Militar e revolucionário brasileiro.
Ele foi considerado por muitos
como uma das figuras mais importantes da história do Rio Grande do Sul.
Era um líder oficial
do exército, político, monarquista e rebelde do Império do Brasil.
Bento Gonçalves da
Silva nasceu em Triunfo, em 1788, filho de alferes. Porém, saiu cedo de sua
terra, com 24 anos foi para Cerro Largo, Uruguai, onde se estabeleceu com uma
casa de negócios. Dois anos depois em 1814, casou-se com Caetana Joana
Francisca Garcia, e teve 8 filhos.
Em 1818, com 30 anos,
começou a sua atuação militar, quando participou da campanha do Uruguai, (que
resultaria com a anexação formal daquele país ao Brasil, em 1821, como
Província Cisplatina).
Aos poucos, subiu de
posto, chegando a coronel em 1828, quando foi nomeado comandante do Quarto
Regimento de Cavalaria, estabelecido em Jaguarão. Passou também a exercer o
posto de comandante da fronteira e da Guarda Nacional naquela região.
Provavelmente já era
maçom nessa época, pois conta que organizou várias lojas maçônicas em cidades
da fronteira. Sua influência política, nesta época já era grande.
Em 1832, Bento foi
indicado para um dos postos de maior influência que havia na província, o de
comandante da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul.
Sob seu comando estavam
todos os corpos da Guarda Nacional, força especial que havia sido criada em
1832. Esse cargo de confiança, entretanto, não impediu que Bento continuasse
dando apoio aos seus amigos uruguaios. Foi por isso que, em 1833, foi
denunciado como desobediente e protetor do caudilho uruguaio Lavalleja, pelo
homem que havia indicado para o posto de comandante da Guarda Nacional,
marechal Sebastião Barreto P. Pinto, comandante de Armas da Província.
Chamado ao Rio de
Janeiro para se explicar, Bento saiu vitorioso.
Não voltou da
província como comandante de fronteira, mas conseguiu do regente padre Feijó, a
nomeação do novo presidente da Província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, o
mesmo homem que iria derrubar, em 1835, quando deu início à Revolução.
Em 21 de setembro de
1835, Bento Gonçalves entrou em Porto Alegre, permaneceu na cidade por pouco
tempo, deixando-a para comandar as tropas revolucionárias em operação na
província. Exerceu esse comando até 2 de outubro de 1836, quando foi preso no
combate da ilha do Fanfa (Triunfo), junto com outros líderes farrapos. Foi
então enviado para a prisão de Santa Cruz e mais tarde para a fortaleza de
Lage, no Rio de Janeiro, onde chegou a tentar uma fuga, mas desistiu.
Transferiram-no para o forte do Mar, em Salvador.
Mesmo preso, sua
influência no movimento farroupilha continuou, pois foi eleito presidente da
República Rio-Grandense em 06 de novembro de 1836.
Além do apoio
farroupilha, Bento contava com a Maçonaria, de que fazia parte. Essa
organização iria lhe facilitar a fuga da prisão, em setembro de 1837. Fingindo
que ia tomar banho de mar, Bento fugiu a nado, em direção a um barco que estava
à sua espera.
Em novembro ele
regressou ao Rio Grande, tendo chegado a Piratini, a então capital farroupilha,
em dezembro, quando tomou posse do cargo para o qual havia sido eleito.
Imediatamente, passou a presidência ao seu vice, José Mariano de Mattos, para
poder comandar o exército farroupilha.
A partir de então,
sua vida seriam os combates e campanhas, embora se mantivesse como presidente.
Em 1843, entretanto, resolveu renunciar ao cargo, desgostoso com as
divergências que começavam a surgir entre os farrapos. Passou a presidência a
José Gomes de Vasconcelos Jardim, e o comando do exército a Davi Canabarro,
assumindo apenas um comando de tropas.
As divisões entre os
revolucionários terminaram por resultar em um desagradável episódio. Informando
que Onofre Pires, um outro líder farrapo, fazia-lhe acusações, dizendo
inclusive que era ladrão, Bento o desafiou para um duelo, no início de 1844.
Onofre Pires foi ferido, e morreu dias depois devido a uma gangrena.
Embora tenha iniciado
as negociações de paz com Caxias, em agosto de 1844, Bento não iria
concluí-las. O clima de divisão entre os farrapos continuava, e ele foi
afastado das negociações pelo grupo que se lhe opunha.
Em 28 de fevereiro de
1845, Ponche Verde, lugar onde se registrou uma grande batalha, ficava
encerrado um dos mais belos episódios da história do Brasil.
Desligou-se, então,
definitivamente da vida pública. Passou os dois anos seguintes em sua estância,
no Cristal. Já doente, foi para Pedras Brancas (hoje Guaíba) na casa de José
Gomes de Vasconcelos Jardim, e o General Bento Gonçalves da Silva, faleceu em
18 de julho de 1847, de pleurisia, sepultado no cemitério do povoado.
Guerreiro durante a maior parte
de sua vida, Bento Gonçalves da Silva, defensor de ideias liberais, pelas quais
lutou durante quase dez anos da Revolução Farroupilha.
Pesquisa de :
Sandra Ferreira / 1
chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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