quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Cyro Dutra Ferreira - Uma Lenda do tradicionalismo.


Tradicionalista e escritor, Cyro Dutra Ferreira, além do que a história conta, foi uma lenda, e viveu boa parte de sua vida em General Câmara, muitos desconhecem a história e a vida desse grande gaúcho.

Nasceu em Porto Alegre, no dia 10 de janeiro de 1927, filho de Normélio Gomes Celso Ferreira e de Ilda Dutra Ferreira.

Até os sete anos de idade, viveu no campo, em São Gerônimo-RS, passando depois a viver em Porto Alegre, grande parte dos seus últimos anos, morava em General Câmara, no Sítio Nossa Senhora Medianeira, vindo a falecer no dia 09 de agosto de 2005.

Era casado com a Pioneira das Mulheres do Tradicionalismo Gaúcho, Cira Dutra Ferreira, já falecida, com quem teve três filhos; Hélio, Caio e Isabel.

História.

Participou do primeiro Desfile Farroupilha, no Piquete da Tradição do referido DTG do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, pelas ruas da capital gaúcha, em 5 de setembro de 1947. Com o mesmo piquete prestou guarda campeira na recepção ao traslado dos restos mortais do General Farrapo David Canabarro, transportado de Santana do Livramento para o Panteon Rio-Grandense, em 5 de setembro de 1979, em Porto Alegre.

 Integrou o histórico "GRUPO DOS 8" - a turma do "Julinho", do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Júlio de Castilhos. No ano seguinte, participou da fundação do Pioneiro "35 CTG", o primeiro Centro de Tradições Gaúchas do estado, entidade da qual foi patrão nos anos de 1955/56 e 1963/64.



 

     Chama Crioula e a 1ª Ronda – Participou da ronda crioula, criada por Paixão Cortes, a qual originou as comemorações da Semana Farroupilha, Como haviam decidido, no dia 7 de setembro de 1947, à meia noite, antes de extinto o "fogo Simbólico da Pátria", Paixão Cortes, na companhia de Fernando Machado Vieira e Cyro Dutra Ferreira, retirou a "Chama Crioula", que ardeu em uma “Tocha Farrapa” (candeeiro crioulo), fabricada de forma rustica no quintal da casa onde Cyro Dutra morava.

Em seguida, Cyro Dutra, dirigiu-se a cavalo, tipicamente pilchado, na cavalgada histórica junto com Paixão Cortes e Fernando Vieira, na Av. João Pessoa, onde uma multidão aguardava os atos de encerramento de mais uma Semana da Pátria. Levavam as bandeiras do “Julinho” e do Rio Grande do Sul.



Após a Paixão tirar uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, para formar a Chama Crioula, Cyro montado em seu flete ao lado de seus companheiros, parou frente as autoridades, no palanque oficial, gritando junto com os outros:

 

Viva a tradição gaúcha!

Viva a Revolução Farroupilha!

Viva o Brasil!

 

Como registra Paixão, brilhava ali a centelha que iria irradiar luz aos caminhos do Movimento Tradicionalista que ali nascia.

 

 

          A nova entidade "35 CTG" necessitava de um símbolo e, após a divulgação em um grande rodeio, começaram a surgir várias propostas. Cyro Dutra Ferreira já havia mandado confeccionar cartões de visita, onde aparecia um índio gineteando um bagual, em posição espetacular, e o número 35, entrecortado, da esquerda para a direita e de baixo para cima, por uma lança, numa referência à Revolução Farroupilha. Paixão Cortes apresentou uma cuia de chimarrão, com bomba, onde o contorno da cuia era formado pelo algarismo "35" e as letras CTG. A proposta de Cyro Dutra Ferreira, após discussões acirradas, foi aprovada e, até hoje, constam nos impressos do "35".

 Cyro também se dedicou à literatura: Entre suas obras estão 35 CTG - o pioneiro do MTG, Carreta Campeira e Campeirismo Gaúcho. Assinou muitas crônicas sobre tradição, tradicionalismo, história e campeirismo, em jornais da capital e do interior. Destacou-se no papel de palestrante e difusor de assuntos relacionados aos primórdios do Movimento e à prática campeira.


    

Cyro Dutra Ferreira faz parte da história do Estado do Rio Grande do Sul. Deve, sempre, ser lembrado e citado por nós.

 


Pesquisa de:

 Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.


 

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