quinta-feira, 8 de julho de 2021

Batalha de Curitibanos - Revolução Farroupilha.


Janeiro de 1840, Teixeira Nunes fica no comando de 330 soldados, Garibaldi no comando de 150 cavalarianos, Anita fica encarregada do transporte da munição com 20 soldados, que deveria ficar na retaguarda guarnecendo a munição.

Após três dias de caminhada, Teixeira ordena acampar as margens do Rio Marombas, Campos das Forquilhas, próximo da Vila de Curitibanos, onde julgava que o inimigo cruzaria em direção de Lages.

Garibaldi organiza a vigilância, e manda Anita, as carroças e os vinte soldados se abrigarem no Capão de Mato.

Do outro lado, o Coronel Albuquerque acampa dias antes nos Campos dos Forquilhas, no dia 12 de janeiro, começa então a organizar o plano de ataque com seus oficiais. O coronel ordena que os piquetes, sob o comando do sargento Gonçalves Padilha e do capitão Hipólito, aproveitassem a escuridão, para vasculhar os arredores, assim poderia saber com exatidão a localização.

O coronel Mello de Albuquerque, também conhecido como coronel Melo Manso, reúne os piquetes, e os coloca sobe as ordens do sargento Padilha, tendo a missão de dar combate frontal aos farrapos, e deveria trazê-los ao Capão de Mato.

Teixeira Nunes, ordena que a cavalaria de Garibaldi persiga os legalistas, que recuam até o Capão de Mato, onde entra em ação a tropa de apoio. Garibaldi continua avançando contra os legalistas. Teixeira ordena seus soldados para avançar contra o inimigo, que empreendem fuga desordenada às margens do Rio Marombas.

No momento que o grupo de Teixeira se aproxima da margem, são pegos num fogo cruzado pelas duas colunas do Coronel Melo Manso, Teixeira viu que tinha caído numa armadilha, não tendo outra opção senão ocupar o Capão de Mato.

No Capão de Mato, Teixeira vendo-se perdido, grita a seus soldados para atirarem contra os legalistas, mas eles eram em maior número, e centenas de seus soldados caem á frente da intensa fuzilaria das colunas do coronel Melo Manso.


Anita ouve os primeiros tiros, ordena aos soldados a ficar em alerta, pois teriam de proteger a munição. Ela estando certa de que seus companheiros se encontravam em apuros, ordena os soldados a avançar, julgando que eles precisassem de munição. Antes de chegar até eles, são surpreendidos por um destacamento imperial, mas nem ela e nem os outros soldados se intimidam, revidam o ataque com coragem e determinação.

Anita mesmo vendo seus soldados caírem, continua resistindo bravamente, mas ao se ver cercada pelos soldados legalistas, sente que não tinha outra opção, decide se entregar.

A surpresa do sargento Padilha, ao ver Ana de Jesus é enorme, pois ele era pretendente a casar com Ana Maria de Jesus, foi recusado pela mãe de Anita, porque era soldado do exército imperial.


Teixeira e aproximadamente dez soldados conseguem fugir, entrando mata a dentro. Os republicanos tem 427 mortos, pois os feridos são executados, segundo fontes não oficiais, os imperiais tem mais de cem baixas.

Garibaldi e 63 cavaleiros continuam cercados, Garibaldi estava completamente esgotado fisicamente e emocionalmente, pois não sabia de Anita, se estava viva ou morta ou presa, ou precisando de ajuda. Não podia sair a sua procura, além de muito arriscado, tinha responsabilidade com a vida de seus soldados. Apesar de doer na alma e no coração, teria de retornar a Vila de Lages, Garibaldi e seus soldados embrenham mata a dentro, chegando no seu destino em quatro dias depois.

Anita pede ao sargento Padilha para ver se Garibaldi não estava entre os mortos, mas somente o coronel Albuquerque poderia autorizá-la, então a levaram ao coronel, a surpresa do coronel é enorme, ao ver em sua frente uma mulher destemida, tenta interrogá-la, humilha-a, dizendo o tamanho desprezo que tinha pelos rebeldes republicanos. Mas Anita permanece altiva, respondendo friamente as perguntas, não deixa se intimidar. 

O sargento Padilha vendo o sofrimento de Anita, com a possível perda do marido, pede ao coronel para deixar que ela procure, o sargento se oferece em acompanha-la com um grupo de soldados, após certa insistência, consegue convencê-lo.

Sob a luz de lampiões, Anita passa longas horas revolvendo os cadáveres espalhados pelos campos, a cada um, crescia a sua esperança de encontrá-lo com vida.


Em sua mente só esperava uma oportunidade para fugir daquele lugar. O que não demorou muito, devido a euforia pela vitória contra os farrapos, desencadeia uma incontrolável bebedeira entre eles, que dormiam pelo chão. Anita encontrava-se amarrada numa barraca, sendo vigiada por quatro soldados. Sargento Padilha entra na barraca e faz sinal para ela ficar quieta, corda a corda que prendem suas mãos, e pede para desaparecer rapidamente daquele lugar.

Anita fica surpresa com a atitude do sargento, olha-o por uns instantes com carinho, e desaparece em seguida entre as árvores. Anita encontra diversos obstáculos pelo caminho, devido não conhecer bem a região, tinha duvidas se estava indo na direção de Lages. Entra na escuridão da mata, atravessou o Rio Canoas a nado, e oito dias depois, reencontra as tropas e seu Giuseppe nas proximidades do Rio Caveiras.

 

Pesquisa de:

 Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.

 

 

 

 

 

 

 





 

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