Autor: Iberê Machado
Patrão Grande das
alturas,
Dono da Estância de
Céu.
Humilde, eu tiro o
chapéu
Prá rezar em
reverência
E rogar Tua tenência
Sobre homens e
cavalos.
Faz-nos leves ao
monta-los
Que, no fim, somos
iguais
Nesta Tua criatura,
Gota d'água nas
lonjuras
Das coxilhas
siderais.
Obrigado, de antemão,
Pela força no
repecho...
E que, hoje, o nosso
trecho
Seja de grama ou
areia.
Protege-nos de
peleias
E nos dá acostamento.
Livra o perigo a
contento
E faz com que passe
reto.
Que o chapéu seja um
bom teto
E, o poncho, meio
sustento.
Aos companheiros do
apoio
Estende a tua benção
E aponta com a tua
mão
O nosso melhor
caminho
Que uma sanga e um
matinho
Nunca nos faltem por
diante.
Seja o ô-de-casa o
bastante
Pra conseguirmos o
pouso
Que nos garanta o
repouso
Do qual precisa o
viajante.
No mais, pedimos
saúde
Que ela nunca é
demais
Para homens e animais
Vencerem esta
jornada.
E que esta cavalgada
De xirus simples, sem
luxo,
Perpetue o debuxo
Deste povo cavaleiro
Que mostra pra o
mundo inteiro
Que um gaúcho é
sempre gaúcho.
Amém.
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