhas ovais e frutos pequenos de coloração verde ou vermelho-arroxeado. Ela é muito cultivada na região Sul do Brasil, sendo utilizada como remédio caseiro para o colesterol devido às propriedades que possui.

A erva-mate também é conhecida popularmente como mate ou congonha, sendo comercializada como chá mate. Seu nome científico é Ilex paraguariensis.

Símbolo do Rio Grande do Sul de acordo com a Lei 7.439/1980.

Buenas gauchada, como estamos? Que tal falarmos um pouco sobre a Erva-mate? Através de informações do livro “Humaitá: cultura espontânea de sua gente” de João Carlos Paixão Côrtes, do ano de 1983, iremos resumir o processo artesanal de cultivo da erva-mate.

 

Então se tu te interessa pela erva-mate, CONTINUE LENDO que tu vai entender como pode preparar ela che!

 

 “Registrada pelo naturalista francês Auguste de Saint Hilaire, em viagem a América do Sul no séc. XVIII e por ele designada de Ilex Paraguaiensis, a erva-mate, nutritiva e salutar, integrou-se na paisagem campeira, alimentando as tradições e pontilhando a existência do gaúcho com os sorvos do gostoso e inseparável chimarrão.”

Que tal essa descrição? Aposto que só em ler já deu vontade de ir preparar teu mate. Mas segura as rédeas, e continua a lida por aqui che!

 

O preparo da erva-mate, basicamente segue uma sequência de 6 passos: Corte,

“Sapêco”, Quebra, Secagem, Cancheamento e “Sóca”.

 

1 – Corte: se dá pela primeira vez a partir do terceiro ou quarto ano. Após o primeiro, se da a sequência de dois em dois anos. O corte normalmente é feito a facão, porque já que é para ser artesanal, a lida tem que ser das buena!

2 – Sapêco: “O processo de sapecar os galhos consiste em chamuscá-los no fogo até que sua coloração mude totalmente tornando-se esbranquiçada. O sapêco atinge folha por folha, acelerando sua desidratação. Esta operação, é feita a céu aberto, por homem que segurando pelo mais grosso das plantas aproxima-os da chama da fogueira. (…) Os ervateiros trabalham a planta somente na sombra. O sol “preteia” a erva, resultando, daí, uma bebida imprestável ao consumo.”

Então fica esperto xirú, que se chegar a pretiar, não presta mais. Não adianta querer vender por aí…

3 – Quebra: após ser sapecada, a erva é desgalhada, onde fazem-se feixes com os ramos

Esses feixes ficam descansando a sombra, por um período de 24 a 48hs.

4 – Secagem: normalmente se dá de duas formas – caríjo (fogo direto) ou barbaquá (fogo indireto)– mas vamos nos ater a explicar como fazer um caríjo que é mais gaúcho e mais simples!

“O caríjo em estudo compõe-se de um fogo retangular (2,10m de comprimento por 1,40m de largura e 0,85m de altura) construído com tijolos e tendo abertura em uma das laterais (1,40m) para a introdução da lenha.” Em resumo, é um fogão campeiro, que muita estância tem por aí. Mas seguinto a lida…

 

“Sobre este fogão rudimentar, vai um jirau ou grade de taquara, cercada por paredes de tábuas. Então os feixes são colocados sobre a grade com as hastes para baixo. A secagem é a fogo direto permanecendo, o arbusto, no caríjo durante mais ou menos 8 horas. (…) Para evitar sol ou sereno, coloca-se, acima do jirau do caríjo, uma cobertura.”

 

Parece difícil, mas é um fogão campeiro, com taquara em cima, onde tu taca-lhe fogo dentro, e coloca os feixes de erva-mate por cima e deixa secando. SÓ isso…

5 – Cancheamento: depois de secas, as folhas ficam quebradiças e de fácil trituração. Nesse momento então, se retira os talos, e inicia o processo. De forma manual, com dois facões (sendo um mais pesado e outro menor) dois homens (de preferência) vão batendo alternadamente com rapidez, de modo que triturem a erva. Um dos dois fica de responsável por ir retirando os galhos mais grossos.

 

Mas pensa em uma lida gaúcha! Dele faconaço nos galhos che!

 

6 – Sóca: é a trituração final. A forma mais rudimentar (e mais gaúcha!) é feita de forma manual, em um pilão, utilizando para isso vários tipos de moedores (socadores). Esses socadores podem ser adaptados na ponta, com metal ou então na própria madeira, a fim de terem diferentes formatos para beneficiar toda a erva.

 

Pesquisa de:

Fabiana Thomaz 


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