quinta-feira, 11 de março de 2021

Biografia - Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

 


“Pacificador.”

Luiz Alves de Lima e Silva, nasceu em 25 de agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, Rio de Janeiro.

Filho do Marechal de campo Francisco de Lima e Silva e de Dona Mariana Cândida de Oliveira Belo.

Pouco se sabe da infância de Caxias, em 22 de maio de 1808, época em que a família real portuguesa transfere-se para o Brasil, Luiz Alves é titulado Cadete de 1º classe, aos 5 anos de idade. Sabe-se que estudou no convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio D.Pedro II.

Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde ingressou promovido a tenente, em 1821, para servir no 1º batalhão de Fuzileiros, unidade de elite do Exército do Rei.

Em 10 de novembro de 1822, o Tenente Luiz Alves de Lima e Silva recebeu das mãos do imperador D. Pedro I, a bandeira do império recém-criada, na Capela Imperial.

Em 03 de junho de 1823, o jovem militar tem seu batismo de fogo, quando seu batalhão foi mandado para a Bahia, onde pacificaria um movimento comandado pelo General Madeira de Melo, no retorno, recebeu o título que mais prezou durante a sua vida. “o veterano da Independência.”

Em 1825, iniciou-se a campanha da Cisplatina e o então Capitão Luiz Alves desloca-se para os pampas, junto com o batalhão do Imperador. Sua bravura e competência como comandante e líder o fazem merecedor de condecorações e comandos sucessivos, retornando da campanha no posto de Major.

Em 06 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luiz Alves casava-se com a senhorita Ana Luiza de Carneiro Viana, que na época tinha 16 anos de idade.

Em 1837, já promovido a Tenente-coronel, Caxias é escolhido para pacificar a província do Maranhão, onde havia iniciado o movimento da Balaiada.

Em 02 de dezembro de 1939, é promovido a Coronel, e por carta Imperial, nomeado presidente da província do Maranhão, e comandante geral das forças em operações.

Em agosto de 1840, devido a seus magníficos feitos em pleno campo de batalha, Caxias foi nomeado “Veador de Suas Altezas Imperiais.”


Em 18 de julho de 1841, devido os serviços prestados na pacificação do Maranhão, foi lhe dado o titulo de “Barão de Caxias”, o nome Caxias.

simbolizava a revolução subjugada. O título Caxias significava,    “disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória.”

Em 1841, Caxias é promovido a Brigadeiro, e eleito deputado da Assembleia Legislativa pela província do Maranhão.

Em março de 1842, é investido no cargo de Comandante das Armas da Corte.

Em maio de 1842, iniciava-se um levante na província de São Paulo, D. Pedro II, com receio que esse movimento se juntasse com a revolta farroupilha, que se desenvolvia no Sul do Império, resolveu chamar Caxias para pacificar a região. Assim, o brigadeiro Lima e Silva é nomeado comandante chefe do Exército em operações e presidente da província do Rio Grande do Sul.

Logo ao chegar em Porto Alegre, Caxias fez apelo aos sentimentos patrióticos, através de um manifesto cívico. Dizia:

“Lembrai-vos que a poucos passos de vós esta o inimigo de todos nós, o inimigo de nossa raça e tradição. Não pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribe e Rosas, guardemos para então as nossas espadas e o nosso sangue. Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas sim, ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum.”

Mesmo com carta branca para agir contra os revoltosos, marcou sua presença pela simplicidade, humanidade e altruísmo como conduzia suas ações.

No honroso campo de luta, a firmeza de suas atitudes militares, seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito á vida humana, conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários. Por essas razões é que os chefes revolucionários passaram a entender-se com o Marechal Barão de Caxias, em busca da ambicionada paz. Em 1 de março 1845, é assinada a paz do Ponche Verde, dando fim a revolta farroupilha.

Com justa razão, lhe proclamaram Pacificador do Brasil.

Em 1845, Caxias é efetivado no posto de Marechal de Campo e é elevado a Conde. Em seguida, foi indicado para Senador do Império pela província que pacificara há pouco.

Em 1847, assume a cadeira de Senador pela província do Rio Grande do Sul.

A aproximação das chamas de uma nova guerra na fronteira sul, foi nomeado presidente da província e comandante chefe do Exército sul, sua principal missão era preparar o império para uma luta nas fronteiras dos pampas gaúchos.

Em 5 de setembro de 1851, Caxias adentra o Uruguai, batendo as tropas de Manoel Oride.

Em 1852, é promovido ao posto de Tenente general e recebe a elevação ao titulo de Marques de Caxias. Em 1855, é investido no cargo de Ministro da Guerra.

Em 1862, foi graduado Marechal do Exército, assumindo novamente a função de Senador no ano de 1863.

Em 1865, inicia-se a Campanha da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias de Solano Lopes. Em 1866, Caxias é nomeado Comandante Chefe das Forças do Império em operações contra o Paraguai. Sua liderança atinge a plenitude, onde para conciliar seus homens á luta na travessia da ponte sobre o arroio Itororó, disse: “Sigam-me os que forem brasileiros.” Caxias  só deu por finda sua gloriosa jornada ao ser tomada a cidade de Assunção, capital do Paraguai, em 1º de janeiro de 1869.

Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros.

Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil, como a questão religiosa, o afastamento de D. Pedro II e a Regência da Princesa Isabel.

Com idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, na província do Rio de Janeiro, fazenda Santa Monica, na estação ferroviária do “desengano”.


No dia 7 de maio de 1880, ás 20:30hs, com 76 anos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército.

No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação de Campos de Santana o seu corpo, vestido com seu uniforme de Marechal do Exército, trazendo no peito duas de suas numerosas condecorações, as únicas de Bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai. O enterro foi custeado pela Irmandade da Santa Cruz dos Militares, e seu corpo não embalsamado.

O dia do seu nascimento, 25 de agosto, passou a ser considerada como Dia do Soldado do Exército Brasileiro.

Marechal Luís Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, prestou ao Brasil mais de 60 anos de relevantes serviços, como político e administrador público, como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social da integridade e da soberania do Brasil Império.



O decreto do governo Federal de 13 de março de 1962, declara Duque de Caxias como PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO.

Atualmente, os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho, repousam no Panteon a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro.

“A mais autêntica homenagem que se pode prestar aos grandes vultos da Pátria é manter viva a lembrança de seus feitos, interpretar os acontecimentos de que participaram e recolher os dignos exemplos que nos legaram.”

 

Pesquisa de:

Sandra Ferreira - 1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.



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