Nos sete povos das
Missões, no Pirapó, ainda nos tempos dos padres jesuítas, vivia um índio muito
triste, que se escondia de tudo e de todos pelos matos e peraus, fugia da
igreja como o diabo da cruz. Era um verdadeiro fantasma e por isso era chamado
Angoéra (fantasma, em guarani).
Conta a lenda, que um
dia os padres perderam a paciência, e o Angoéra foi batizado, convertendo-se a
fé cristã. Foi padrinho M’bororé, que era cacique e já amigo dos padres.
Recebeu o nome de
Generoso, e tornou-se alegre e bom, e adorava festas e alegrias.
Ajudou a colocar
pedras no alicerce de todas as igrejas dos Sete Povos, trabalhou por muito
tempo nisso, sempre risonho e encantador.
Um certo dia, chamou o padre-cura, confessou-se e
foi unjido de óleo santo e morreu.
Generoso morreu
contente, pois a cara do seu cadáver guardou ar de riso; e foi muito chorado,
porque tinha a estima de todos, por ser mui prazenteiro e brincador.
ouvido, ouvia, e por
ordem do Generoso repetia esta copla, que ficou conhecida como marca de
estância antiga; sempre a mesma...
“Eu me chamo Generoso,
Morador em Pirapó,
Gosto muito de dançar
Co’ as moça de paletó...
Pesquisa de:
Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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