Jornal Farroupilha: Como e quando você começou a
fazer parte do Movimento?
Gabrielli Pio: Comecei com 11 anos de idade, minha
mãe queria que eu fizesse novas amizades e foi muito importante para minha
juventude, pois existia poucos lugares saudáveis para um jovem e foi no Ctg que
encontrei esse abrigo.
Jornal Farroupilha: Conte um pouco de sua
experiência como Prenda e faixa.
Gabrielli Pio: A Minha experiência como Prenda de
faixa foi com meus 15 anos, participava dos eventos e concursos internos.
Aprendi a ser mais cordial, educada, respeitosa e conhecer melhor as pessoas,
minha vivencia social foi moldada dentro do Ctg.
Jornal Farroupilha: O que significou para você
representar o RS e nosso município como Prenda do Estado?
Gabrielli Pio: Como Prenda do Estado (2008)
aprendi sobre relacionamento
interpessoal, comprometimento e amadureci bastante nessa fase. Tive muitas
alegrias e também decepções, mas foi
mais alegrias pois fiz muitos amigos. Aprendi ser mais séria e estudiosa, isso
foi importante pois me ajudou muito na Universidade e Pós Graduação, as
atividades realizadas no Ctg por exemplo: falar no microfone e palestras me
ajudaram muito a desenvolver esse lado mais de dialogo e oratória . Meu sucesso
na Universidade atribuo grande parte ao
tradicionalismo.
Representar Alvorada foi muito importante pois foi uma
época(2008) Alvorada passava por muitos noticiários negativos, questões tristes
socialmente falando. Então foi uma coisa boa que aconteceu na cidade, as
pessoas ficaram felizes e se reconheceram.
Eu recebia muitos agradecimentos, era um acontecimento
positivo para nosso município, que inspirou muitas outras Prendas. Para mim que
morava em Alvorada (hoje moro em Gravataí) foi muito significativo representar
o município e o nosso Estado.
Jornal Farroupilha: O que precisa para chegar a um
concurso Estadual?
Gabrielli Pio: Precisa muitas coisas, embora eu
esteja desatualizada mas converso com pessoas que fazem parte dos concursos,
algumas coisas permanecem como o estudo, dedicação os eventos que as Prendas
tem que realizar dentro de sua entidade e os eventos Regionais e Estaduais.
Mas digo que para participar do concurso não basta ter o
interesse em ganhar, mas um objetivo maior, o meu era divulgar minha entidade
Ctg Amaranto Pereira e os trabalhos que eram realizados. Era sempre um olhar de
ser um exemplo e nunca ser o melhor ou
estar acima de ninguém, buscava sempre um bom exemplo e mostrar que existe
lugares legais de estar em família.
Acredito que hoje em dia seja assim, pois educação,
conhecimento e a simpatia está trinseca na pessoa, o gaúcho tem fama de ser
cordial, tudo isso é um conjunto para
participar de um concurso.
Como avaliador(a) muitas vezes além da prova escrita e todos
os quesitos que permeiam o concurso, eu acho que vale muito a simpatia natural
que não é forçada. Se observarmos as Prendas nos dias atuais elas estão com
mais carisma um jeito leve de levar a vida, isso é muito importante para quem
está avaliando.
Jornal Farroupilha: O Jornal Farroupilha está
contando um pouco de como foi a edição do Livro "Prendas Gaúchas 39
Anos", lançado em 2009.
Como foi para você participar desse projeto que resgatou 39
anos de história dos concursos
Estaduais?
Gabrielli Pio: Me sinto muito grata em participar
de entrevistas e do resgate histórico, pois um dia vamos embora desse plano mas
nossas memórias e nossos feitos se eternizam assim como uma foto ou um livro.
No caso do tradicionalismo a gente se eterniza nessas faixas que conquistamos e
isso é uma continuidade .
Hoje tenho 33 anos , mas passa se os anos e sempre me chamam
para contar sobre a minha experiência com Prenda e penso que quando eu estiver
velhinha sempre vai ter uma Prendinha me perguntando sobre esse assunto. Isso é
se eternizar pois é um Memorial Social Cultural do RS.
Fico feliz que um dia minha filha irá perguntar e vou poder
contar essa história, daqui a pouco estarei com netos e netas e também farei
isso. Esse é um legado do tradicionalismo, eternizar as lembranças de quem
somos ou fomos.
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