quinta-feira, 6 de maio de 2021

Cronologia - Rio Grande do Sul.


(Estudo do tempo e suas divisões com o objetivo de distinguir a ordem de ocorrência dos fatos.)



1501:

Começaram aparecer nas costas gaúchas, caravelas portuguesas e depois as espanholas, mas sem desembarque, porque as praias eram perigosas e não havia portos naturais.

1531:

Os navegantes portugueses Martins Afonso de Souza e Pero Lopes, sem desembarcar nas praias gaúchas, batizaram com o nome de Rio Grande de São Pedro a barra que mais tarde vai permitir a passagem de navios do Oceano Atlântico para a Lagoa dos Patos.

1626:

O padre jesuíta Roque Gonzales de Santa Cruz, nascido no Paraguai, atravessa o rio Uruguai e funda o povo de São Nicolau, assinalando oficialmente a chegada do homem branco ao território gaúcho.

1634:

O padre jesuíta Cristobal de Mendonza Orellana (Cristovão de Mendonza), introduz o gado nas Missões Orientais, o que mais tarde vai justificar o surgimento do gaúcho.

1641:

Os jesuítas são expulsos do Rio Grande do Sul pelos bandeirantes, depois de fundarem 18 reduções ou povos. Essas aldeias foram todas arrasadas e o gado, um pouco foi escondido, outros levaram para a Argentina na fuga e a maior parte se esparramou, virando selvagem. Graças ao padre Cristovão Mendonza, esse gado que não tinha marca, foi chamado de “orelhano”.

1682:

Voltam os jesuítas espanhóis ao solo gaúcho, fundando primeiro São Francisco de Borja, hoje cidade de São Borja, o mais antigo núcleo urbano do Rio Grande do Sul. Entre 1682 a 1701 eles fundaram 8 povos em território gaúcho, dos quais 7 prosperaram, e se tornaram os 7 povos das Missões: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Martin e Santo Ângelo Custódio.

1750:

Assinado o tratado de Madri entre Espanha e Portugal, pelo qual os portugueses dão aos espanhóis a Colônia do Sacramento e recebem em troca os 7 Povos da Missões. Os padres jesuítas não se conformaram com a troca e os índios missioneiros se revoltam, e vai começar a chamada Guerra das Missões.

1756:

A 7 de fevereiro morre o índio José Tiarayu, o Sepé, junto a sanga da Bica (hoje no perímetro urbano de São Gabriel) morto pelas forças espanholas e portuguesas. Três dias depois, ocorre o massacre de Caiboaté, onde em uma hora e 10 minutos morreram quase 1500 índios. Em Caiboaté foi vencida a resistência missioneira definitivamente. Ao abandonarem as Missões, os jesuítas carregaram o que puderam e incendiaram lavouras, casas e até igrejas.

1763:

Tropas espanholas invadem o Brasil, apoderando-se do Forte de Santa Tereza e da cidade de Rio Grande e de São José do Norte. No período de dominação espanhola começa a brilhar um herói autenticamente gaúcho: Rafael Pinto Bandeira.

1776:

Os espanhóis são expulsos do Rio Grande. Mas o forte de Santa Tereza jamais foi recuperado. Hoje está em território Uruguaio.

1780:

Vindo do Ceará, o português José Pinto Martins funda em Pelotas a primeira charqueada com características empresariais. Logo as charqueadas vão ser decisivas na economia gaúcha. O Negro entra maciçamente no RS, como escravo das charqueadas.

1811:

Pedro José Vieira, que era gaúcho de Viamão, acompanhado pelo uruguaio Venâncio Benavidez dá o Grito de Asencio, que é o primeiro grito da independência do Uruguai. Surge o grande herói uruguaio “José Artigas”.

1815:

Tropas brasileiras e portuguesas tomam Montevidéu anexando o Uruguai ao Brasil com o nome de Província Cisplatina.

1824:

A 18 de julho desembarcam em Porto Alegre os primeiros 39 colonos alemães. A 25 de julho eles se instalam nas margens do rio dos Sinos, na Real Feitoria do Linho Cânhamo, hoje cidade de São Leopoldo.

1835:

Explode a Revolução Farroupilha. A 20 de setembro os revolucionários comandados por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre, capital da Provincia. As causas são políticas, econômicas, socias e militares.

1836:

A 11 de setembro o coronel António de Souza Neto, depois da vitória no Seival, proclama a República Rio-Grandense. Nesse mesmo ano Bento Gonçalves da Silva é aprisionado após a batalha da ilha do Fanfa é enviado com muitos oficiais farrapos ao Rio de Janeiro e depois para Forte Mar, na Bahia. O governo da nova República se instala em Piratini e Bento é eleito presidente, como está preso, assume José Gomes de Vasconcelos Jardim. Piratini é a capital.

1837:

Organiza-se o governo republicano, são nomeados Generais, Antônio de Souza Neto, João Manuel de Lima e Silva, Bento Gonçalves da Silva e mais tarde David Canabarro, Bento Manuel Ribeiro e João Antônio Siqueira. Enquanto durou a República Rio-Grandense só teve estes generais. Nesse mesmo ano, a maçonaria consegue dar fuga a Bento Gonçalves, que volta ao Rio Grande e assume a presidência da República.

1939:

A República parece consolidada, a marinha de guerra está sob o comando efetivo de José Garibaldi, corsário italiano trazido ao Rio Grande através da maçonaria. Os farrapos decidem levar a república ao Brasil. Um exército comandado por David Canabarro e apoiado pela Marinha de Garibaldi proclama em Santa Catarina a República Juliana. A capital da República Rio-Grandense passa a ser Caçapava.

1841:

A capital da República Rio-Grandense passa a ser Alegrete, onde se instala a Assembléia Nacional Constituinte.

1842:

Bento Gonçalves da Silva, neste ano, se bate em duelo co Onofer Pires, que morre em consequência dos ferimentos. Após o duelo Bento Gonçalves entrega o governo e o comando do exército republicano.

1845:

A 28 de fevereiro os farrapos assinam a paz com o Império do Brasil no acampamento do Ponche Verde, em Dom Pedrito. O Rio Grande do Sul volta a fazer parte do Brasil.

1847:

Morre Bento Gonçalves da Silva, em Pedras Brancas, hoje Guaíba.

1851:

Antigos farrapos, ao lado dos ex-inimigos fazendo parte do mesmo exército, derrotam o ditador  Rosas da Argentina.

1852:

Nesse ano aparece a primeira pesquisa sobre o folclore gaúcho, vocábulos e frases organizado por Antônio Alvares  Ferreira Coruja.

1857:

Intelectuais gaúchos imigrados na Corte, fundaram no Rio de Janeiro a primeira entidade tradicionalista gauchesca, a Sociedade Sul-Rio-Grandense, que existe até hoje.

1864:

Os gaúchos tomam parte na invasão do Uruguai e na derrota de Oribe.

1868:

Funda-se em Porto Alegre a Sociedade Partenon Literário, decisiva para o regionalismo gauchesco.

1870:

Termina a guerra do Paraguai com a morte de Francisco Solano Lopes. Mais de um terço das tropas brasileiras é constituído por gaúcho.

1875:

Começa a imigração italiana no RS,  e ocuparam as encostas da Serra.

1888:

A abolição da escravatura é proclamada no Brasil, no RS não existiam mais escravos.

1889:

É proclamada a República no Brasil. No RS o homem do momento é Júlio de Castilhos, o partido republicano, que não esperava a proclamação, não estava preparado para assumir o poder. O RS com a República, deixa de ser Província e passa a ser Estado.

1893:

Começa a Revolução Federalista (revolução 93), contra o Governo Republicano chefiado por Júlio de Castilhos. Maragatos contra Pica-Paus.

1895:

Assinada a paz entre pica-paus e maragatos, termina a revolução 93, que foi sangrenta e brutal.

1898:

Funda-se em Porto Alegre, em 22 de maio, o Grêmio Gaúcho, como líder Major João Cezimbra Jacques, o Grêmio foi a primeira entidade tradicionalista no Rio Grande do Sul. Existe até hoje. O Major João Cezimbra  Jacques é hoje o patrono do Tradicionalismo do Rio Grande do Sul.

1899:

A 10 de setembro é fundada em Pelotas a União Gaúcha. Como líder Simões Lopes Neto.

1901:

A 19 de outubro funda-se em Santa Maria o Grêmio Gaúcho.

1917:

Funda-se o primeiro frigorifico no RS, vieram substituir as antigas charqueadas.

1923:

No começo do ano a Aliança Liberal, chefiada por Assis Brasil, deflagra uma revolução contra o Governo Republicano de Borges de Medeiros, novamente lutam nas coxilhas gaúchas, maragatos e governistas, chamados de chimangos. A paz é alcançada no fim do ano.

1930:

Chimangos e maragatos marcham lado a lado na revolução que derruba o presidente brasileiro Washington Luiz e coloca no poder Getúlio Vargas. Os gaúchos amarram os cavalos no obelisco  da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, Capital da República.

 

Pesquisa de:

 Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.


 

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