quinta-feira, 18 de março de 2021

Biografia - Dom Pedro II

 


“Segundo e último Imperador do Brasil.”

 

Nascido em 2 de dezembro de 1825, no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, era filho de Dom Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil, e da Imperatriz D. Maria Leopoldina.

Seguindo as tradições recebeu vários nomes a fim de homenagear Avós, Santos e anjos. Seu nome completo era: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança.



Ele era o sétimo filho do casal, mas tornou-se herdeiro visto que seus irmãos mais velhos, Miguel e João Carlos morreram.

Sua mãe faleceu quando ele tinha cerca de um ano de idade, cresceu aos cuidados da camareira Mariana Carlota de Verna Magalhães, mais tarde condessa de Belmonte.

Em abril de 1831, seu pai D Pedro I, vinha enfrentando severa oposição política, acusado de favorecer os interesses portugueses no Brasil, abdicou do trono e embarcou para Portugal deixando Pedro, como teve uma infância difícil, embora tenha recebido uma educação exemplar. Para  tutor de Pedro, seu pai nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva regente” com apenas 5 anos de idade., durante a menor idade, D. Pedro teve aulas com diversos mestres ilustres, para literatura, matemática, latim, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, piano, música, esgrima, equitação e outros.

Com a abdicação e a menoridade do imperador, o Brasil foi governado por regências. O período regencial estendeu-se por 9 anos, de 1831 á 1840.

Em 1834 na Europa, morria D Pedro I. e devido as guerras civis ocorridas no período regencial, o grupo liberal começou a luta pela maioridade do imperador, por isso, ele assume o trono em 1840, pouco antes de completar 15 anos.

Os primeiros anos do reinado de D. Pedro II foram de aprendizado político, aplicava-se inteiramente aos negócios de Estado, exercia à risca a Constituição. Aos poucos o País se pacificava.

Casamento.



Seu casamento com Teresa Cristina de Bourbon, foi um arranjo político com Francisco I, Rei de Duas Sicílias. O casamento aconteceu por procuração em Nápoles, no dia 30 de maio de 1843, D. Pedro II foi representado pelo conde Siracusa, irmão de D. Teresa Cristina.

Em 3 de setembro de 1843, Teresa Cristina desembarcou no Rio de Janeiro, para consumar seu casamento. A moça que desembarcou não correspondia a descrição que dela tinham feito, não era bonita e mancava. Pessoas próximas lembraram-no da importância do casamento, e ele se manteve casado com ela por toda a vida.

No entanto, Teresa Cristina foi companheira, compreensiva, discreta e mãe amorosa, dons que apagaram a primeira impressão.

Desse casamento nasceram quatro filhos:


*Afonso Pedro, Príncipe Imperial (1845-1847).

*Isabel do Brasil, princesa Imperial (1846-1921).

*Leopoldina do Brasil, princesa do Brasil (1847-1871).

*Pedro Afonso, príncipe Imperial (1848-1850).

Afonso e Pedro, morreram pequenos e ficaram as princesas Isabel e Leopoldina.

D. Pedro II, também manteve casos extraconjugais, como seu pai. Um dos mais conhecidos era com a Condessa de Villeneuve.

Governo de Dom Pedro II.

Por meio do “golpe da maioridade” foi nomeado imperador em 23 de julho de 1840, quando tinha apenas 14 anos de idade.

Dom Pedro II governou o Brasil durante 49 anos, de 1840 a 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República. Esse período ficou conhecido como Segundo Reinado.

Antes disso, no período regencial o país era governado por grupos políticos (liberais e conservadores) que defendiam princípios diferentes.

O período regencial (1831-1840), termina, dando lugar ao Segundo Reinado.

Neste período muita coisa aconteceu, D. Pedro II teve de lidar com as disputas políticas, entre liberais e conservadores, questões relacionadas com proibição de tráfico negreiro.

Do ponto de vista econômico, seu reinado foi marcado pela transformação do café no principal artigo de exportação do Brasil. E à medida que o trabalho escravo foi sendo combatido, o governo incentivou a vinda de imigrantes europeus para o País.

Depois da primeira metade do seu reinado, agitado por várias revoltas, Dom Pedro empreendeu várias viagens ao exterior, sempre em companhia da esposa, visitou museus, bibliotecas procurava estar sempre a par do que se passava no mundo. D. Pedro II viajou para diversas partes do País e do mundo com o intuito de conhecer as diversas inovações tecnológicas e trazer para seu país natal. Neste período, deixou sua filha Isabel como regente do País.

Durante seu governo D. Pedro II focou no desenvolvimento econômico e social do país, sendo construídas as primeiras linhas telegráficas e a primeira estrada de ferro do país.

Em junho de 1887, já doente, Dom Pedro II viajou para a Europa para cuidar de sua saúde, e só regressou em agosto de 1888. Em seu lugar, como regente ficou a Princesa Isabel, responsável por assinar as leis abolicionistas como a Lei do Ventre Livre, em 1871 e a Lei Aurea, em maio de 1888.


 Foi neste período que leis abolicionistas avançaram:

Lei Bill Aberdeen (1845), Lei Eusébio de Queiros (1850), Lei do Ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1887), e a Lei Aurea (1888).

Durante seu governo aconteceram diversas revoltas das quais se destacam:

*Revolta dos Liberais (1842), em Minas Gerais e São Paulo;

*Guerra dos Farrapos (1845), no Rio Grande do Sul;

*Revolução Praieira (1848), em Pernambuco.

Venceu algumas importantes guerras como:

*A Guerra do Prata, (contra Orides e Rosas) em 1850.

*A Guerra do Uruguai (contra Aguirre) em 1864.

*A Guerra do Paraguai em 1865. 

Após a Guerra do Paraguai D. Pedro II, se tornou um imperador impopular, sendo severamente criticado. Com isso, a monarquia começou a perder apoio na sociedade.

Proclamação da República.

O ideal republicano que surgiu no Brasil em vários movimentos, após a Guerra do Paraguai ressurgiu, se fortaleceu e se propagou rapidamente. O regime monárquico vivia seus momentos finais.

Em 15 de novembro de 1889, por interesses políticos, o governo imperial foi derrubado. Estava proclamada a República no Brasil, e a família e imperial teve um prazo de 24 horas para deixar o país.

Em 16 de novembro de 1889, Dom Pedro II escreveu:

“À vista da representação escrita que me foi entregue hoje, às 3 horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir com toda minha família para a Europa, deixando a Pátria, de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de empenhado amor e dedicação durante quase meio século em que desempenhei o cargo de Chefe de Estado. Ausento-me pois, eu como todas as pessoas da minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade”.


Exílio e morte.


Dom Pedro II embarcou com sua família para Portugal, menos sua filha Leopoldina Teresa que faleceu em Viena- Australia no ano de 1871, com 23 anos, vítima da febre tifoide. Chegando em Lisboa, segui para o Porto, onde a imperatriz Teresa Cristina, já doente teve uma parada cardiorrespiratória e morreu em dezembro de 1889.

Dom Pedro II, segue sozinho para Paris, se hospeda em um hotel, seu refúgio era ler, estudar, visitar a Biblioteca Nacional. Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto.

Dom Pedro II faleceu no Hotel Bedford, em Paris, França, no dia 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos, em consequência de uma pneumonia.

Muitas pessoas visitaram o imperador, sua filha Isabel e seu marido Gastão, conde d’Eu, seu amigo e médico Conde de Motta Maia, e mais dois médicos. Nada puderam fazer, após o falecimento assinaram juntos o certificado de óbito.


Suas últimas palavras foram:

“Deus que me conceda esses últimos desejos, paz e prosperidade ao Brasil.”

Durante a preparação do corpo para o velório, um pacote lacrado foi encontrado junto com à seguinte mensagem do imperador:

“É terra de meu país. Desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora da minha pátria.”


O pacote continha terra de todas as províncias Brasileiras.

Seus restos mortais foram trasladados para Lisboa, e colocados no convento de São Vicente de Fora, junto com a esposa. 

Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na Catedral do Rio de Janeiro, em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis. 

 

 

Pesquisa de:

 Sandra Ferreira - 1º chinoca do CTG Sentinelas do Pago.

 

 










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