quinta-feira, 22 de julho de 2021

O Brasão do Rio Grande do Sul.


O Brasão do nosso estado, possui origem um pouco desconhecida. A grande parte dos historiadores afirmam que Padre Hildebrando, foi o autor do desenho, mas que foi o Major Bernardo Pires que teria dado os retoques finais, eles são considerados grandes farroupilhas.

Alguns historiadores atribuem a origem do Brasão ao “Histórico Lenço Republicano”, de provável autoria de Bernardo Pires, lenço que foi catalisador do ideal republicano rio-grandense.

No primeiro desenho, não existia nenhuma escrita, houve algumas pequenas modificações.

O Brasão possui uma elipse vertical em pano branco, onde está inserido o Brasão. Circundado por um lenço nas cores do estado. Sob o brasão, lê-se o lema “Liberdade, Igualdade, Humanidade”. Lema esse que tem origem na Maçonaria e na Revolução Francesa. No centro está um barrete frígio, um símbolo republicano desde a queda da Bastilha.

Os dizeres “Liberdade, Igualdade e humanidade”, “República-Rio-Grandense” e “20 de setembro de 1835”, foram oficializados em 1891.

Porém, o lema “Liberdade, Igualdade e Humanidade”, foi usado desde 1839, quando os farrapos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana.

O lema, possui origem maçônica, como outros itens também, a ampla utilização de simbolismos maçônicos, deu-se porque a grande maioria militar era maçônica.

O nosso Brasão, foi oficializado pela Lei Estadual nº 5.213, de 05 de janeiro de 1966, pelo então governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ildo Meneguetti.

As Armas do Estado ou Brasão são os da história Republicana Rio-Grandense, onde contém:

O escudo:



O escudo oval, em campo de prata, com um quadrilátero de prata com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio, vermelho, entre dois ramos de fumo e erva mate, que se cruzam sobre o punho do sabre; inscrito num losango, em verde, com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos superior e inferior; ladeado por duas colunas jônicas compostas com capitel e três anéis no terço inferior de fuste liso de ouro, encimadas por uma bala de canhão antigo, de preto assentes sobre um campo ondulado de verde em ponta.

Ao redor deste escudo, uma bordadura azul, perfurada de preto, contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE, e a data 20 de setembro de 1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro.


Listel:

Um listel de prata com a legenda “LIBERDADE IGUALDADE HUMANIDADE”, em negro.

 O escudo fica sobreposto sobre quatro bandeira tricolores (verde, vermelho e amarelo) entre-cruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertida, de ouro.

As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma faixa vermelha com bordas de ouro, atada junto á ponta flor-de-lisada; no centro uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor-de-lis invertida, de ouro, entre quatro fuzis armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto, dois tubos-canhão, de negro, entrecruzados, semi-encobertos pelas bandeiras e logo abaixo a escrita: Liberdade, Igualdade e Humanidade.

Acima temos com precisão o descritivo original da constituição do Brasão do Rio Grande do Sul. Existem alguns pontos que foram modificados do original, como por exemplo, os dois ramos, inicialmente eram de louro e erva mate (e não fumo), pois o louro simbolizava a vitória, originariamente, ostentava amores-perfeitos, pois simbolizavam a firmeza e a doçura dos republicanos. Posteriormente, foram substituídos por rosetas de ouro que, por sua vez, deram lugar a estrela de cinco pontas nas Armas do Estado.



Vamos as interpretações:

O quadrilátero de prata simboliza a loja, a Maçonaria local.

O sabre de ouro dentro do quadrilátero, é a Maçonaria local em Ação.

O barrete frígio (que é o gorro vermelho), que fica bem ao centro do brasão na ponta da espada, indica que o objetivo dessa ação é a República.

Os ramos, simbolizam que os ideais nunca devem morrer.

As duas estrelas, uma inferior e uma superior, indicam um símbolo maçônico, indicando que a maçonaria do mundo inteiro apoia as ideias republicanas Rio-grandenses.

E todo esse simbolismo é posto entre duas colunas, indicando que toda obra planejada devera obedecer aos postulados da maçonaria. A maçonaria foi muito presente nos movimentos de independência na América do Sul.

 


Pesquisa de:

 Sandra Ferreira /1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.

 


 

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