“Segundo e último Imperador do Brasil.”
Nascido em 2 de dezembro de 1825,
no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, era filho de Dom Pedro I,
o primeiro Imperador do Brasil, e da Imperatriz D. Maria Leopoldina.
Seguindo as tradições recebeu
vários nomes a fim de homenagear Avós, Santos e anjos. Seu nome completo era:
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de
Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança.
Ele era o sétimo filho do casal,
mas tornou-se herdeiro visto que seus irmãos mais velhos, Miguel e João Carlos
morreram.
Sua mãe faleceu quando ele tinha
cerca de um ano de idade, cresceu aos cuidados da camareira Mariana Carlota de
Verna Magalhães, mais tarde condessa de Belmonte.
Em abril de 1831, seu pai D Pedro
I, vinha enfrentando severa oposição política, acusado de favorecer os
interesses portugueses no Brasil, abdicou do trono e embarcou para Portugal deixando
Pedro, como teve uma infância difícil, embora tenha recebido uma educação
exemplar. Para tutor de Pedro, seu pai
nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva regente” com apenas 5 anos de idade.,
durante a menor idade, D. Pedro teve aulas com diversos mestres ilustres, para
literatura, matemática, latim, francês, inglês, alemão, geografia, ciências
naturais, piano, música, esgrima, equitação e outros.
Com a abdicação e a menoridade do
imperador, o Brasil foi governado por regências. O período regencial
estendeu-se por 9 anos, de 1831 á 1840.
Em 1834 na Europa, morria D Pedro
I. e devido as guerras civis ocorridas no período regencial, o grupo liberal
começou a luta pela maioridade do imperador, por isso, ele assume o trono em
1840, pouco antes de completar 15 anos.
Os primeiros anos do reinado de
D. Pedro II foram de aprendizado político, aplicava-se inteiramente aos
negócios de Estado, exercia à risca a Constituição. Aos poucos o País se
pacificava.
Casamento.
Seu casamento com Teresa Cristina
de Bourbon, foi um arranjo político com Francisco I, Rei de Duas Sicílias. O
casamento aconteceu por procuração em Nápoles, no dia 30 de maio de 1843, D.
Pedro II foi representado pelo conde Siracusa, irmão de D. Teresa Cristina.
Em 3 de setembro de 1843, Teresa
Cristina desembarcou no Rio de Janeiro, para consumar seu casamento. A moça que
desembarcou não correspondia a descrição que dela tinham feito, não era bonita
e mancava. Pessoas próximas lembraram-no da importância do casamento, e ele se
manteve casado com ela por toda a vida.
No entanto, Teresa Cristina foi companheira,
compreensiva, discreta e mãe amorosa, dons que apagaram a primeira impressão.
Desse
casamento nasceram quatro filhos:
*Afonso
Pedro, Príncipe Imperial (1845-1847).
*Isabel
do Brasil, princesa Imperial (1846-1921).
*Leopoldina
do Brasil, princesa do Brasil (1847-1871).
*Pedro
Afonso, príncipe Imperial (1848-1850).
Afonso e Pedro, morreram pequenos
e ficaram as princesas Isabel e Leopoldina.
D. Pedro II, também manteve casos
extraconjugais, como seu pai. Um dos mais conhecidos era com a Condessa de
Villeneuve.
Governo de Dom
Pedro II.
Por meio do “golpe da maioridade”
foi nomeado imperador em 23 de julho de 1840, quando tinha apenas 14 anos de
idade.
Dom Pedro II governou o Brasil
durante 49 anos, de 1840 a 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a
República. Esse período ficou conhecido como Segundo Reinado.
Antes disso, no período regencial
o país era governado por grupos políticos (liberais e conservadores) que
defendiam princípios diferentes.
O período regencial (1831-1840),
termina, dando lugar ao Segundo Reinado.
Neste período muita coisa
aconteceu, D. Pedro II teve de lidar com as disputas políticas, entre liberais
e conservadores, questões relacionadas com proibição de tráfico negreiro.
Do ponto de vista econômico, seu
reinado foi marcado pela transformação do café no principal artigo de
exportação do Brasil. E à medida que o trabalho escravo foi sendo combatido, o
governo incentivou a vinda de imigrantes europeus para o País.
Depois da primeira metade do seu
reinado, agitado por várias revoltas, Dom Pedro empreendeu várias viagens ao
exterior, sempre em companhia da esposa, visitou museus, bibliotecas procurava
estar sempre a par do que se passava no mundo. D. Pedro II viajou para diversas
partes do País e do mundo com o intuito de conhecer as diversas inovações
tecnológicas e trazer para seu país natal. Neste período, deixou sua filha
Isabel como regente do País.
Durante seu governo D. Pedro II
focou no desenvolvimento econômico e social do país, sendo construídas as
primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país.
Em junho de 1887, já doente, Dom
Pedro II viajou para a Europa para cuidar de sua saúde, e só regressou em agosto
de 1888. Em seu lugar, como regente ficou a Princesa Isabel, responsável por
assinar as leis abolicionistas como a Lei do Ventre Livre, em 1871 e a Lei
Aurea, em maio de 1888.
Foi neste período que leis abolicionistas
avançaram:
Lei Bill Aberdeen (1845), Lei
Eusébio de Queiros (1850), Lei do Ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários
(1887), e a Lei Aurea (1888).
Durante seu
governo aconteceram diversas revoltas das quais se destacam:
*Revolta dos Liberais (1842), em Minas Gerais e São Paulo;
*Guerra dos Farrapos (1845), no Rio Grande do Sul;
*Revolução Praieira (1848), em Pernambuco.
Venceu algumas
importantes guerras como:
*A Guerra do Prata, (contra Orides e Rosas) em 1850.
*A Guerra do Uruguai (contra Aguirre) em 1864.
*A Guerra do Paraguai em 1865.
Após a Guerra do Paraguai D.
Pedro II, se tornou um imperador impopular, sendo severamente criticado. Com
isso, a monarquia começou a perder apoio na sociedade.
Proclamação da
República.
O ideal republicano que surgiu no
Brasil em vários movimentos, após a Guerra do Paraguai ressurgiu, se fortaleceu
e se propagou rapidamente. O regime monárquico vivia seus momentos finais.
Em 15 de novembro de 1889, por
interesses políticos, o governo imperial foi derrubado. Estava proclamada a
República no Brasil, e a família e imperial teve um prazo de 24 horas para
deixar o país.
Em 16 de
novembro de 1889, Dom Pedro II escreveu:
“À vista da representação escrita que me foi entregue hoje, às 3 horas
da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir com toda minha
família para a Europa, deixando a Pátria, de nós estremecida, à qual me
esforcei por dar constantes testemunhos de empenhado amor e dedicação durante
quase meio século em que desempenhei o cargo de Chefe de Estado. Ausento-me
pois, eu como todas as pessoas da minha família, conservarei do Brasil a mais
saudosa lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade”.
Exílio e morte.
Dom Pedro II embarcou com sua
família para Portugal, menos sua filha Leopoldina Teresa que faleceu em Viena- Australia
no ano de 1871, com 23 anos, vítima da febre tifoide. Chegando em Lisboa, segui
para o Porto, onde a imperatriz Teresa Cristina, já doente teve uma parada
cardiorrespiratória e morreu em dezembro de 1889.
Dom Pedro II, segue sozinho para
Paris, se hospeda em um hotel, seu refúgio era ler, estudar, visitar a
Biblioteca Nacional. Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto.
Dom Pedro II faleceu no Hotel
Bedford, em Paris, França, no dia 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos, em
consequência de uma pneumonia.
Muitas pessoas visitaram o
imperador, sua filha Isabel e seu marido Gastão, conde d’Eu, seu amigo e médico
Conde de Motta Maia, e mais dois médicos. Nada puderam fazer, após o
falecimento assinaram juntos o certificado de óbito.
Suas últimas
palavras foram:
“Deus que me conceda esses últimos desejos, paz e prosperidade ao
Brasil.”
Durante a preparação do corpo para o velório, um pacote lacrado foi
encontrado junto com à seguinte mensagem do imperador:
“É terra de meu país. Desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer
fora da minha pátria.”
O pacote continha terra de todas
as províncias Brasileiras.
Seus restos mortais foram
trasladados para Lisboa, e colocados no convento de São Vicente de Fora, junto
com a esposa.
Quando revogada a lei do
banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e
depositados na Catedral do Rio de Janeiro, em 1921. Em 1925, foram transferidos
para Petrópolis.
Pesquisa de:
Sandra Ferreira - 1º chinoca do
CTG Sentinelas do Pago.
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