Em 11 de
setembro de 1836, os farrapos decidem pela separação e proclamação à República,
República Rio-grandense.
Historicamente
logo em seguida surge pela primeira vez em 06 de novembro de 1836, em Piratini,
a bandeira da República Rio-Grandense no cortejo solene em direção à igreja,
para um TE DEUM (hino cristão usado em eventos solenes de ações de graças).
Após haver
sido eleito Presidente da nova República, o coronel Bento Gonçalves da Silva se
encontra preso na Fortaleza da Lage, no Rio de Janeiro, em consequência de
prisão na ilha do Fanfa, então na oportunidade, coube ao Major de lanceiros
Joaquim Teixeira Nunes a honraria de ser o primeiro à carregar a bandeira da
República.
Nos dias de hoje no museu Dom Digo de Souza, em Bagé-RS,
existe um raro exemplar dessa bandeira.
Em 12 de
novembro de 1836 com o Governo da República já instalado em Piratini, José
Gomes de Vasconcelos Jardim, baixa o decreto criando o “Escudo D’armas”
(Pavilhão Farroupilha), assim descrito:
“O escudo d’armas do Estado Rio-Grandense será
de ora em diante de forma de um quadrado dividido pelas três cores (nacionais),
assim dispostas: a parte superior junto à hastes verde, é escarlate, formando
um hexágono, determinado pela hipotenusa do 1º retângulo; e a de outro igual e
simetricamente disposto, cor de ouro, que formará a parte inferior”.
Quanto a sua
criação existem controvérsias; alguns apontam o Coronel Bernardo Pires, chefe
da Polícia da República Rio-Grandense, falecido em Pelotas, em 09 de novembro
de 1891, com 101 anos, após haver participado de sete campanhas e a Revolução
Farroupilha, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos, Deputado da
Província, Ministro da Guerra, da Marinha e do Exterior, Vice-Presidente da
República Rio-Grandense e Presidente em
substituição a Bento Gonçalves em algumas passagens de período entre
1839 a 1841 e outros de que foi um trabalho em parceria de ambos.
No que se
refere as cores, existe uma versão possivelmente mais próxima da real, que
conta que a faixa verde representa a mata dos pampas, a vermelha simboliza o
ideal revolucionário e a coragem do povo, e a cor amarela representa as
riquezas nacionais do território gaúcho.
Todavia,
algumas outras versões alegam que as cores simbolizariam a bandeira do império
(o verde e o amarelo), separado pelo vermelho da guerra. Já outras mencionam
que o vermelho representaria o ideal republicano.
A atual
bandeira gaúcha tem suas origens nas cores escolhidas pelos farrapos na
bandeira da República Rio-Grandense, sendo que ela foi adotada oficialmente
como símbolo do estado logo nos primeiros anos da república. Mais
especificamente, através do título VI da constituição estadual promulgada em 14
de junho de 1891:
“VI São insígnias oficiais do Estado, as do Pavilhão Tricolor
criado pelos revolucionários rio-grandenses de 1835”.
Em 1937, durante o
regime político do Estado Novo, o presidente Getúlio Vargas ordenou que todos
os símbolos estaduais fossem abolidos, incluindo bandeiras e brasões.
A Bandeira foi
oficialmente adotada pelo decreto estadual nº 5.213, de janeiro de 1966, sendo
governador, Ildo Meneghetti.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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