quinta-feira, 6 de maio de 2021

POESIA - CHUVA DE VERÃO


Autoria: Leandro da Silva Melo

 

Batendo água, de novo...

A noite clareia com os raios

A chuva cai de balaio

E o vento sopra com força

Assusta e dá medo na moça

Que se encolhe na cozinha

Enquanto a tormenta se encaminha

Em direção ao horizonte

Turvando a água da fonte

E trovoando em ladainha

 

O rio transbordou, de novo...

Inundou várzea e campo

Desalojou o pirilampo

Molhou o sal da boiada

Deixou a mata encharcada

E o caminho se fez lodo

Com o gado se espremendo todo

Debaixo do velho capão

Escarvando com a pata no chão

Como que puxando um rodo

Acompanhei de perto o aguaceiro

Torcendo pra que findasse

E o pátio não inundasse

Pondo em risco o sobrado

Não sou um xiru assustado

Mas já passei por uns apertos

E entre erros e acertos

Aprendi a não facilitar

Porque a água da chuva ou do mar

Quando invade, não tem conserto

 

 Mas a tormenta foi enfraquecendo

Virou quase um chuvisqueiro

Ao longe se via o luzeiro

Dos relâmpagos se distanciando

Os trovões se acalmando

E a vida voltando ao normal

É a natureza nos dando um sinal

De que é ela que manda no mundo

E que mesmo com o plantio mais profundo

Tudo se enverga no temporal. 




Pesquisa de:
Antonia Valim

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