“Personagem histórica
feminina mais citada em nosso país”.
Princesa Isabel,
nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846, foi batizada em 15 de
novembro de 1846, com uma cerimônia na Igreja de Nossa Senhora da Glorias do
Orteiro, seus padrinhos foram o tio paterno e a avó materna. Foi oficialmente
batizada como Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela
Gonzaga de Bragança e Bourbon, seus pais, Dom Pedro II, o imperador do Brasil,
e Teresa Cristina, era o segundo filho desta união.
Por causa da morte do
filho mais velho do imperador, Afonso Pedro, com dois anos de idade. A princesa
tornou-se a herdeira do trono com 11 meses de idade, foi nomeada Herdeira
Presuntiva, que ocorre quando não há outro herdeiro aparente ou preferível ao
trono.
Isabel Cristina com 4
anos foi declarada princesa Imperial e herdeira do trono, após a morte de seus
irmãos Pedro e Afonso. Sua irmã mais nova, princesa Leopoldina foi sua grande
companheira.
Infância e educação:
Segundo historiadores
sua infância foi marcada pelo isolamento, teve poucos amigos e foi pouco presente
nos principais cenários da corte brasileira, passou sua infância no Paço de São
Cristóvão, local que atualmente ficam os restos do Museu Nacional, destruído
por um incêndio em 2018.
Sua educação foi
digna da realeza, sempre mostrava grande interesse pelos estudos, e assim, ela
viu transcorrer sua juventude entre muitas aulas, pois estudou várias matérias,
aprendeu diversos idiomas, estudava dança, piano, desenho etc...
No dia 29 de julho de
1860, a princesa com 14 anos, obedecendo a Constituição, presta juramento de
“manter a religião católica, observar a constituição política do país e ser
obediente às Leis e ao Imperador”.
Casamento:
Ainda em 1860, teve
inicio as sondagens para contratar o casamento da herdeira do trono brasileiro.
Porém Isabel em suas próprias
palavras, “começou a sentir um eterno amor pelo conde”. Ficaram noivos em 18 de
setembro 1864.
Quando completou 18
anos, a Princesa Isabel casou-se com Luís Filipe Maria Fernando Gastão, o Conde
d’Eu, filho de Luís de Orléans, duque de Neumours, e neto do rei Luís Filipe,
da França.
Gastão e Isabel se
casaram em 15 de outubro de 1864 na Capela do Paço Imperial do Rio de Janeiro,
o casal passou a residir no bairro das Laranjeiras, atual palácio Guanabara em
Petrópolis. O casal viajou pela Europa durante os primeiros seis meses de 1865.
Dessa união nasceu 4
filhos, a primeira Luísa Vitória, nasceu e faleceu, diante a problemas no
parto, no dia 28 de julho de 1874, foi motivo de grande sofrimento para seus
pais.
Em 15 de outubro de
1875, nasceu Pedro de Alcântara, Brasil. Faleceu em 29 de janeiro de 1940.
Em 26 de janeiro de
1878 nasceu Luís de Orléans e Bragança, Brasil. Faleceu 26 de março de 1920.
Em 09 de agosto de
1881 nasceu Antônio Gastão, na França. Faleceu em 29 de novembro de 1918.
A princesa Isabel fez
um tratamento em Caxambu, Minas Gerais, para conseguir engravidar, e prometeu
levantar um santuário no local se conseguisse conceber um filho, e hoje existe
na cidade a Igreja de Santa Isabel da Hungria, erguida por esta razão.
Juramento da Constituição.
Em 29 de julho de
1871, conforme a Constituição Brasileira de 1824, a Princesa Isabel, ao
completar 25 anos, torna-se a primeira senadora do Brasil. Diante dos homens
mais importantes do império, a Princesa de 25 anos jurou a Constituição. Nesse
mesmo ano, D. Pedro II viaja para Europa e a princesa Isabel assume a regência.
Primeira Regência:
E no dia 28 de
setembro de 1871 assina a Lei do Ventre Livre, pela qual libertou os filhos que
nasceram de mães escravas.
Segunda Regência:
Ocorreu entre 1876 e
1877, a princesa teve que enfrentar problemas de ordem política e pessoal, como
a forte seca do Nordeste e o embate político religioso entre maçons e
católicos.
Terceira Regência:
Transcorrida entre o
fim de 1887 e inicio de 1888, a princesa aderiu inteiramente á causa
abolicionista, e em 13 de maio de 1888, a princesa assinou a Lei Aurea, que
dizia:
“A PARTIR DESTA DATA
FICAM LIBERTOS TODOS OS ESCRAVOS DO BRASIL”. Foi chamada de Redentora.
Isabel foi firme ao
impor sua vontade, e aboliu a escravatura, mesmo contra a vontade de parte do
governo, onde diziam que a libertação significaria a perda do trono, e ela
respondeu:
“Mil tronos eu
tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.
Despertar político.
A princesa Isabel era
uma mulher muito culta e preparada, seu envolvimento foi além de assinar a lei,
já havia levantado fundos para a compra de cartas de alforria dos escravos de
Petrópolis. Se dependesse de seu pai, a lei levaria mais uns anos para ser
sancionada. Ela se mostrava a favor também da reforma agrária, da educação e do
voto feminino.
O país se dava conta
de que D. Pedro II não reinaria para sempre, que mais cedo ou tarde uma outra
pessoa ocuparia seu lugar, no caso, uma mulher, casada com um estrangeiro, um
liberal francês. O Conde tem um peso forte na questão da secessão e da
manutenção da monarquia. Mas a razão pela qual Isabel nunca foi imperatriz é
exclusivamente por ser mulher.
A implantação da
república ocorreu pelo enfraquecimento da monarquia, principal fato, a princesa
não era uma figura muito popular para suceder o trono brasileiro, já que era
mulher, a impopularidade agravou a situação.
Fuga e Exílio:
No ano seguinte à
abolição acontece o primeiro golpe militar do país, para a princesa o episódio
foi traumático, para além da perda do trono. Foi mandada embora de seu país,
com toda sua família e alguns amigos, no meio da madrugada, tiraram tudo dela.
Em 15 de novembro de
1889, aconteceu no Brasil a Proclamação da República, com ela, família real foi
expulsa do Brasil e, assim, a princesa partiu com sua família para exílio na
França.
Algum tempo depois de
ser exilada, Isabel publicou uma declaração que dizia:
“É com o coração despedaçado pela tristeza
que me despeço dos meus amigos, de todos os brasileiros, e do país que eu amei
e amo muito, e da felicidade que eu tenho lutado para contribuir e pela qual eu
vou continuar a manter as mais ardentes esperanças”.
Com a morte de seu
pai em 1891, a princesa foi cotada para assumir o trono, no entanto, Isabel
preferiu evitar derramamento de sangue, e decidiu não ser mais imperatriz do
Brasil, como fica claro na carta endereçada ao seu último chefe de gabinete
João Alfredo:
“Meu pai, com seu
prestígio, teria provavelmente recusado a guerra civil como meio de retornar à
pátria...lamento tudo quanto possa armar irmãos contra irmãos...É assim que
tudo se perde e que nós nos perdemos. O senhor conhece meus sentimentos de
católica e brasileira”.
Os últimos dias da
princesa foram passados no Castelo d’Eu, em Paris, todo decorado com moveis e
objetos brasileiros. Ela faleceu em 14 de novembro de 1921, em Normandia, no
norte da França, com 75 anos de idade. Seu marido morreu um ano depois, no Rio
de Janeiro.
Seus restos mortais
foram transladados para o Rio de Janeiro, em abril de 1971,juntamente com os
restos mortais de seu marido, eles receberam honras de chefes de Estado e
ficaram expostos na Igreja do Rosário, na rua Uruguaiana.
Depois em 13 de maio
do mesmo ano, os caixões seguiram para a cidade de Petrópolis, seio da tradição
do Império Brasileiro, e foram enterrados na catedral de São Pedro de
Alcântara, ao lado de seus pais.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira / 1
chinoca do CTG Sentinelas do Pago.
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