Jornal Farroupilha: Tendo este vasto conhecimento no
tradicionalismo , contribuindo, como entrou neste meio e o que você acha que o
tradicionalismo influênciou na tua vida?
Rogério Bastos: Pergunta
muito pertinente.
Comecei na vida como
um gaúcho tradicional, em Bagé, la vida campeira com meu pai e avós. Ao chegar
em Porto Alegre passei a usar mesma bombacha que usava na campanha e
acompanhava meu pai. Passei a dançar por que meu irmão, que é surdo, dançava
muito por que ia a CTG. Passei a frequentar o CTG valentes da Tradição
(Sarandi) onde aprendi a dançar e, depois, no CTG Estancia Farroupilha e
Coxilha Aberta passei a dar aula. Nos anos 90 foi de ensinamentos e
aprendizados.
Dei aula em muitos
CTG tanto Porto Alegre, Alvorada, Eldorado do Sul, Guaiba, Gravataí. Passei a
concorrer em rodeios, concorri na Região (perdi par ao peão que foi Peão
Farroupilha do RS).
Fui diversos cargos
na 1ªRT, fui para trabalhar na Fundação Cultural Gaúcha por 10 anos como
Diretor. No MTG fui de Secretário Geral,
Diretor de Comunicação chegando a Coordenador e Conselheiro.
Autor do tema dos
festejos farroupilhas 2013 - "O RS no imaginário social"
Diretor de Divulgação
da CITG
vice-presidente da
Comissão Gaúcha de Folclore e Diretor de Assuntos internacionais da CBTG
Autor do Livro: MTG
50 anos de preservação e valorização da cultura gaúcha
E já dei mais de 750
palestras pelo Rio Grande do Sul e fora dele, além de outros países. E sempre
tentando aprender mais... Um eterno aprendiz.
Jornal Farroupilha: O tradicionalismo gaúcho vai com certeza além
de fronteiras, como foi a experiência de ter ido além de algumas visitando CTGs
fora do RS?
Rogério Bastos: Quando
comecei a labutar no tradicionalismo no final dos anos 70 do seculo passado,
imaginava como seria sair do RS (eu só ia daqui a Bagé e de lá pra cá) - o
máximo que eu conhecia era o Uruguai, passando a fronteira em Aceguá. Mas aí
fui à Santa catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goias,Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Bahia, Recife Brasilia, (Não conheço ainda o Norte do
Brasil). Fui na Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru e Chile. Fui duas vezes aos
Estados Unidos. Estive na China, Alemanha, Espanha e Holanda. Tudo isso com o
tradicioanlismo Gaúcho, acompanhando esta diáspora gaúcha.
Jornal Farroupilha: Na sua
visão o que acha que "Gaúchos sem fronteiras " traz de mais
importante?
Rogério Bastos: Gaúchos sem
Fronteira é um tema escolhido pelo Governo do Estado para homenagear aqueles
que sairam do RS e levaram um pouco de
Rio grande para cada lugar que ocuparam. É merecido. Eles sacrificaram muito
para fazer crescer os lugares que escolheram para viver...
Jornal Farroupilha : Como
teve a ideia do e-book gratuito?
Rogério Bastos: Sabendo que
2020 completava 200 anos da passagem de Auguste de Saint-Hilaire pelo RS, e que
todas as províncias por onde ele passou fizeram uma homenagem, convidei os
amigos Jeandro Garcia e Léo Ribeiro de Souza para fazer um livro sobre este
assunto. Quando começou a pandemia resolvemos fazer um livro que ficasse
disponível na internet para que os jovens pudessem ler.
O livro original tem
586 páginas, então, fizemos um resumo e anexamos a resenha feita por Luiz
Carlos Barbosa Lessa, em seu livro: "Rio Grande do Sul, prazer em
conhecê-lo" - e os dois resumos ficaram com 101 páginas em nosso E-Book.
E nosso objetivo,
voluntário, sempre foi disponibilizar o livro para que o jovens conheçam os feito
deste naturalista francês, que passou
aqui na província em 1820.
Entrevista de : Antonia
Valim
Prenda Mirim
Farroupilha
Nenhum comentário:
Postar um comentário