Autor: Roberto Osório Júnior
Quando o sol da manha
sobre as colinas,
Lá nos rincões
bonitos do meu pago,
Põe a cabeça loira e
olhas as campinhas,
Goza a paisagem
sensação de afago...
Ó milagre das luzes
matutinas!
Ó prodígio de Fébo -
artista mago!
Na terra, as varzeas
são esmeraldinas...
Em cima, o céu azul é
imenso lago...
Doce encanto dos
largos horizontes,
Onde os cêrros, nos
longes azulados,
Parecem graves,
cismadoras frontes...
O campo amplia-se e
talvez os céus...
E alma e sentidos de
emoção tocados,
Nessa paisagem nós
achamos Deus!...
Olhar ao longe um
horizonte aberto,
Onde ao azul o verde
se mistura,
Onde da terra o céu
está tão perto
Que Deus abraça a sua
criatura...
Agora os coxilhões,
logo a planura,
Que se sucedem sem
limite certo...
Ver a amplidão,
enfim, que configura
O cenário do Pampa
descoberto...
Tal o anseio, a
aspiração, o anelo
Do guasca filho do
Rio Grande altivo
Que tem na gleba o
seu ideal mais belo!
Livre, montar o lombo
da coxilha
E carregar no peito,
redivivo,
O ideal de amor à
Terra Farroupilha!
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