A história do palácio
governamental inicia praticamente com a fundação de Porto Alegre, em 1772 o
governador Manoel Gomes Sepúlveda, mandou demarcar o local da nova capital da
província e também construir o sobrado para a sede do executivo, chamado
“Palácio de Barro”, foi uma das primeiras obras governamentais após a
transferência da capital de Viamão para Porto Alegre.
Após a Guerra dos Farrapos,
o presidente Sares d’Andréa, mandou elaborar novo projeto, já que a edificação
encontrava-se em más condições para atuais funções, mas o projeto não chegou a
ser executado.
Pouco antes do golpe
republicano, foi elaborado outro projeto, que também não foi executado devido a
queda do Regime Imperial.
Júlio de Castilhos,
em 1894, delega ao arquiteto Affonso Hebert, a execução de um novo projeto,
alegando “necessidade de asseio e de higiene”.
Em 1896, Francisco
Gastaldoni foi encarregado da demolição do palácio de Taipa, sede do governo
por 107 anos. O governo transferiu-se para o “Forte Apache”, prédio onde hoje
está o Memorial do Ministério Público, também na Praça da Matriz.
As obras iniciaram em
1896, com o lançamento da pedra fundamental, coincidindo com o fim da Revolução
Federalista. A terraplanagem movimentou grande quantidade de terra e houve
necessidade de construção de muros de arrimo. Os alicerces e parte da alvenaria,
utilizaram pedras trazidas do Rio de Janeiro, pois o granito do estado era
considerado muito duro e difícil de trabalhar.
O projeto
desenvolvido em torno do pátio central, apresentava uma separação precária
entre função residencial e governamental, além de ser considerado modesto para
a época. Em 1908 a obra é suspensa, para uma nova avalição do projeto. Uma
equipe de técnicos do Estado é enviada a Paris para organizar um concurso
internacional de projetos, o vencedor substituiria o de Hebert, somente dois
arquitetos inscreveram-se seus projetos foram premiados, porém não
aproveitados. Um ano depois é apresentado uma nova proposta, do arquiteto
francês Maurice Gras, após vários estudos o novo projeto é aceito.
Em 20 de setembro de
1909 foi lançada a segunda pedra fundamental do palácio e as obras reiniciam,
sob administração de Carlos Barbosa.
O prédio, de
influência neoclássica, foi inspirado, segundo alguns pesquisadores, no Petit
Trainon, de Versailles. Na construção pouca coisa era compradas aqui. O cimento
era importado da França, o ferro da Europa, ao pedras de Paris e Buenos Aires,
as pedras calcárias da França, e isso
gerou insatisfação dos fornecedores locais.
Também foi
encomendado ao pintor Antônio Parreiras, um grande quadro da Proclamação da
República do Rio Grande e um retrato do General Bento Gonçalves (herói da
Revolução Farroupilha).
Em 1913, Borges de
Medeiros reassume a presidência sob forte reação contra os gastos da obra, e
imediatamente, rescinde o contrato com Maurice Gras, manteve alguns contratos
de serviços já firmados. O ritmo da obra diminuiu.
Em 1914, com a
deflagração da Primeira Guerra Mundial, dificuldades de importação forçaram
algumas adaptações com uso de materiais locais. Entre 1918 e 1919 as obras
foram praticamente interrompidas.
Em 1928, Getúlio
Vargas, eleito sucessor de Borges de Medeiros, é o primeiro governante a morar
no novo palácio, protagonizando importantes acontecimentos políticos, ele
residiu entre 1928 e 1930.
Na década de 1950,
Aldo Locatelli foi contratado para pintar murais com temas do folclore e
história do Rio Grande do Sul.
Nesses 85 anos muitas
adaptações foram necessárias para acompanhar as mudanças resultantes das
transformações históricas. As últimas construções significativas no Palacio
Piratini ocorreram no início da década de 70.
Na década de 71, foi construído o anexo chamado galpão crioulo, para dar um toque gaúcho.
Já passaram pelo
palácio 38 governadores.
Em estilo
neoclássico, em 1986 o Palácio Piratini foi tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). Em 5 de janeiro de 1887,
foi publicado no Diário Oficial o ato de Tombamento.
Em 1999 foi elaborado
o projeto arquitetônico de restauração, em 2000 teve inicio as obras de
restauração do prédio, a conclusão das obras se deu em 2002.
E em 2000, passou a
ter a proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan).
A 100 anos o Palácio
Piratini é testemunha da história, cenário dos rumos de Estado, referência
arquitetônica e artística.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira/ 1
chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário