O Palácio Piratini
publicou, nesta quarta-feira (17/3) à tarde, um vídeo no qual o governador
Eduardo Leite esclarece algumas dúvidas sobre os próximos passos que serão
tomados com relação ao enfrentamento da pandemia no Rio Grande do Sul.
Desde o registro do
primeiro caso de coronavírus no Estado, em 10 de março de 2020, o Executivo vem
analisando uma série de indicadores para mensurar a situação da doença. Na terça-feira
(16/3), houve registro de 502 mortes confirmadas pela doença, a maioria entre
domingo (14/3) e segunda-feira (15/3).
“É um indicador que nos
choca e nos sensibiliza. Assistir ao registro de 500 mortes certamente toca
qualquer ser humano que preza pela vida, mas existem outros tantos indicadores
que precisam ser analisados, e o indicador que demonstra pressão na capacidade
hospitalar começa a ceder fortemente”, ponderou o governador.
Depois de ter atingido um aumento de, em média, 350 leitos
(UTI e clínicos) ocupados a mais por dia em fevereiro, o número retrocedeu para
cerca de 16 leitos a mais por dia. Além disso, a taxa de transmissão verificada
em meados de fevereiro estava em torno de 2,35 e, agora, gira em torno de 1,4.
A queda nesses indicadores é um reflexo das duas semanas e meia de restrições
mais severas adotadas pelo Estado para frear o contágio e a disseminação do
vírus, que incluiu a suspensão da cogestão regional e de atividades entre 20h e
5h.
Ciente de que o fôlego
da população, no quesito econômico, é limitado, o governo do Estado estuda o
retorno da cogestão regional a partir do dia 22 de março, caso os indicadores
confirmem, ao longo desta semana, a redução efetiva do contágio e da demanda
hospitalar.
“Se confirmarmos esse
movimento, poderemos avaliar a retomada da cogestão, mantendo medidas
extraordinárias de restrição, como a suspensão geral de atividades entre 20h e
5h aos finais de semana e intensa fiscalização contra aglomerações”, destacou
Leite.
O governador já adiantou
que a previsão é de que o Estado fique em bandeira preta, que representa risco
altíssimo no modelo de Distanciamento Controlado, pelas próximas semanas. “A
bandeira preta serve para alertar a população a respeito desse risco altíssimo
que ainda vemos na nossa capacidade hospitalar. Ou seja, quem se contaminar
neste momento ainda vai encontrar um sistema hospitalar bastante comprometido”,
ressaltou.
Por isso, entende o
governador, o Estado mantém o alerta de risco altíssimo. Caso a redução do
contágio se confirme, o governo dá a oportunidade aos municípios, desde que se
reúnam regionalmente, de fazerem eventuais adaptações aos protocolos de
bandeira preta, até o limite da bandeira vermelha.
“A bandeira anterior –
neste caso, a bandeira vermelha – é um limite de onde não podem passar no
relaxamento de restrições, mas a cogestão não significa que estão obrigados a
automaticamente adotar protocolos de bandeira vermelha. Os municípios podem
adotar regras mais rígidas, e podem continuar com bandeira preta, se assim
desejarem”, explicou Leite.
O retorno da cogestão
regional ainda será debatido em reunião do Gabinete de Crise, prevista para
quinta-feira (18/3), e em reunião com a Federação das Associações de Municípios
do Rio Grande do Sul (Famurs) e com representantes de associações regionais,
que deve ocorrer na tarde de sexta-feira (19/3).
ASSISTA O VIDEO COM REPORTAGEM COMPLETA:
Fonte:
Site Governo do Estado RS
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