quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Entrevista com Gabrielli da Silva Pio

 


Jornal Farroupilha: Como e quando você começou a fazer parte do Movimento?

Gabrielli Pio: Comecei com 11 anos de idade, minha mãe queria que eu fizesse novas amizades e foi muito importante para minha juventude, pois existia poucos lugares saudáveis para um jovem e foi no Ctg que encontrei esse abrigo.

Jornal Farroupilha: Conte um pouco de sua experiência como Prenda e faixa.

Gabrielli Pio: A Minha experiência como Prenda de faixa foi com meus 15 anos, participava dos eventos e concursos internos. Aprendi a ser mais cordial, educada, respeitosa e conhecer melhor as pessoas, minha vivencia social foi moldada dentro do Ctg.

Jornal Farroupilha: O que significou para você representar o RS e nosso município como Prenda do Estado?

Gabrielli Pio: Como Prenda do Estado (2008) aprendi  sobre relacionamento interpessoal, comprometimento e amadureci bastante nessa fase. Tive muitas alegrias e também decepções, mas  foi mais alegrias pois fiz muitos amigos. Aprendi ser mais séria e estudiosa, isso foi importante pois me ajudou muito na Universidade e Pós Graduação, as atividades realizadas no Ctg por exemplo: falar no microfone e palestras me ajudaram muito a desenvolver esse lado mais de dialogo e oratória . Meu sucesso na Universidade atribuo  grande parte ao tradicionalismo.

Representar Alvorada foi muito importante pois foi uma época(2008) Alvorada passava por muitos noticiários negativos, questões tristes socialmente falando. Então foi uma coisa boa que aconteceu na cidade, as pessoas ficaram felizes e se reconheceram.

Eu recebia muitos agradecimentos, era um acontecimento positivo para nosso município, que inspirou muitas outras Prendas. Para mim que morava em Alvorada (hoje moro em Gravataí) foi muito significativo representar o município e o nosso Estado.

 

Jornal Farroupilha: O que precisa para chegar a um concurso Estadual?

Gabrielli Pio: Precisa muitas coisas, embora eu esteja desatualizada mas converso com pessoas que fazem parte dos concursos, algumas coisas permanecem como o estudo, dedicação os eventos que as Prendas tem que realizar dentro de sua entidade e os eventos Regionais e Estaduais.

Mas digo que para participar do concurso não basta ter o interesse em ganhar, mas um objetivo maior, o meu era divulgar minha entidade Ctg Amaranto Pereira e os trabalhos que eram realizados. Era sempre um olhar de ser um exemplo e nunca ser o melhor  ou estar acima de ninguém, buscava sempre um bom exemplo e mostrar que existe lugares legais de estar em família.

Acredito que hoje em dia seja assim, pois educação, conhecimento e a simpatia está trinseca na pessoa, o gaúcho tem fama de ser cordial, tudo isso  é um conjunto para participar de um concurso.

Como avaliador(a) muitas vezes além da prova escrita e todos os quesitos que permeiam o concurso, eu acho que vale muito a simpatia natural que não é forçada. Se observarmos as Prendas nos dias atuais elas estão com mais carisma um jeito leve de levar a vida, isso é muito importante para quem está avaliando.

Jornal Farroupilha: O Jornal Farroupilha está contando um pouco de como foi a edição do Livro "Prendas Gaúchas 39 Anos", lançado em 2009.

Como foi para você participar desse projeto que resgatou 39 anos de história  dos concursos Estaduais?

Gabrielli Pio: Me sinto muito grata em participar de entrevistas e do resgate histórico, pois um dia vamos embora desse plano mas nossas memórias e nossos feitos se eternizam assim como uma foto ou um livro. No caso do tradicionalismo a gente se eterniza nessas faixas que conquistamos e isso é uma continuidade .

Hoje tenho 33 anos , mas passa se os anos e sempre me chamam para contar sobre a minha experiência com Prenda e penso que quando eu estiver velhinha sempre vai ter uma Prendinha me perguntando sobre esse assunto. Isso é se eternizar pois é um Memorial Social Cultural do RS.

Fico feliz que um dia minha filha irá perguntar e vou poder contar essa história, daqui a pouco estarei com netos e netas e também farei isso. Esse é um legado do tradicionalismo, eternizar as lembranças de quem somos ou fomos.












Entrevistada por:
Fabiana Thomaz




 


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