Autor: Érico Geovani da Silveira Pires
Velha cerca de pedra
do tempo da
escravidão
que vem, cravada no
chão,
como contorno do
pampa.
A monumental estampa,
guardiã de velhos
mistérios,
já serviu de
cemitério,
a negros e
guerrilheiros
delimitando os
potreiros
do hextremo-sul do
hemisfério
A solidez do granito
é igual á gente
gaucha
forjada a lança e
garrucha
na pampa meridional
pois nem o pior
bagual,
no mais bárbaro
corcovo,
chega a acovardar o
povo
nascido aqui no
garrão
que sai de dentro do
chão
e volta pro chão de
novo
Cerca de pedra cinza
que o tempo pintou de
limo.
Velho muro arrimo
de tradição
gauchesca.
na relíquia
barbaresca
das pedras
enfileiradas
a história
fossilizada
deixa a eterna
lembrança
num monumento á
herança
das almas
antepassadas.
Muralha que a
antiguidade
deixou plantada na
terra.
Trincheira de muitas
guerras
esculpida em pedra
bruta.
restaram marcas de
luta
no esteio milenar,
demarcatório sem par
de tantas revoluções,
mostrando pras
gerações
que veio para ficar.
Antonia Valim
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