A erva-mate também é
conhecida popularmente como mate ou congonha, sendo comercializada como chá
mate. Seu nome científico é Ilex paraguariensis.
Símbolo do Rio Grande
do Sul de acordo com a Lei 7.439/1980.
Buenas gauchada, como
estamos? Que tal falarmos um pouco sobre a Erva-mate? Através de informações do
livro “Humaitá: cultura espontânea de sua gente” de João Carlos Paixão Côrtes,
do ano de 1983, iremos resumir o processo artesanal de cultivo da erva-mate.
Então se tu te
interessa pela erva-mate, CONTINUE LENDO que tu vai entender como pode preparar
ela che!
“Registrada pelo naturalista francês Auguste
de Saint Hilaire, em viagem a América do Sul no séc. XVIII e por ele designada
de Ilex Paraguaiensis, a erva-mate, nutritiva e salutar, integrou-se na
paisagem campeira, alimentando as tradições e pontilhando a existência do
gaúcho com os sorvos do gostoso e inseparável chimarrão.”
Que tal essa
descrição? Aposto que só em ler já deu vontade de ir preparar teu mate. Mas
segura as rédeas, e continua a lida por aqui che!
O preparo da
erva-mate, basicamente segue uma sequência de 6 passos: Corte,
“Sapêco”, Quebra,
Secagem, Cancheamento e “Sóca”.
1 – Corte: se dá pela
primeira vez a partir do terceiro ou quarto ano. Após o primeiro, se da a
sequência de dois em dois anos. O corte normalmente é feito a facão, porque já
que é para ser artesanal, a lida tem que ser das buena!
2 – Sapêco: “O
processo de sapecar os galhos consiste em chamuscá-los no fogo até que sua
coloração mude totalmente tornando-se esbranquiçada. O sapêco atinge folha por
folha, acelerando sua desidratação. Esta operação, é feita a céu aberto, por
homem que segurando pelo mais grosso das plantas aproxima-os da chama da
fogueira. (…) Os ervateiros trabalham a planta somente na sombra. O sol
“preteia” a erva, resultando, daí, uma bebida imprestável ao consumo.”
Então fica esperto
xirú, que se chegar a pretiar, não presta mais. Não adianta querer vender por
aí…
3 – Quebra: após ser
sapecada, a erva é desgalhada, onde fazem-se feixes com os ramos
Esses feixes ficam
descansando a sombra, por um período de 24 a 48hs.
4 – Secagem:
normalmente se dá de duas formas – caríjo (fogo direto) ou barbaquá (fogo
indireto)– mas vamos nos ater a explicar como fazer um caríjo que é mais gaúcho
e mais simples!
“O caríjo em estudo
compõe-se de um fogo retangular (2,10m de comprimento por 1,40m de largura e
0,85m de altura) construído com tijolos e tendo abertura em uma das laterais
(1,40m) para a introdução da lenha.” Em resumo, é um fogão campeiro, que muita
estância tem por aí. Mas seguinto a lida…
“Sobre este fogão
rudimentar, vai um jirau ou grade de taquara, cercada por paredes de tábuas.
Então os feixes são colocados sobre a grade com as hastes para baixo. A secagem
é a fogo direto permanecendo, o arbusto, no caríjo durante mais ou menos 8
horas. (…) Para evitar sol ou sereno, coloca-se, acima do jirau do caríjo, uma
cobertura.”
Parece difícil, mas é
um fogão campeiro, com taquara em cima, onde tu taca-lhe fogo dentro, e coloca
os feixes de erva-mate por cima e deixa secando. SÓ isso…
5 – Cancheamento:
depois de secas, as folhas ficam quebradiças e de fácil trituração. Nesse
momento então, se retira os talos, e inicia o processo. De forma manual, com
dois facões (sendo um mais pesado e outro menor) dois homens (de preferência)
vão batendo alternadamente com rapidez, de modo que triturem a erva. Um dos
dois fica de responsável por ir retirando os galhos mais grossos.
Mas pensa em uma lida
gaúcha! Dele faconaço nos galhos che!
6 – Sóca: é a
trituração final. A forma mais rudimentar (e mais gaúcha!) é feita de forma
manual, em um pilão, utilizando para isso vários tipos de moedores (socadores).
Esses socadores podem ser adaptados na ponta, com metal ou então na própria
madeira, a fim de terem diferentes formatos para beneficiar toda a erva.
Pesquisa de:
Fabiana Thomaz
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