quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Entrevista Diretora Campeira Feminina de Alvorada

 

Entrevista com a Diretora da Campeira Feminina de Alvorada.

 Tânia Cristina Longo Siqueira


Jornal Farroupilha: Como entrou no meio tradicionalista, e como se envolveu na Campeira?

Tânia Siqueira:  Eu sempre gostei do tradicionalismo, e acompanhava através do acampamento na parada 48. Eu visitava a semana farroupilha, e ali fazia amizade, porque eu ia pra trabalhar também, vendendo meus doces. E assim eu acabei percebendo que as pessoas andavam, mas não eram convidadas a entrar e participar nos Piquetes que ali estavam acampados. Aí me surgiu a ideia de montar um Piquete e conseguir um espaço pra acampar, e quando isso acontecesse as portas do Piquete iriam estar sempre abertas, eu ia convidar o pessoal que esta ali passeando pra entrar e conhecer um pouco mais da nossa cultura. E assim tem sido, desde que o Piquete Pampa Sem Fronteiras conseguiu o seu espaço na praça. Daí então eu conheci através de uma amiga em comum, a Simone que na época era a Patroa da Campeira, e eu tinha a ideia quando as conheci que somente quem tinha cavalo poderia participar, e então a Simone acabou  me explicando que não, que bastava amar o tradicionalismo e querer aprender. Fiquei por muito tempo acompanhando as cavalgadas da  Campeira sendo apoio, as vezes ia a cavalo porque me emprestavam e hoje eu tenho meu cavalo e amo poder fazer parte desse grupo de mulheres maravilhosas, que eu amo e tenho o privilégio de chamar de amigas.

     Jornal Farroupilha: Atualmente como está a situação da campeira feminina de Alvorada?    

Tânia Siqueira:  Este ano tivemos a troca da Patronagem da Campeira, eu acabei assumindo no lugar da Deise Caurio da Silva Corrêa,  que fez um trabalho incrível, tanto que acabou sendo a primeira mulher a entrar com a Chama, no ano passado no acampamento Farroupilha.  Tivemos que dar uma segurada em alguns projetos, em função da Pandemia. Mas nosso grupo participou de cavalgadas pra arrecadar alimentos pras famílias necessitadas, fizemos campanhas junto com o Departamento Cultural, Piquetes, CTGs, e a Subcoordenadoria de Alvorada, pra arrecadar material de higiene, calçados, agasalhos, claro tudo com cuidado, uso de máscara, álcool gel, e usamos pontos de coleta pra que não tivesse aglomeração. Continuamos firmes e unidas, como sempre.

Jornal Farroupilha:  Acredita que ainda há preconceito com mulheres na campeira, como lida com isso?

Tânia Siqueira:  Sim acredito, ainda  temos alguns tabus pra quebrar. Tento lidar da  melhor forma, e graças a Deus tenho um marido maravilhoso que já deixou de participar de cavalgadas mistas pra que eu pudesse ir. Acho que o apoio dos nossos companheiroa são de extrema importância.

 

Entrevista de:

Antonia Valim

Prenda Mirim Farroupilha 



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