quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A lenda do Umbú / Folclore

 



O Umbu é uma arvore grande, cheia de folhas, tronco e raízes grossas, mas sem qualquer utilidade como madeira.

 

A partir dai, conta-se a lenda:

Deus ao criar os reinos perguntou a cada elemento de cada espécie o que gostaria de ser, e assim , também no reino vegetal, quando indagou as árvores e ervas, suas respostas foram as mais diversas.

A araucária, queria ser muito alta, e que seu tronco pudesse ser utilizado, e seus frutos serviriam para alimentar os nativos da região.

A laranjeira, o pessegueiro, a macieira, pediram para oferecer frutos deliciosos.

Já o pau ferro, o angico e o ipê, e outras, pediram para ter madeira forte, para serem transformadas nas mais diversas utilidades para os homens.

Chegara a vez do umbu e Deus perguntou-lhe: e tu , o que queres oferecer?

Então, respondeu o umbu ao criador: Quero atingir grandes alturas, com muitas folhas largas e que meu tronco e caules sejam fracos, que não sirvam como madeira.

Então o criador perguntou: o que desejas com teu pedido?

E o umbu concluiu: Sendo alta, e minhas folhas largas, oferecerei sombra amiga e hospitaleira, e negando-me a ser madeira forte, evito correr o risco de servir como cruz para suplício dos justos.

E Deus o criador do universo e dos reinos, ciente de que teria, em época muito distante daqueles dias, um de seus filhos crucificado, fez o umbu , do jeito que lhe foi pedido.

 

“UMBU”.

Umbu, qual é a razão,

De teres copa enfolhada,

Derramando sombra no verão

E caules sem uso para nada?

 

A resposta se acha na criação,

Quando Deus quis ouvir,

Que desejos batiam no meu coração,

Antes do meu reino surgir.

 

Fui atendido por fazer jus,

Neguei-me ser madeira forte,

Para evitar de servir como cruz

E levar justos, pela tortura, á morte.

 

Ciente do filho crucificado,

Pois Deus, da Onisciência, é investido,

Fez o umbu como rogado,

Cuja sombra lhe deu sentido.


“UMBU”, é tentativa para registrar em rimas a delicadeza, a beleza e a sabedoria contida nesta lenda.




Pesquisa de :

Sandra Ferreira

1° Chinoca do CTG Sentinelas do Pago

 




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