O especial doce de abóbora conquista
os paladares mais exigentes e faz até aqueles mais disciplinados driblarem a
dieta.
A abóbora é um fruto de origem
americana com grande destaque na alimentação pré-colombiana.
A origem do doce é brasileira, porém
3 estados disputam sua autoria: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de
Janeiro. Pode ser apresentada de 3 maneiras diferentes: Como compota, com coco
ralado, cravo e canela; em cubinhos mergulhados em calda de especiarias; ou em
cubinhos envoltos em açúcar cristal. O que sabemos é que o doce é uma delícia e
apesar de ser típico das festas juninas é apreciado o ano inteiro.
Outro formato que também desperta
paixões é aquele em formato de coração, que tem uma história bastante peculiar
e interessante.
Em formato de
coração
Contam os descendentes de
Eslovacos que um rapazinho ruivo e
sardento, de pele muito branca, arranjara uma namoradinha. Sabendo que ela
gostava muito das compotas da venda do português, o ruivo importado decidira
pedir para sua mãe, uma holandesa encorpada e alta para preparar-lhe um doce de
abóbora. A dona o fez, mas ficou pastoso e com cara de geleia. O ruivinho,
rapagão esperto, inventou de dar susto no doce. Não deu outra: o doce ficou com
susto e empedrou. Ele moldou corações, era presente para a namorada. E assim o
ruivo presenteou sua pretendente com uma das iguarias mais conhecidas no
recôncavo interiorano.
INGREDIENTES
2 quilos de
ABÓBORA SECA descascada e limpa (de preferência o pescoço, pois não é tão
fibroso)
1,5 quilos
de AÇÚCAR CRISTAL
1 colher de
sobremesa de CRAVO DA ÍNDIA
2 colheres
de sopa de CAL VIRGEM (será usada para deixar as abóboras de molho e formar a
casquinha)
MODO DE PREPARO: PARTE 1
1- Corte a abóbora em cubos de 2 a 3 cm.
Cubra-os com água e reserve.
2- Ponha a cal em uma lata limpa (de
leite em pó ou de pêssego em calda, por exemplo). Em seguida, ferva água
suficiente para encher a lata e despeje sobre a cal (a mistura vai borbulhar
bastante). Reserve até que esfrie completamente.
3- Depois de fria, despeje a mistura de
água e cal nas abóboras submersas.
4- Misture tudo a cada 10 minutos
durante 2 horas. Esse processo é essencial para formar a casquinha das
abóboras.
5- Escorra toda a água e lave bem os
cubos de abóbora.
6- Faça um pequeno furo em cada cubo de
modo que ele transpasse até o outro lado.
DICA: Nesta receita, foi utilizado um
pedaço de madeira com um prego na ponta. Se você tiver um utensílio de cozinha
que seja fino o suficiente, faça uso dele.
MODO DE PREPARO: PARTE 2
1- Em uma panela, cubra os cubos com
água e leve ao fogo até ferver. Desligue o fogo quando, ao apertar os cubos,
eles estão começando a amolecer.
2- Escorra a água e lave três vezes.
Escorra novamente.
3- Junte a abóbora com o dobro de água
que você utilizou para a primeira fervura.
4- Adicione metade do açúcar e cozinhe
por 2 horas em fogo baixo, mexendo de vez em quando.
5- Deixe descansar por uma noite.
6- No dia seguinte, adicione os cravos e
o restante do açúcar e cozinhe por mais ou menos 2 horas.
7- Para saber se o doce está pronto, os
cubos devem estar macios por dentro e com a casquinha firme.
DICA 1 : A calda desse doce é um pouco menos
densa do que a de figos ou pêssegos em calda.
DICA 2 : Se quiser armazenar o doce em vidros,
envase fervendo e em seguida tampe apertando bem para vedar.
DICA 3: A cal virgem pode ser encontrada em
lojas de confeitaria e também em lojas de materiais de construção (nesse caso,
é difícil encontrar em pacotes pequenos…).
DURAÇÃO: Vedados, mais de um ano.
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