quinta-feira, 1 de julho de 2021

BENTO GONÇALVES DA SILVA


  Militar e revolucionário brasileiro.

Ele foi considerado por muitos como uma das figuras mais importantes da história do Rio Grande do Sul.

 

Era um líder oficial do exército, político, monarquista e rebelde do Império do Brasil.

Bento Gonçalves da Silva nasceu em Triunfo, em 1788, filho de alferes. Porém, saiu cedo de sua terra, com 24 anos foi para Cerro Largo, Uruguai, onde se estabeleceu com uma casa de negócios. Dois anos depois em 1814, casou-se com Caetana Joana Francisca Garcia, e teve 8 filhos.

Em 1818, com 30 anos, começou a sua atuação militar, quando participou da campanha do Uruguai, (que resultaria com a anexação formal daquele país ao Brasil, em 1821, como Província Cisplatina).

Aos poucos, subiu de posto, chegando a coronel em 1828, quando foi nomeado comandante do Quarto Regimento de Cavalaria, estabelecido em Jaguarão. Passou também a exercer o posto de comandante da fronteira e da Guarda Nacional naquela região.

Provavelmente já era maçom nessa época, pois conta que organizou várias lojas maçônicas em cidades da fronteira. Sua influência política, nesta época já era grande.



Em 1832, Bento foi indicado para um dos postos de maior influência que havia na província, o de comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul.

Sob seu comando estavam todos os corpos da Guarda Nacional, força especial que havia sido criada em 1832. Esse cargo de confiança, entretanto, não impediu que Bento continuasse dando apoio aos seus amigos uruguaios. Foi por isso que, em 1833, foi denunciado como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo homem que havia indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional, marechal Sebastião Barreto P. Pinto, comandante de Armas da Província.

Chamado ao Rio de Janeiro para se explicar, Bento saiu vitorioso.

Não voltou da província como comandante de fronteira, mas conseguiu do regente padre Feijó, a nomeação do novo presidente da Província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, o mesmo homem que iria derrubar, em 1835, quando deu início à Revolução.


Em 21 de setembro de 1835, Bento Gonçalves entrou em Porto Alegre, permaneceu na cidade por pouco tempo, deixando-a para comandar as tropas revolucionárias em operação na província. Exerceu esse comando até 2 de outubro de 1836, quando foi preso no combate da ilha do Fanfa (Triunfo), junto com outros líderes farrapos. Foi então enviado para a prisão de Santa Cruz e mais tarde para a fortaleza de Lage, no Rio de Janeiro, onde chegou a tentar uma fuga, mas desistiu. Transferiram-no para o forte do Mar, em Salvador.

Mesmo preso, sua influência no movimento farroupilha continuou, pois foi eleito presidente da República Rio-Grandense em 06 de novembro de 1836.

Além do apoio farroupilha, Bento contava com a Maçonaria, de que fazia parte. Essa organização iria lhe facilitar a fuga da prisão, em setembro de 1837. Fingindo que ia tomar banho de mar, Bento fugiu a nado, em direção a um barco que estava à sua espera.

Em novembro ele regressou ao Rio Grande, tendo chegado a Piratini, a então capital farroupilha, em dezembro, quando tomou posse do cargo para o qual havia sido eleito. Imediatamente, passou a presidência ao seu vice, José Mariano de Mattos, para poder comandar o exército farroupilha.

A partir de então, sua vida seriam os combates e campanhas, embora se mantivesse como presidente. Em 1843, entretanto, resolveu renunciar ao cargo, desgostoso com as divergências que começavam a surgir entre os farrapos. Passou a presidência a José Gomes de Vasconcelos Jardim, e o comando do exército a Davi Canabarro, assumindo apenas um comando de tropas.

As divisões entre os revolucionários terminaram por resultar em um desagradável episódio. Informando que Onofre Pires, um outro líder farrapo, fazia-lhe acusações, dizendo inclusive que era ladrão, Bento o desafiou para um duelo, no início de 1844. Onofre Pires foi ferido, e morreu dias depois devido a uma gangrena.

Embora tenha iniciado as negociações de paz com Caxias, em agosto de 1844, Bento não iria concluí-las. O clima de divisão entre os farrapos continuava, e ele foi afastado das negociações pelo grupo que se lhe opunha.

Em 28 de fevereiro de 1845, Ponche Verde, lugar onde se registrou uma grande batalha, ficava encerrado um dos mais belos episódios da história do Brasil.

Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância, no Cristal. Já doente, foi para Pedras Brancas (hoje Guaíba) na casa de José Gomes de Vasconcelos Jardim, e o General Bento Gonçalves da Silva, faleceu em 18 de julho de 1847, de pleurisia, sepultado no cemitério do povoado.   


Guerreiro durante a maior parte de sua vida, Bento Gonçalves da Silva, defensor de ideias liberais, pelas quais lutou durante quase dez anos da Revolução Farroupilha.

 


Pesquisa de :

Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.





 

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