São José, José de Nazaré, José, o Carpinteiro
ou São José Operário.
Foi, segundo o Novo
Testamento, o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus. O nome José é a
versão Yosef, por meio do latim Iosephus. Descendente da casa real de David, é
venerado como Santo lusófona do hebraico pelas igrejas ortodoxa, anglicana e
católica, que o celebra como seu padroeiro universal. A liturgia luterana
também dedica um dia ― 19 de março ― à sua memória, sob o título de "Tutor
de Nosso Senhor". Operário, é tido como "Padroeiro dos
Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal a
Jesus, como "Padroeiro das Famílias", emprestando seu nome a muitas
igrejas e lugares ao redor do mundo.
José é venerado como São
José na Igreja Católica, Igreja Ortodoxa, Igreja Ortodoxa Oriental,
Anglicanismo e Luteranismo. Nas tradições católicas, José é considerado o santo
padroeiro dos trabalhadores e está associado a vários dias de festa. O papa Pio
IX declarou-o patrono e protetor da Igreja Católica, além de patrocinar os
doentes e uma morte feliz, devido à crença de que ele morreu na presença de
Jesus e Maria. Na piedade popular, José é considerado um modelo para os pais e
também se tornou patrono de várias dioceses e lugares.
Várias imagens veneradas
de São José receberam uma coroação canônica por um papa. Na iconografia
religiosa popular, ele é associado a lírios ou nardo, representando sua
castidade e pureza. Com o crescimento atual da Mariologia, o campo teológico da
Josefologia também cresceu e, desde a década de 1950, foram formados centros
para estudá-la.
Escolha como noivo a Maria
A Paternidade
Os Evangelhos e a
Sagrada Tradição Apostólica afirmam que o verdadeiro genitor de Jesus é Deus
Pai: Maria, já tendo sido prometida em casamento a José, concebeu
miraculosamente, sem que houvesse tido relações maritais com ninguém, por
intermédio do Espírito Santo. Para o casal, tratou-se de um momento dramático,
uma vez que, quando tomou ciência de que a esposa estava grávida de um filho
que não era seu, José sentiu-se decepcionado e resolveu romper com ela, mas sem
expô-la publicamente. O evangelista Mateus assim relata o episódio:
“A origem de Jesus
Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que
coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo
justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo.»
(Mateus 1:18-19)
No entanto, após uma
experiência mística num sonho, no qual um Anjo lhe aparecera, voltou atrás e
reconheceu legalmente o Menino Jesus como seu legítimo filho.
“Eis que o Anjo do
Senhor manifestou-se a ele em um sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não
temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito
Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele
salvará o seu povo dos seus pecados'. (...) José, ao despertar do sono, agiu
conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em sua casa sua mulher.»
(Mateus 1:21-24)
Tendo assumido a guarda do menino, José ficou conhecido como
suposto pai de Jesus[5]. O evangelista Lucas relata esse título:
«Ao iniciar seu
ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha,
filho de José.» (Lucas 3:23)
A profissão
A profissão de José é
mencionada pelo evangelista Mateus quando afirma, no capítulo 13 e versículo 55
de seu Evangelho, que Jesus era filho de um tektōn (τέκτων): termo grego que
costuma receber várias interpretações. Ainda que a tradição lhe atribua
estritamente a profissão de carpinteiro, o fato é que o título grego é
genérico, sendo usado para designar os trabalhadores envolvidos em atividades
econômicas ligadas à construção civil. Outras vertentes costumam considerar
José como sendo um canteiro, ou seja, um operário que talhava artisticamente
blocos de rocha bruta.
Os evangelhos
reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a
profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos,
que refere-se a Jesus como "o Carpinteiro", no capítulo VI, versículo
3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus
compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como
pregador. Mateus, por sua vez, retoma o mesmo episódio na sua versão do
evangelho, mas com uma variante:
“Não é o filho do
carpinteiro? Não se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Judas
e Simão?» (Mateus 13:55)”
A tradicional tradução
da expressão grega tektōn por carpinteiro se deve ao fato de que os Padres da
Igreja e a própria Vulgata de São Jerônimo versavam-na para o nominativo latino
făbĕr, fabri: termo que denota o artesão.
A morte
Os evangelhos canônicos
mantêm-se silenciosos em relação ao término da vida de José. Há, contudo,
livros apócrifos que relatam como teriam sido as horas derradeiras do pai
adotivo de Jesus. Um exemplo é a narrativa apócrifa História de José, o
Carpinteiro, escrita entre os séculos VI-VII, e que descreve detalhadamente o
falecimento do Santo. Segundo o escrito, composto em língua copta, José morreu
no dia 26 do mês egípcio de epip (20 de julho no calendário gregoriano), aos
111 anos, gozando sempre de ótima saúde, "com todos os dentes
intactos", e trabalhando até seu último dia. Avisado por um anjo sobre a iminente morte,
vai ao Templo de Jerusalém adorar a Deus e, no retorno, contrai uma doença
fatal que o faz sucumbir. Extremado em seu leito, envolto pelo temor da morte,
só encontra consolação em Jesus, o único que consegue acalmá-lo. Circundado
pela esposa e pelos filhos de um primeiro casamento, sua alma é arrebatada
pelos Arcanjos Miguel e Gabriel e conduzida ao Paraíso.
Fique com a
oração de São José e que ele abençoe sua família!
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