quinta-feira, 20 de maio de 2021

POESIA- Horizontes do Pago


Autor: Roberto Osório Júnior

 

Quando o sol da manha sobre as colinas,

Lá nos rincões bonitos do meu pago,

Põe a cabeça loira e olhas as campinhas,

Goza a paisagem sensação de afago...

 

Ó milagre das luzes matutinas!

Ó prodígio de Fébo - artista mago!

Na terra, as varzeas são esmeraldinas...

Em cima, o céu azul é imenso lago...

 

Doce encanto dos largos horizontes,

Onde os cêrros, nos longes azulados,

Parecem graves, cismadoras frontes...

 

O campo amplia-se e talvez os céus...

E alma e sentidos de emoção tocados,

Nessa paisagem nós achamos Deus!...

 

Olhar ao longe um horizonte aberto,

Onde ao azul o verde se mistura,

Onde da terra o céu está tão perto

Que Deus abraça a sua criatura...

 

Agora os coxilhões, logo a planura,

Que se sucedem sem limite certo...

Ver a amplidão, enfim, que configura

O cenário do Pampa descoberto...

 

Tal o anseio, a aspiração, o anelo

Do guasca filho do Rio Grande altivo

Que tem na gleba o seu ideal mais belo!

 

Livre, montar o lombo da coxilha

E carregar no peito, redivivo,

O ideal de amor à Terra Farroupilha!


 

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