quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Crendices e Superstições.



As origens das crendices e superstições são tão antigas quanto a própria humanidade. No Brasil chegaram com os portugueses, mesclaram-se às crenças dos indígenas e posteriormente a dos africanos escravos. E com o decorrer do tempo foram incorporadas à cultura brasileira juntamente com as crenças de outros imigrantes que aqui aportaram.

O homem ancestral, não encontrando explicação para alguns fenômenos da natureza ou origem das coisas, buscava em sua imaginação alguma explicação mágica. O medo e a dúvida foram os grandes geradores de crendices, e as tentativas de neutralizar estes medos e presságios geraram uma série incalculável de crenças que o povo possui.

Para o folclore, crendice é toda aquela crença em coisas que a lógica não explica, e a superstição é essa mesma crença quando envolve o medo de consequências.

O dicionário Houaiss, define as palavras “superstição” e “crendice”, como a crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação racional entre os fatos e as supostas causas a eles associados. Ou seja, é acreditar em fatos ou relações sobrenaturais, fantásticas ou extraordinárias e que também não encontram apoio nas religiões ou no pensamento religioso.

As crendices e superstições, na verdade, são vestígio de um passado, em que o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, acreditando que diversos fatores sobrenaturais podiam interferir diretamente no seu dia-a-dia. Esse modo de pensar foi-se transmitindo de geração a geração, presente no dia-a-dia de todos, traduzindo-se em hábitos e gestos.

Sorte e Azar.



Por sua origem popular, as crendices e superstições também integram o folclore de um povo. São muitas no folclore brasileiro. Muitas das crendices e superstições acredita-se que dá azar, e outras sorte.

Algumas que dizem respeito ao azar: 



Passar debaixo de uma escada, quebrar um espelho, cruzar com um gato preto na rua , casr em agosto, varrer a casa a noite, para frente.

Algumas que diz respeito a sorte:


Insetos como joaninha e o louva-a-deus são vistos como portadores de boa sorte, fazer pedidos quando veem estrelas cadentes, jogar moedas em fontes, comer lentilhas ou pular sete ondas no ano novo.

Mas as crendices também podem estar relacionadas a diversos outros fatos. Por exemplo, diz-se que, quando sentimos nossa orelha esquerda ardendo, é porque alguém está falando mal de nós. Aliás, nesses momentos, é aconselhável morder o colarinho da camisa ou a gola da blusa que se está usando, assim, quem está falando mal de nós morde a língua e cala a boca.

Simpatias e Amuletos.


Na categoria de crendices e superstições também se enquadram os talismãs e amuletos, que protegem ou trazem boa sorte. É o caso das ferraduras, do pé de coelhos, os ramos de arruda e dos trevos de quatro folhas e outros.

Ainda podemos mencionar as “simpatias”, procedimentos ou práticas que podem surtir efeitos extraordinários. Há quem ache que pode conquistar o coração de outra pessoa colocando o seu nome num pires com açúcar e acendendo uma vela, ou colocar a vassoura atrás da porta para a visita ir embora, e outras.


Crendices e superstições ligadas ao namoro, noivado e casamento.

A jovem que pega o buque da noiva será a próxima a se casar;

Varrer os pés de alguém, essa pessoa não casa;

Abrir sombrinha dentro de casa fica para titia.


Superstições gerais.

Xicara virada com a boca para baixo atrasa a vida;

Chinelo ou sapato virado, provoca morte na família;

Enrolar as meias enrola a vida;

Apontar para as estrelas faz nascer verrugas nos dedos da mão.

Ferradura atras da porta, afasta mau olhado;

Derramar açúcar traz sorte;

Quando um grilo canta dentro de casa é sinal que receberá dinheiro.

 

Segundo o folclorista Luís das Câmara Cascudo:

“As superstições participam da própria essência intelectual humana e não há momento na história do mundo sem a sua inevitável presença.

 

Como diz o ditado, “não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.”

 

 

Pesquisa de:

 Sandra Ferreira / 1 chinoca do CTG Sentinelas do Pago.







 

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