Jornal Farroupilha:
Como entrou para o meio tradicionalista?
Lucas Oliveira: Estou no tradicionalismo há mais de 20 anos, iniciei através de uma
invernada de escola e mais tarde participando de uma invernada do CTG
Carreteiros da Saudade da cidade de Pantano Grande – 5ª Região Tradicionalista,
inclusive a Entidade que participo até hoje mesmo residindo em Passo Fundo.
A partir da invernada artística iniciei minha caminhada e participação e
inúmeras modalidades e cargos dentro do movimento.
Segue o meu
Curriculo abaixo:
Lucas Rafo de Oliveira
33 anos
Natural de Rio Pardo
Iniciou no Tradicionalismo aos 6 anos de idade, no CTG Carreteiros da
Saudade, na cidade de Pantano Grande e lá permanece até hoje;
Dançou em Invernada Artística dos 6 até os 24 anos;
Participou de vários Cursos de Formação e de Avaliadores de Concursos de
Prendas e Peões, desde 2007;
Declama desde os 14 anos onde já foi campeão e participou de inúmeros
rodeios artísticos, inclusive foi finalista do ENART;
Foi Peão Farroupilha da Entidade, município, 5ª Região Tradicionalista e
chegou ao Estadual nos anos de 2012 e 2014;
Avaliador em Cirandas e Entreveros
a nível Entidade e Regional;
Autor do Temário anual do MTG em 2014: "Preservando o passado,
construindo o futuro."
Realizou inúmeros projetos de cunho cultural e social, junto a entidade,
município e região quando ostentava os cargos de Peão Farroupilha.
Diretor Cultural do CTG Carreteiros da Saudade durante 3 anos de 2015 a
2018.
Ingressou na equipe de pesquisa e avaliação de indumentária do Movimento
Tradicionalista Gaúcho no ano de 2018 e 2019;
Relator na Convenção Tradicionalista 2019;
Autor do Tema Anual do Movimento Tradicionalista Gaúcho 2020 - `` MTG,
Sustentabilidade e as Novas Gerações.´´
Atualmente Diretor de Cultura Interna do MTG;
Dos 6 anos até os dias de hoje, sempre se manteve ativo dentro do
Movimento, participando, avaliando ou preparando outros tradicionalistas para
participarem de inúmeras categorias, dentre elas declamação e Concursos de
Prendas e Peões.
Jornal Farrouplha:
Como surgiu a ideia do Tema anual:
Lucas Oliveira: A ideia surgiu juntamente com minhas Coautoras Hellen
Teixeira ( 1ª Prenda da 5ªRT) e Camilla Schiedeck (1ª Prenda do CTG Carreteiros
da Saudade) baseada primeiramente em uma experiencia que tive com o tema
quinquenal quando eu era Peão Regional sobre o meio ambiente que resultou em
ações positivas e efetivas e ainda o tema justifica seus objetivos principais
nas teses: O Sentido e o Valor do Tradicionalismo de Barbosa Lessa, O Sentido e
o Alcance Social do Tradicionalismo de Jarbas Lima e no Documento Norteador do
Movimento Tradicionalista Gaúcho a Carta de Princípios.
Pois vivemos um momento no mundo, não somente em nosso estado, onde a
sociedade e o meio ambiente pedem socorro. A transformação do meio em que
vivemos aconteceu tão rapidamente e de forma tão inconsequente que hoje nos
deparamos com grandes catástrofes. Podemos ver todos os dias nas redes sociais
e na televisão: desmatamento, poluição, suicídios, violência, uma bola de neve
de acontecimentos trágicos que só cresce. Foi a partir desse ponto, pensando em
nossa sociedade e em seu futuro, e se balizando em nossas Teses e nossa Carta
de Princípios que idealizei esse tema, pois nós, enquanto Movimento, não
podemos alienarmo-nos para tudo que acontece porta afora de nossas entidades,
acredito que o tradicionalismo vai além das danças, concursos de prendas e peões,
rodeios e as vivências campeiras! Acredito que podemos fazer a diferença,
principiar as mudanças que alterarão o quadro de nossa sociedade e o ambiente
em que vivemos.
O projeto se intitula “ MTG, sustentabilidade e as novas Gerações ”, pois
o objetivo do mesmo é ensejar mudanças que serão de proveito de todos, já que
sustentabilidade e conscientização abarcam alterações positivas que serão
sentidas por toda a coletividade. Foi inspirado no documento “O Nosso Futuro
Comum” (Relatório Brundtland), publicado em 1987 pela ONU e considerado de
fundamental importância na inclusão desse tema como objetivo a ser alcançado
mundialmente, dentro do mesmo título ainda ressaltei, nosso maior alvo, futuras
gerações, nossas crianças e jovens, já que serão eles os principais
construtores desse novo futuro e a população mais prejudicada caso essas
mudanças não ocorram. Temos que enxergar que o que fazemos hoje, se prejudicial
ou bom, traz consequências não somente para nossas vidas, mas principalmente
influencia e talvez até determine o modo como nossos filhos e netos vão viver.
Que mundo estamos deixando para eles? Basta assistirmos aos noticiários,
observamos as recentes catástrofes climáticas ocorrendo por todo o globo e a
violência disseminada para compreendermos que não temos feito um trabalho
satisfatório na construção do amanhã.
Jornal Farroupilha : O que você acha que tema trás de mais importante?
Lucas Oliveira: Eu não saberia destacar o que seria mais importante, pois acredito que tudo que envolve a sustentabilidade é importante e urgente e definitivamente a muito o que ser feito para construirmos o nosso sonhado futuro melhor. O presente projeto não é pretencioso a ponto de objetivar solucionar todos os problemas de nossa sociedade, pretende sim plantar uma pequena semente de esperança para nossas futuras gerações, bem como nos colocar como exemplos de conduta dentro da sociedade em que vivemos, porque afinal o bom líder não lidera somente pela atitude, mas principalmente pelo exemplo.
Contamos com todos os amigos que como eu abraçam essa causa e querem
deixar uma marca não somente dentro da entidade, mas no meio em que vivemos.
Que a construção de um futuro sustentável comece hoje e que sejamos nós os
atores dessa transformação.
“O Futuro vem a
trote largo, enquanto o hoje já caminha para além do horizonte, não há mais o
que esperar...”
Entrevista feita por :
Antonia Valim / Prenda Mirim Farroupilha de Alvorada
Parabéns 👏👏
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